IMPOSTOS EM SÃO PAULO

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Projeto Territorial Madeira Mamoré


"Não importa que doa: é tempo de avançar de mão dada com quem vai no mesmo rumo, mesmo que longe ainda esteja de aprender a conjugar o verbo amar..." Thiago de Mello

O projeto é uma integração de idéias e de ações sócio-ambientais na área Territorial Madeira Mamoré
Há dois anos, entidades não governamentais locais, preocupadas com a situação sócio-ambiental de Rondônia, iniciaram um processo de discussão com o objetivo formar um grupo de cooperação para realizarem ações de combate a esses problemas. Surge então, o projeto Territorial Madeira Mamoré como uma alternativa para dar nova dimensão às ações de entidades atuantes na região: Rioterra, Kanindé, ADA Açaí, MHF, Ecoporé e WWF Brasil, proponente do projeto.

A área do Território Madeira Mamoré, que compreende os municípios de Guajará Mirim, Nova Mamoré, Porto Velho, Candeias do Jamari e Itapuã do Oeste, foi apontada como prioritária e estratégica para o desenvolvimento destas atividades, por ser uma região de muitos conflitos sociais, com elevados índices de degradação ambiental, como desmatamento, violência, tanto no campo como nas cidades e por ser foco de grandes projetos de infra-estrutura previstos no Programa de Aceleração do Desenvolvimento - PAC, como as hidrelétricas do rio Madeira e o asfaltamento da BR-319, que liga Porto Velho a Manaus.

As ações propostas baseiam-se no fortalecimento do capital social destes municípios, no controle social e na disseminação de informações baseadas em dados científicos, através de veículos alternativos de comunicação.

Espera-se com isso, melhorar a participação social na área deste território, qualificar o monitoramento das atividades de implementação dessas grandes obras de infra-estrutura previstas para a região, melhorar os índices de conservação e proporcionar a essas comunidades, voz às suas reivindicações, assegurando assim, o respeito aos seus direitos.

Essas organizações e seus parceiros desejam apenas uma sociedade local mais participativa e consciente de seu contexto sócio-ambiental. Uma Rondônia com maior justiça social, mais democrática e com identidade fortalecida, onde as pessoas possam, de fato, exercer sua cidadania.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Desmatamento no Pará e as mudanças climáticas



Os danos causados pelo aumento da temperatura do planeta também irão alcançar um dos mais ameaçados biomas brasileiros, como mostra um estudo da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). As mudanças climáticas podem reduzir à metade as áreas de potencial ocorrência de 38 espécies da flora nativa do bioma. Além disso, é possível que florestas que hoje ocupam a região Sudeste do Brasil se desloquem para o Sul, onde essa vegetação encontraria novas condições propícias para o seu desenvolvimento.
Esse é o quadro traçado pelo biólogo Alexandre Colombo em sua dissertação de mestrado, apresentada ao Instituto de Biologia da Unicamp. A partir do cruzamento de informações dos mapas confeccionados em 2001 pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) com dados geográficos atuais sobre a distribuição das 38 espécies que, juntas, caracterizam a vegetação típica da mata atlântica, ele elaborou três cenários distintos para o bioma: o atual, um com previsões mais otimistas e outro com perspectivas mais pessimistas.

No quadro atual, o que se percebe é a contínua diminuição da mata atlântica, devido a fatores como o rápido crescimento das cidades, o avanço das práticas agrícolas e o extrativismo sem controle. Restam hoje apenas 7,3% de sua vegetação nativa. “Atualmente, a mata atlântica sofre de problemas muito graves e o aquecimento global só viria a complicar ainda mais a situação”, alerta o pesquisador.

...Mudanças locais, conseqüências nacionais
Bruscas alterações na mata atlântica – como as que já ocorrem hoje – afetarão a vida de todos os brasileiros, e não apenas daqueles que vivem em suas proximidades. Isso é possível porque praticamente todos os biomas do Brasil estão relacionados."
DA TESE DE MESTRADO DO BIÓLOGO ALEXANDRE COLOMBO
http://cienciahoje.uol.com.br/111458

POR QUE SE DESMATA TANTO?
Segundo a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, a expansão do cultivo da soja e das áreas destinadas à pecuária e o fornecimento de árvores para as siderúrgicas de ferro-gusa podem estar por trás do aumento do desmatamento.
A ministra disse que o aumento do preço da madeira e das commodities estaria tornando o desmatamento ainda mais atraente.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

