IMPOSTOS EM SÃO PAULO

segunda-feira, 31 de março de 2014

FUTURO SOMBRIO - RELATÓRIO DO IPCC


São Paulo – Se nada for feito para reduzir drasticamente as emissões de gases efeito estufa, a humanidade enfrentará um futuro cinzento, marcado por secas, conflitos,inundações, insegurança alimentar e prejuízos econômicos
Enchentes, conflitos e insegurança alimentar integram lista de impactos das mudanças climáticas presentes na segunda parte do documento
 enchente -Indonésia
alerta consta de um rascunho da segunda parte do quinto relatório do IPCC,, o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, que trata dos impactos e adaptações ao aquecimento global. Cientistas e representantes de governos se reunirão em Yokohama, no Japão, a partir desta segunda-feira (24) para elaborar um resumo de 29 páginas, que será apresentado com o relatório completo no dia 31 de março. O documento reúne o estado da arte das pesquisas científicas sobre as mudanças climáticas no mundo e servirá para nortear políticas e tomadas de decisão, como a definição de um novo acordo global de redução de emissões pós-Kyoto, em 2015.
Impactos 
Segundo o rascunho, que vazou na Internet, "centenas de milhões de pessoas" serão forçadas a migrar por causa de inundações costeiras que afetarão suas terras com o aumento do nível do mar. Com a migração em massa aumentam os riscos de violência e conflitos civis e fronteiriços. Europa e a Ásia aparecem como os continentes mais expostos às inundações. A segurança alimentar também está sob risco: o clima severo reduzirá o rendimento médio das culturas agrícolas em pelo menos 2% por década, enquanto a demanda deverá subir 14% por década até 2050. De acordo com o britânico "Independent", um dos jornais que teve acesso ao rascunho, as perdas econômicas decorrentes do clima alterado são vultosas, beirando US$ 1,4 trilhão, ou cerca de 2% do PIB mundial. Para cada aumento de um grau na temperatura, mais 7% da população mundial vai ficar com um quinto do acesso que tem à água hoje, acrescenta a agência AFP. E, no pior dos cenários, haverá três vezes mais pessoas vulneráveis a inundações causadas por rios. O lançamento do relatório sobre impactos e mitigação das mudanças climáticas acontece seis meses após o lançamento da primeira parte do estudo da ONU. Divulgado em setembro de 2013, o documento faz um diagnóstico das transformações climáticas em curso e afirma que há mais de 95% de chance do homem ser o maior culpado.

terça-feira, 25 de março de 2014

QUANDO A GRANDE TRIBUTAÇÃO CHEGAR À TERRA,TERÁ ENFIM SEU MERECIDO DESCANSO

Leonardo Bofff
"Todo o tempo em que ficar devastada, a Terra descansará pelos sábados que não descansou quando nela habitáveis” (Lev. 26,33-35).
Achamos muito oportunas as reflexões do autor - Waldemar Boff, formado em filosofia e sociologia nos Estados Unidos, e que anima o SEOP (Serviço de Educação e Organização Popular) na Baixada Fluminense - que desenvolve atividades ecológicas voltadas para pequenos produtores rurais junto ao rio Surui, na Baixada Fluminense. "Eis seu texto: "Ninguém sabe ao certo o dia e hora. É que já estamos no meio dela, sem notarmos. Mas que está vindo, está, cada vez com mais intensidade e nitidez. Quando acontecer a grande virada, tudo vai parecer como se fosse de surpresa".
Porcentagem de Culpa dos humanos
fonte IPCC = 95%

Embora haja dados seguros que apontam a inevitabilidade das mudanças globais devidas ao clima, com conseqüências que os cientistas tentam adivinhar, mas que seguramente serão para o pior, os interesses econômicos das grandes nações e a falta de visão a longo termo de seus líderes, não lhes permitem tomar as medidas necessárias para mitigar os efeitos e adaptar seu modo de vida ao estado febril da Terra. Poderíamos imaginar um cenário plausível em que furacões varrerão regiões inteiras. Ondas gigantescas engolirão cidades e civilizações, indo morrer aos pés das montanhas. Secas prolongadas farão com que se troquem todas as riquezas por um simples copo de água suja. O calor e o frio extremos farão lembrar com saudades das histórias das avós que falavam das brisas da tarde e do aconchego de uma lareira no inverno, sempre previsível, e dos frutos amadurecidos ao calor de um sol de verão benfazejo. Comer-se-á só para sobreviver, sempre pouco e de gosto duvidoso.
Mas tudo isto ainda não será o pior. A mãe, de tão fraca, não conseguirá enterrar a filha e o neto matará o avô por causa de uma côdea de pão. O cão e o gato, amigos do homem, serão buscados por toda a parte como última possibilidade de matar a fome. Os vivos invejarão os mortos e não haverá quem chore a morte de crianças. A fome chegará a tal ponto que, como na Jerusalém sitiada, os famintos aguardarão a próxima vítima da morte para disputar-lhe a carne esfiapada.
A morte de um dos maiores rios do Estado de SP-O Piracicaba

“O país ficará devastado e as cidades se tornarão escombros. Todo o tempo em que ficar devastada, a Terra descansará pelos sábados que não descansou quando nela habitáveis” (Lev. 26,33-35). 

