IMPOSTOS EM SÃO PAULO

terça-feira, 28 de julho de 2015

GRANDE FESTIVAL DE DANÇA DE JOINVILLE COM ACESSIBILIDADE

     



COM A PRESENÇA DA REFERÊNCIA NACIONAL  EM AUDIODESCRIÇÃO  LIVIA MOTTA
Prezados(as),
é com grande alegria que enviamos o link do programa ACESSIBILIDADE JÁ, que pela 2ª vez, cobriu tudo o que se refere a acessibilidade no festival de dança de Joinville. O programa acessibilidade já, é idealizado e apresentado  por pessoas com deficiência visual e produzido por Lenon Portes da Memorize produções, com total apoio da AJIDEVI. O apresentador Danilo Loques, que desta vez não pode estar a frente do programa, deixou o comando para a repórter Lisi Teles e o mais novo integrante da equipe, Lheandro Pereira que também tem deficiência visual e deu um show nas entrevistas. O festival de dança de Joinville, é o maior do mundo em seu gênero, o principal evento cultural de Joinville e com certeza um dos mais importantes de Santa Catarina e do sul do país.A exemplo do ano passado, quando o festival, através da organização, muito bem feita pelos membros do instituto festival de dança de Joinville, trouxe alguns recursos de acessibilidade para todos os presentes no evento, dando assim uma importância para todas as pessoas, independente de sua condição física, este ano da mesma forma o fez, e o acessibilidade já, não ficou de fora e cobriu o evento, inclusive entrevistando a Lívia Mota, referência em audiodescrição no Brasil, Rute Souza, intérprete de libras, referência no assunto em Joinville, Ely Dinis, presidente do Instituto Festival de Dança, que falou da importância dos recursos e da alegria de mais uma vez estar incluindo a todos no festival, Rodrigo Coelho, vice prefeito e presidente da Fundação cultural de Joinville, muito comprometido com a causa das pessoas com deficiência e o ministro da educação, Renato Janine Ribeiro, que disse ser de muita importância os recursos de acessibilidade que o festival de Joinville está trazendo às pessoas com deficiência.
    Então, não perca, acesse o link:
https://www.youtube.com/watch?v=cZZLhbar1T8&feature=youtu.be
Veja o programa acessebilidade já, as entrevistas com o ministro da educação, com o vice prefeito de Joinville, com o presidente do instituto festival de dança, com a audiodescritora lívia mota e muito mais!

domingo, 26 de julho de 2015

A MORTE TAMBÉM PODE DANÇAR.UMA HOMENAGEM A MATILDE, NOSSA AMIGA!

Cega Matilde ve o girassol com as mãos. 
Acabei de saber, Matilde, que você nos deixou dançando. Fazendo o que sempre gostou. Estavamos trabalhando juntas no projeto do Centro Cultural Louis Braille - "CONTINUM". Entusiasmada, você me ensinou a ver o símbolo do nosso trabalho -  O GIRASSOL. Nosso Blog dedica a você a última postagem: DE QUE COR SÃO AS FLORES?  

As mãos de Matide vendo o Girassol
  
   - "A cor do girassol? É aveludada, macia com pétalas no entorno de um circulo com textura dura mas não pontuda. Ele é lindo!" disse Matilde.
- "E o artista que mais pintou girassóis foi Van Gogh", disse Isabelle, completando o pensamento da Matilde. Levamos também sementes de girassol crua  torradas.Assim demos sabor a cor amarela.
Nota do Centro de Estudos Brasileiro da Saúde CEBES-CAMPINAS
Companheiras e companheiros
Acabei de ser informado através de uma amiga em comum sobre o falecimento de nossa amiga e companheira de lutas, Matilde Alves Pontes, que foi conselheira do Conselho Municipal de Saúde pelo segmento de usuários entre 2011 e 2014, e permanente militante dos direitos das pessoas com deficiência e pelo SUS.
O velório começou hoje às 11:00 e o sepultamento será às 16:00, no Cemitério Parque das Flores, na Av Deputado Luís Eduardo Magalhães, 1505, Jardim São Judas Tadeu. Saudações, Paulo Mariante

