IMPOSTOS EM SÃO PAULO

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

O FRASQUINHO DA NASCENTE DO RIO S.FRANCISCO


Não fora pelas grandes mudanças climáticas que acontecem no mundo, numa velocidade que o ser humano consegue acelerar, eu diria que poderíamos estar pensando novas formas de viver o mundo.
Ontem enterramos um amigo!
Eu o chamava de O FOTÓGRAFO DO RIO S.FRANCISCO. Na comoção da despedida final - a SOLIDÃO TOMOU NOSSAS ALMAS. Voltando para casa, levamos João no coração.

Vitória,a filha e Eliser o amigo até o último momento
Manoel de Barros,no dia do enterro de Bernardo, seu amigo desde sempre disse:    _  "Deixei Bernardo no cemitério pela manhã.
       Ao anoitecer a solidão tomou conta de minh´alma".
Inspirei-me neste velhinho de 98 anos.

       Ruben Siqueira,da CPT, chegou no momento final da despedida. Sem coragem de acreditar que o João tinha mesmo ido encontrar-se com outros amigos (como o Dércio Marques por exemplo) pediu para falar:
      _ Eu e João há pouco tempo atrás estavamos colhendo amostra nas águas do Velho Chico...então trouxe a última para ele.Com as mãos tremendo e chorando muito mostrou o frasquinho com as águas da NASCENTE DO RIO S.FRANCISCO - SERRA DA CANASTRA - chegou a tempo de abençoar este FILHO DA TERRA.

                    Naquele momento pensei nos rituais de passagem. Talvez as cinzas dele estivessem melhor no Rio. Mas foi bonito o rito. Um violino tocou a INTERNACIONAL enquanto em outros lugares cantos eram cantados.
                  Tomei nas mão estas águas que sempre desejei conhecer misturando as águas do meu choro com a emoção de tomar nas minhas mãos o RIO S.FRANCISCO
                  Quis deixar este momento registrado aqui. Um Abraço Odila Fonseca

PS: A aridez do Cemitério dos Amarais em Campinas-SP é de doer a alma.

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