Odila Fonseca
(A água possível dos Rios que atravessam S.Paulo e Campinas é puro esgoto e produtos químicos)
Mas será o fim de toda a biosfera?
Não. Por causa dos justos e sensatos, Deus abreviará esses dias e não dizimará toda a vida sobre a Terra, mantendo a promessa que fizera a nosso pai Noé. Mas é necessário que o ser humano passe por essa tribulação para acordar do seu egocentrismo e reconhecer em definitivo que ele é parte da comunidade da vida e o principal guardador dela.
Rio Xingú - Amazonia

Para esses tempos de carestia que virão, é fundamental  recuperar as ancestrais artes e técnicas do plantar, colher, comer; do cuidar dos animais e servir-se deles com respeito; do fazer utensílios e ferramentas, com arte e tecnologia local; do selecionar e plantar as ervas que curam e os grãos que nutrem; do recolher para tecer; do preservar as fontes d´água, do encontrar lugares apropriados para cavarmos os poços e do aprender a guardar as águas da chuva. É entrar na faculdade da economia da escassez, da sobriedade compartida e da beleza despojada. Desse saber recuperado e enriquecido surgiria uma civilização do contentamento, uma biocivilização, a Terra da boa esperança. Depois dessa longa temporada de lágrimas e esperanças, superaremos essa estúpida guerra de religiões, essa intolerável disputa de deuses. Para além dos profetas e tradições, para além das morais e liturgias, quem sabe voltemos a adorar, sob múltiplos nomes e formas, o único Criador de todas as coisas e Pai-Mãe de todos os viventes, no grande Espírito que a tudo une e inspira, entrelaçados amorosamente na única fraternidade universal. E poderemos enfim organizar verdadeiramente a união de todos os povos do mundo e um autêntico parlamento de todas as religiões.
*Leonardo Boff é teólogo e escritor.




sábado, 22 de março de 2014

DIA MUNDIAL D´AGUA! TRES ANOS DEPOIS DE 22-3-2011 - A MAIOR CRISE HIDRICA VIVENCIADA POR SÃO PAULO

AQUÍFERO GUARANY NA SUA SUPERFÍCIE




Gostaria de convidá-los para conhecer comigo uma riqueza da humanidade. O AQUÍFERO GUARANY EM SUA SUPERFÍCIE na pequena cidade de ÁGUAS DA PRATA -SP.

Convido-os para lerem a postagem de tres anos atrás sobre o tema da ÁGUA

http://educomambiental.blogspot.com.br/search?q=aquifero+guarani

 A desgovernança das águas no Estado de S.Paulo:
Maior crise hídrica de SP expõe lentidão do governo e sistema frági
RIO PIRACICABA

LEITO DO RIO DE PIRACICABA: O GOZO DO SÍMBOLO
Foto: Reuters
·         BBCBrasil.com

No dia 1º de fevereiro, 8,8 milhões de paulistanos foram surpreendidos por uma novidade: se consumissem 20% menos água, ganhariam desconto de 30% na conta seguinte. O bônus faz parte das medidas emergenciais adotadas pelo governo do Estado durante a pior crise hídrica vivida por São Paulo na sua história recente. A princípio, o bônus valeria até setembro, mas, em março, foi estendido até o fim do ano. O significado da prorrogação é claro: o problema é grave e não há previsão de quando será resolvido – e a situação pode piorar.Após o verão mais quente e seco em sete décadas, o nível do principal conjunto de reservatórios da região metropolitana, o Sistema Cantareira, chegou a 14,6% na última sexta-feira, o mais baixo desde que foi criado, em 1974. O comitê anticrise, formado pela Agência Nacional de Águas (ANA), o Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee) e a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), estima que o Cantareira se esgotará pela primeira vez em junho, se nada for feito. O governo de São Paulo aponta como razão o clima. "Com mudanças climáticas, tem ano em que chove demais e, em outros, de menos", afirmou o governador Geraldo Alckmin em entrevista à rádio Bandeirantes. "É uma situação excepcional."