"Benjamim de Oliveira e o Circo-Teatro"

Sobre a autora
Erminia Silva, quarta geração circense no Brasil, filha de Barry Charles Silva, é mestre e doutora pelo departamento de História da Universidade Estadual de Campinas. Sua pesquisa sobre o processo histórico do circo e circenses no Brasil, resultou na dissertação de mestrado (1996) - O Circo: Sua arte e seus saberes. O circo no Brasil do final do século XIX a meados do XXI; e na tese de doutorado (2003) - As múltiplas linguagens na teatralidade circense: Benjamim de Oliveira e o circo-teatro, no Brasil, no final do século XIX e início do XX, que agora se transforma neste livro.

É professora de história do circo no Cefac – Centro de Formação Profissional em Artes Circenses (SP) e desenvolve oficinas de história na Escola Nacional de Circo (RJ); uma das coordenadoras do site www.pindoramacircus.com.br. Atua como consultora junto a grupos de artistas e coletivos, como a Asfaci – Associação de Famílias e Artistas Circenses, Associação de Escolas de Circo e a Rede Circo do Mundo, Brasil – Circo Social.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

VIAGEM AO RIO S.FRANCISCO IV


Foto João Zinclar

Este é o sub médio S.Francisco na região de "Floresta" Pernambuco.
Hoje teve sessão no Senado.Artistas solicitaram o acompanhamento da obra uma vez que não dá mais para reverter.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

VIAGEM AO RIO S.FRANCISCO III


Barra do Gaicuí-MG-Médio
FOTO:João Zinclar

Pensamentos:

"O risco final é que, atravessando acidentes geográficos consideráveis, como a elevação da escarpa sul da chapada do Araripe -com grande gasto de energia!-, a transposição acabe por significar apenas um canal tímido de água, de duvidosa validade econômica e interesse social, de grande custo, e que acabaria, sobretudo, por movimentar o mercado especulativo, da terra e da política. No fim, tudo apareceria como o movimento geral de transformar todo o espaço em mercadoria."
*Aziz Ab'Sáber, 80, é geógrafo, professor-emérito da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP e professor convidado do Instituto de Estudos Avançados da USP.

VIAGEM AO R. S.FRANCISCO - II M.GERAIS


FOTO: João Zinclar

No Rio S.Francisco fazemos a viagem subindo o rio.Porque o Rio "SOBE".
Estamos passando por Barra do Gaicuí-MG- Médio S.Francisco.No nosso conceito de Educação Socioambiental, podemos escutar as vozes da população ribeirinha?

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

VIAGEM AO RIO S.FRANCISCO



O fotófrafo,João Zinclar, percorreu o baixo,médio e alto S.Francisco. Deverá retornar
fazendo o mesmo percurso para rever o Rio. Nunca esteve tão seco!Destaquei algumas fotos que ele nos enviou como colaboração. Não tem textos.A idéia é que possamos fazer esta viagem pelo Rio S.Francisco e construirmos pequenos textos.Vendo esta foto do Rio das Velhas - MG.Os biólogos conseguem classificá-la? Que flor é essa?Por que a água está com esta coloração?

Leituras:Jardim de Todos de Carlos Brandão

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Desmatamento na Amazônia revela insustentabilidade do modelo agroexportador