Realmente uma notícia muito triste! Matilde era um exemplo para todos nós!
Que Deus conforte sua família e amigos!
Abraços ​Silvia Nicolau

quinta-feira, 23 de julho de 2015

A COR DAS FLORES

Girassóis- Van Gogh


MÃOS VENDO O GIRASSOL
 Ou “de que cor são as flores”? Esta foi a experiência  com a diretoria do Centro Cultural Louis Braille de  Campinas , especialmente composta no dia 22 de julho  de 2015 para pensar o trabalho do semestre. A  reunião foi  com os diretores Odair, Roberto,  Robson,Creuza e  Matilde juntamente com os artistas  Afranânio  Montemurro e Isabelle Ferrão Marques. 
 Nossa proposta:  criar uma marca ou um símbolo para o projeto CONTINUM 2015, que marcará o inicio a nova  gestão da instituição.Uma experiência muito motivadora para todo o grupo,
    sobretudo pelos desafios. Por que o Girassol? E qual a sua cor?
   - "A cor do girassol? É aveludada, macia com pétalas no entorno de um circulo com textura dura mas não pontuda. Ele é lindo!" disse Matilde.
- "E o artista que mais pintou girassóis foi Van Gogh", disse Isabelle, que vai dar a oficina em setembro.
Levamos também sementes de girassol crua  torradas.Assim demos sabor a cor amarela.Este é um tema que pode ser visto neste filme:  “DE QUE COR SÃO AS FLORES?”  https://youtu.be/s6NNOeiQpPM   
Flor de Girassol
Girassóis Van Gogh

  O que é Flor de Girassol:
A Mitologiagia Grega apresenta uma lenda que explica o aparecimento da flor girassol. Clítia ou Clície, era uma ninfa que estava apaixonada por Hélio, o deus do Sol. Quando este a a trocou por Leucotéia, Clície começou a enfraquecer. Ela ficava sentada no chão frio, sem comer e sem beber, se alimentando apenas das suas próprias lágrimas. Enquanto o Sol estava no céu, Clície não desviava dele o seu olhar nem por um segundo, mas durante a noite, o seu rosto se virava para o chão, continuando então a chorar. Com o passar do tempo, os seus pés ganharam raízes e a sua face se transformou em uma flor, e continou seguindo o sol. A Mitologia grega conta que assim nasceu o primeiro girassol. Uma planta nome científico do girassol é Helianthus annus, cujo significado é “flor do sol”. É uma planta originária da América do Norte e possui a particularidade de ser heliotrópica, ou seja, gira o caule sempre posicionando a flor na direção do sol. pois possui características do Sol. A flor de girassol significa felicidade. A cor amarela ou os tons cor de laranja das pétalas simbolizam calor, lealdade, entusiasmo e vitalidade, refletindo a energia positiva do sol. No entanto, o girassol também pode representar altivez.O girassol é uma planta cujo caule pode atingir os 3 metros de altura e tem diversas utilidades, principalmente as suas sementes que são usadas para a produção de óleo de cozinha, biodiesel ou para alimentação de pássaros. O girassol também pode ser usado no fabrico de lubrificantes e sabonetes. A fibra existente no caule do girassol pode ser usada para fabricar papel. Pela sua beleza e exuberância, a flor do girassol é muito procurada para ornamentação. Acredita-se que traz sorte e boas vibrações ao ambiente, sendo uma flor muito usada no Feng Shui. Está fortemente associada à fama, ao sucesso, longevidade, nutrição, poder e calor. Oferecer um girassol a uma pessoa que iniciou um negócio expressa o desejo de sucesso e de boa fortuna para essa pessoa. Segundo uma crença popular, a semente do girassol, quando deixada ao sol, pode curar a infertilidade. Na Hungria, acreditam que se na casa onde mora mulher grávida forem colocadas sementes de girassol na janela, a criança que nascer será homem. Na Espanha, quem tem 11 girassóis tem a sorte do seu lado. Na pintura, destaca-se a série de quadros “Os Girassóis” do pintor holandês Vincent van Gogh, produzidos durante a sua permanência na cidade de Arles, no sul da França. 