Rio de Janeiro, 28 de janeiro de 2008

O recorde de aumento do desmatamento da floresta amazônica nos últimos
quatro meses nos desafia a buscar respostas e responsabilidades.
Depois de quatro anos da festejada queda no desmatamento, amargamos
esta notícia dramática. No momento em que isto acontece, o ministro Celso Amorim
viaja a Davos, Suíça, ao Foro Econômico Mundial, para encaminhar a proposta de
retomada da Rodada de Doha na OMC – Organização Mundial do Comercio -
buscando novamente a ampliação do acesso aos mercados para os produtos
agrícolas e pecuários que exportamos. Esta prioridade da política externa
brasileira tem sido ainda mais reforçada com a tentativa de consolidar
o Brasil como um dos principais fornecedores de agroenergia para o
mundo, com promessas contundentes e altamente questionáveis de
que isto não traria impactos para a Amazônia.
Os meios de comunicação destacaram amplamente as divergências dentro
do governo sobre onde deveriam recair as responsabilidades: na
agricultura de larga escala, na pecuária, nas madeireiras ou na falta
de fiscalização. Sabemos que todos estes motivos estão encadeados. De
fato, é sabido que são os madeireiros os primeiros a chegarem,
desmatando para deixar o terreno livre aos pecuaristas e os produtores
de soja e outros monocultivos, como a cana de açúcar para produção de
etanol. Ao mesmo tempo, se insinuou na imprensa a inutilidade das
políticas públicas diante das imposições do mercado, o que pode ser
entendido como a intenção de se deixar na "produtividade a todo custo"
e nas mãos do agronegócio as definições sobre o sentido que tomará o
desenvolvimento do país.
A perda de sete mil quilômetros quadrados de floresta no segundo
semestre de 2007 não é mais que a mostra visível das conseqüências de
um modelo de crescimento ancorado nos monocultivos que busca alcançar
recordes exportadores de soja, carne e outros produtos com preços
conjunturalmente altos no mercado internacional.
Se olharmos os dados dos estados onde se desmatou, veremos que Mato
Grosso, campeão da produção de soja, foi o que mais desmatou (53,7% do
total) seguido de Pará (17,8%) e de Rondônia (16%). Evidentemente isto
se relaciona com o crescimento preponderante do agronegócio
brasileiro, que tem sido realizado com base nos monocultivos em larga
escala concentrados em poucas empresas, muitas delas transnacionais,
contribuindo para aumentar a já elevada concentração fundiária,
voltada para exportação e o ingresso de dólares que permitam evitar as
alardeadas crises financeiras. Aliás, crises criadas pelo capital
financeiro especulativo, como a que agora se vive nos EUA e que
contaminará em maior ou menor grau toda a economia mundial. Apesar
das altas recentes, muito se conhece sobre a tendência de queda dos
preços das commodities no longo prazo, e a necessidade de se produzir
cada vez mais. O agronegócio segue este caminho ainda que para isto
tenha que expandir a área agriculturável, inclusive entrando Amazônia
adentro. Será que este é o modelo produtivo que pode levar o país ao
desenvolvimento entendido como atendimento das necessidades das
maiorias do país, e de estímulo à ampliação do mercado interno? Será
que esse caminho é compatível com as metas de mudança de rumos frente
ao aquecimento global? Ou será que reconheceremos este equívoco apenas
quando a floresta já esteja consumida pelas queimadas?

A Rodada de Doha da OMC justamente está paralisada devido às demandas
de acesso ao mercado norte-americano e europeu para as exportações
agrícolas dos países do Sul. Tanto os negociadores dos EUA como da
União Européia alegam que já avançaram bastante na derrubada de
barreiras agrícolas e que agora aguardam em troca um sinal de boa
vontade dos países do Sul, especialmente dos chamados emergentes como
o Brasil, com uma maior abertura no comércio de serviços e de produtos
industriais.

A REBRIP – Rede Brasileira pela Integração dos Povos - questiona esta
lógica que tem orientado as negociações de comércio internacional.
Denunciamos o modelo agro-exportador de riquezas naturais e de
produtos agro-pecuários produzidos em larga escala como fonte perversa
do crescimento brasileiro. Defendemos uma postura de proteção para os
produtos industrializados nas negociações de NAMA, junto a propostas
que impulsionem a ciência e a tecnologia, podem ampliar a produção de
bens com valor agregado buscando superar a exportação de produtos
primários.Ao mesmo tempo, programas de defesa e promoção da agricultura familiar
e camponesa que permitam garantir a soberania e segurança alimentar da
população, somados a escolha de uma matriz energética diversificada
voltada às necessidades da população do país e da região - e não orientada
a atender o consumo insustentável dos países industrializados do norte – podem se tornar um caminho sólido para a redução dos índices de desmatamento.Num momento onde o país tem mostrado que o crescimento nacional pode ser alavancado pelo desenvolvimento do mercado interno com distribuição de renda, se faz premente fortalecer políticas públicas que permitam um caminho ambiental e economicamente justo, capaz de promover a inclusão social e melhorar a qualidade de vida da
população.Do mesmo modo, o Brasil tem um papel muito importante a cumprir na
América do Sul, onde é chamado a fortalecer uma integração regional
que vai tomando o rumo da consolidação das democracias, ao mesmo tempo
em que busca superar as históricas desigualdades entre os países da
região e no interior dos mesmos.
As notícias sobre o aumento do desmatamento na Amazônia, além de muito
preocupantes, podem ser uma oportunidade para a sociedade brasileira
debater a fundo os rumos e o sentido do desenvolvimento do nosso país.