Ver Vaso com doze girassóis: Sompo Japan Museum of Art;Museu Van Gogh; 


sábado, 18 de julho de 2015

VERMELHO COMO O CÉU ...UMA HISTÓRIA VERDADEIRA - Recontada para o trabalho no Centro Cultural Louis Braille-Campinas - SP

VERMELHO COMO O CÉU NO EVENTO “CINEPSICANÁLISE”  
Livraria Cultura de Campinas -2012 -  Texto Odila Fonseca

"Pontedera Officina Canuti: l’artista e il território.Arte ambientale e didattica per i ragazzi sono stati gli elementi fondanti del progetto Officina Canuti che ha investito per un anno e mezzo Pontedera, una città che negli ultimi anni si è fortemente orientata sui linguaggi dell’arte recependo gli indirizzi regionali volti all’approfondimento di una cultura di rete che favorisca le contaminazioni tra le varie discipline artistiche. Se la poetica di Nado Canuti ha trovato sviluppo in città attraverso mostre, installazioni, murales, i laboratori d’arte e didattica sono stati i fondamenti di un processo educativo inserito in una dimensione affettiva degli apprendimenti che si basa sul coinvolgimento emotivo dei ragazzi per mezzo di immaginazione, fantasia e creatività a stretto contatto con l’artista".
INTRODUÇÃO
Depois da minha apresentação na Livraria Cultura, tive vontade de fazer o que sempre me suscita uma ação e uma experiência mobilizadora de emoções e desafios. Continuar o movimento. Por isso quis deixar um pouco, não só de meus pensamentos, expostos ali mas desenvolver um pouco mais a experiência vivida. Porque ao pensar na minha fala tive a certeza que ao me afastar um pouco da análise fílmica poderia trazer a minha experiência na busca do desenvolvimento do tema. Não prender-me a imagens do filme analisando-as foi uma escolha que demandou bastante empenho psíquico. E é isso que quero compartilhar neste texto.
VISÃO DE UMA IMAGEM NO ESCURO e o BATE PAPO
A convite da curadora Luciane Loss Jardim, psicanalista, vim conversar no evento CINEPSICANÁLISE na Livraria Cultura de Campinas sobre o filme proposto para o meu tema, como cineasta, num “diálogo” com apreciadores e espectadores do cinema como arte e a psicanalise. O filme VERMELHO COMO O CÉU suscitou-me a “brincadeira” da EXPERIÊNCIA NO ESCURO. Passados os 96 minutos do filme as luzes continuaram apagadas. A sala muito escura. Na surpresa uma voz feminina é escutada. É a experiência de uma imagem mental colocada para todos naquele momento.
“Foto em branco e preto”.
Em primeiro plano, iluminado, um adolescente sentado numa cadeira de rodas olha para a bola e levanta uma raquete de tênis com as duas mãos. A foto foi tirada no instante em que a bola de tênis ainda está no ar para ser rebatida. Ao fundo, uma luz é projetada na parede e vemos a sombra do adolescente na cadeira de rodas com a raquete. A bola de tênis está no espaço entre a raquete e sua sombra na parede. O adolescente usa uma camiseta sem mangas e um relógio esportivo no braço esquerdo. Abaixo da foto, no canto esquerdo, está escrito: Fotógrafo Vanderlei Kupicki. 
Logo que as luzes acenderam, Luciane e eu subimos no palco. Mudava meu lugar de mundo. Começava outra “experiência no escuro” para mim.
Mulheres Conversando
 - "Quero comentar um pouco esta EXPERIÊNCIA NO ESCURO DE UMA FOTOGRAFIA AUDIODESCRITA pela Bell Machado, que é professora de História do Cinema e pioneira no Brasil como audiodescritora. Queria que vocês guardassem na memória a imagem que construíram com esta experiência no escuro aqui, porque depois de terminada a nossa conversa vou entregar a fotografia escolhida do Vitor Hugo, que é uma criança portadora de mielomeningocele* e ATLETA PARALÍMPICO. Então quero que vocês, ao olharem a IMAGEM FORMAL, reflitam a criação dela no seu imaginário.
   - A imagem escolhida que vocês “viram no escuro” faz parte de uma EXPOSIÇÃO ITINERANTE que contém  vinte e nove fotos da ONG CEPE, Centro Esportivo para Pessoas Especiais, onde tenho trabalhado como consultora e Coach.  Esta instituição está comemorando dez anos e fica em Joinville-SC.   No percurso da sua existência sempre recebeu pessoas, na maioria delas com deficiência adquirida.  Num tempo mais recente foi criada a Escolinha de Esporte para crianças com deficiências mostrando um perfil mais desafiador. Tem chamado minha atenção o modo de “ver” e sentir a vida que estas crianças têm a partir do seu mundo. Muito diferente do sentir e pensar do mundo adulto.. Por ser este um momento que o tema da “inclusão” tem sido muito discutido na sociedade não tem sido nada fácil criar novas linguagens no campo da audiodescrição e libras, hoje regulamentadas por políticas públicas.
Vitor Hugo - 2010

        Trago comigo esta noite, para conversarmos descontraídos, dois artistas contemporâneos. Um na área da literatura e a outra nas artes plásticas. O que eu quero falar aqui tem a ver com a experiência do menino Mirco** protagonista do filme “VERMELHO COMO O CÉU” e a invenção da vida diante do desconhecido e do inusitado que o acidente doméstico desencadeou, nele em sua família e na escola. Uma história contada no pequeno Distrito de Pontedera na Toscana e com características culturais conservadoras da idade média. Pensei para este momento um pouco de outras invenções de criança, para acompanhar a experiência de Mirno, a de Manoel de Barros quando diz em suas “MEMÓRIAS INVENTADAS”
  _  “Eu tinha um ermo enorme dentro do olho. Por motivo do ermo não fui um menino peralta. Agora tenho saudade do que não fui...”
E continuando em outro trecho
_ “ENTÃO EU TRAGO NAS MINHAS RAIZES CRIANCEIRAS  A “VISÃO” COMUNGANTE. Porque se a gente fala a partir de ser criança, a gente faz comunhão, de um orvalho com sua aranha, de uma tarde com suas garças, de um pássaro com suas árvores”.
           ... EU SEI DIZER SEM PUDOR QUE O ESCURO ME ILUMINA.
Mais adiante, ele nos remete a um pensamento que suscitou um desafio para mim.
_ Gosto de coisas que começam assim: "Antigamente, o tatu era gente e namorou a mulher de outro homem". Está no livro "Vozes da Origem", da antropóloga Betty Mindlin. Essas leituras me ajudam a explorar os mistérios irracionais. Não uso computador para escrever. Sou metido. Sempre acho “que na ponta de meu lápis tem um nascimento.”.
As imagens de um menino que tinha este vazio, esta solidão, este deserto “dentro do olho” de Manoel de Barros me encantaram. É por isso que para ele foi possível escrever imagens mentais.
_ “INVENTEI UM MENINO LEVADO DA BRECA PARA ME SER. ÊLE TINHA UM GOSTO ELEVADO PELO CHÃO... PASSARINHOS BOTAVAM PRIMAVERAS NAS SUAS PALAVRAS. APRENDEU A DIALOGAR COM AS ÁGUAS AINDA QUE NÃO SOUBESSE NEM AS LETRAS QUE TEM UMA PALAVRA... DE MANHÃ PEGAVA O REGADOR E IA REGAR OS PEIXES...”.
 Essas são imagens do poeta e que inauguram o século XXI. Elas aparecem nos livros “Exercícios de ser criança” – 2000 e também em “O fazedor de amanhecer” – 2001 só para citar alguma de suas obras.
E ainda dialogando com outro grande escritor, Guimarães Rosa, que uma vez disse sobre o autor de EXERCÍCIOS DE SER CRIANÇA:
          _“Nunca vi uma escrita tão instável”
 Um exemplo dessas instabilidades é a frase
_ "Noventa por cento do que escrevo é invenção. Só dez por cento é mentira".
É uma frase tão impactante que levou o cineasta, Pedro Cezar, a dirigir o documentário sobre a vida do poeta e intitulado "Só dez por cento é mentira", e que foi exibido em abril de 2007. Estas escritas e “falas” de uma vida de 97 anos percorreram a educação e inventaram, por exemplo, a Escola Manoel de Barros e a Fundação Manoel de Barros, em Cuiabá-MT onde nasceu e que se contrapõem as instituições do tempo do menino Mirco cuja sociedade nos meados do século XX se vê e se percebe cega no trato desta questão. Não foi a especialidade “do ser cego” do diretor da escola que percebeu o desejo de Mirco criar uma nova linguagem. Foi a VISÃO COMUNGANTE do Padre com o aluno Mirco, dos colegas e da menina.
  Arte de Dalcio Machado

                          

“Não uso computador para escrever. Sou metido. Sempre acho que na ponta de meu lápis tem um nascimento.” 
Manoel de Barros, escritor, poeta e fazendeiro