Nota de Imprensa
REBRIP – Rede Brasileira pela Integração dos Povos
Rua das Palmeiras 90, Botafogo
Rio de Janeiro, RJ, CEP 22270-070

sábado, 2 de fevereiro de 2008

QUANDO AS PATAS DERRUBAM A AMAZONIA


Educação Ambiental

Lei Federal nº 9.795, de 27 de abril de 1999 - Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental.

Ministra culpa pecuária pelo desmatamento na Amazônia
Marina Silva fez sobrevôo na quarta-feira em áreas da Amazônia no Mato Grosso e Pará.
Ela disse que Lula assinou decreto para punir quem desrespeitar a lei.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse nesta quinta-feira (31) que as áreas ocupadas pela pecuária são as responsáveis pelo desmatamento na Amazônia. Ela disse ainda que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou um decreto que estabelece sérias punições para aqueles que estão desrespeitando a lei e contribuindo para a destruição da área.

Na quarta-feira (30) Lula disse não acreditar que o país esteja passando por um novo surto de desmatamento e que houve "alarde" na divulgação dos números do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), na semana passada. Ele disse que não se pode culpar a agropecuária, os produtores de soja e os sem-terra assentados pelo aumento do desmatamento na Amazônia. "Não dá para culpar ninguém", afirmou o presidente.

A ministra disse que o decreto assinado pelo presidente Lula estabelece que "36 municípios que são responsáveis por 50% do desmatamento na Amazônia, dos mais de 600 municípios que lá existem, ficarão proibidos de fazer qualquer tipo de desmatamento e de ter qualquer tipo de licença se não se cadastrarem no sistema de cadastro de propriedades rurais".

A ameaça do governo para aqueles que descumprirem a lei, segundo Marina Silva implica em medidas que impedem acesso a créditos em bancos e venda do que for produzido na propriedade.

"Aqueles que tiverem suas propriedades embargadas em função de crimes ambientais não poderão vender aquilo que produzirem nessas propriedades. Quem comprar, transportar ou fizer qualquer tipo de transação também é co-responsável pelo crime ambiental. O decreto estabelece que aqueles que estão embargados não podem ter acesso a créditos públicos. Por sorte que estou autorizada e mandatada a cumprir o decreto e estamos trabalhando com todo o rigor para que ele seja estabelecido”, disse.

A ministra fez um sobrevôo de helicóptero na quarta-feira no norte de Mato Grosso e o sul do Pará, consideradas as áreas mais atingidas pelo desmatamento, que segundo o Inpe, podem chegar a sete mil quilômetros quadrados. Ela falou sobre o que constatou da situação na região.

“O que vimos ali foi um processo de degradação irresponsável da floresta onde as pessoas fazem a exploração predatória da madeira e depois ateiam o fogo criminosamente e jogam capim para virar pasto. O Inpe fez um trabalho sério fazendo todas as indicações de onde temos desmatamento já consolidados e indícios de desmatamentos. O programa se serve exatamente para que possamos agir de forma antecipada e evitar que aquilo que já é fato, que é um indício, se transforme numa situação irreversível”.

Marina Silva falou ainda sobre medidas que estão sendo tomadas pelo governo para identificar quem está fora da lei e quem tem um trabalho de forma considerada correta e colocou a culpa do desmatamento sobre aqueles que devastam a área para fazer pasto.
“Se faz o desmatamento predatório, tirando de forma irresponsável as árvores nobres. Não é plano de manejo. Aquilo ali é uma rapina. Depois se ateia fogo de forma criminosa e se joga capim. 70% da ocupação dessas terras que são degradadas são feitas pela atividade da pecuária. Sorte que nos estamos fazendo um trabalho que respeita aqueles que estão fazendo sua atividade de forma correta e vamos publicar a lista desses, mas vamos publicar a lista dos 150 maiores contraventores sim e vamos fazer esse trabalho em parceria com governos estaduais, municipais, próprios setores, aqueles que querem blindar os seus investimentos de forma responsável dessa narrativa perversa de que estão produzindo em prejuízo da Amazônia. Existem as pessoas sérias e existem aqueles que estão destruindo a Amazônia. Para os sérios vamos fazer o devido reconhecimento, para os criminosos o rigor da lei”, disse a ministra.