IMPOSTOS EM SÃO PAULO

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

O DESENVOLVIMENTO E DESCOBRIMENTO DO BRASIL NO INICIO DA SEGUNDA DÉCADA DO SÉCULO XXI

JANEIRO DE 1800 A JANEIRO DE 2010
*Prefeito e reincidente são envolvidos em casos de escravidão*

*Fiscalização encontrou 24 pessoas em condições de trabalho escravo na fazenda do prefeito de Codó (MA), Zito Rolim (PV). Outros sete foram libertados da propriedade do reincidente Rui Carlos Dias Alves da Silva*
Por Bianca Pyl
A Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Maranhão (SRTE/MA) encontrou 24 pessoas - incluindo um jovem de 17 anos - em condições análogas à escravidão na Fazenda São Raimundo/São José, pertencente ao prefeito de Codó (MA) José Rolim Filho (PV), conhecido como Zito Rolim.
*Segundo auditor fiscal, água consumida tinha cor amarelada e cheiro ruim Em outra ação, o mesmo grupo libertou sete pessoas da Fazenda Pajeú, no município de Governador Acher (MA), a 350 km da capital São Luís (MA). Uma das vítimas era um adolescente de 13 anos. O dono da área é Rui Carlos Dias Alves da Silva, reincidente no crime. Ele fez parte da "lista suja" do trabalho escravo (relação de empregadores flagrados) até fevereiro deste ano. As fiscalizações ocorreram entre os dias 7 e 17 de dezembro e contaram com a participação do Ministério Público do Trabalho (MPT) e de agentes da Polícia Federal (PF).Os libertados na Fazenda São Raimundo/São José foram arregimentados pelo"gato" Antônio Mauro há dois meses, que já foi enquadrado no crime de aliciamento de trabalhadores, previsto no art. 207 do Código Penal, segundo o auditor fiscal Carlos Henrique da Silva Oliveira, que coordenou a ação. Duas mulheres responsáveis pelo preparo das refeições estavam entre asvítimas. Uma delas estava acompanhada de duas filhas com idades entre 5 e 6 anos e do filho de 13 anos. O adolescente ajudava sua mãe nas tarefas diárias e tinha a função de levar a alimentação até a frente de trabalho,que ficava a 3 km de distância dos barracos utilizados como alojamento.Os empregados eram responsáveis pelo "roço de juquira" - limpeza da áreapara formação de pasto para pecuária extensiva. Segundo a fiscalização, elestinham dívidas com o "gato" e recebiam por produção, de R$ 10 a R$ 12 pordia. No fim, os salários não chegavam nem ao mínimo (R$ 465).
*Trabalhadores não tinham acesso a alojamentos adequados e nem à água potável (Foto: SRTE/MA)*
Os alojamentos eram quatro barracos de palha, em formato de ocas, construídos debaixo de um palmeiral de babaçu, na beira de um açude poluído.A água consumida pelos trabalhadores vinha desse açude e não recebia nenhum tratamento ou processo de filtração."A água ia direto para o pote, tinha cor amarelada e cheiro ruim", detalha Carlos Henrique, que contou com o apoio do auditor Antônio Borba durante a operação.A comida servida aos trabalhadores era basicamente arroz e feijão. De vez em quando, havia buchada, tripas e outros miúdos (fato) do boi. Para o desjejum, pela manhã, somente café com farinha.As vítimas receberam as verbas referentes à rescisão do contrato de trabalho, além das três parcelas do Seguro Desemprego para Trabalhador Resgatado. A procuradora do trabalho Maria Elena Rêgo intermediou ainda o pagamento de indenização por danos morais individuais no valor R$ 500 para cada libertado.
*Fazenda Pajeú*
Na propriedade do reincidente Rui Carlos Dias Alves da Silva, a fiscalização libertou sete pessoas de trabalho escravo. Uma delas era um adolescente de apenas 13 anos. A estrada que dá acesso à Fazenda Pajeú é precária, segundoo auditor Carlos Henrique, da SRTE/MA.Os trabalhadores chegaram no local no início de outubro de 2009. Estavam alojados em barraca de palha, sem condições de higiene. Não havia camas nolocal nem armários para guardar pertences.A água consumida pelas vítimas vinha de um poço cheio de sapos. Para tomar banho, os trabalhadores utilizavam um açude, também usado para matar a sede
dos animais. A alimentação oferecida aos trabalhadores consistia somente em  arroz e feijão. Pela manhã, o alimento era café com farinha.O empregador pagava o salário de R$ 150, no máximo. Além disso, as vítimasestavam endividadas com o gerente da fazenda, que vendia mercadorias compreços acima dos praticados no mercado
*Água consumida pelos empregados da Faz. Pajeú vinha de poço cheio de sapos Os empregados foram retirados do local e o proprietário efetuou o pagamentodas rescisões dos contratos de trabalho. O empregador também assinou Termode Ajustamento de Conduta (TAC), proposto pelo MPT, em que se prontifica aabrir uma conta poupança com depósito de R$ 5 mil em favor do adolescentelibertado. Além disso, pagou também R$ 1,8 mil por danos morais individuais."A SRTE/MA e MPT vão tentar viabilizar o recebimento do Seguro Desemprego deTrabalhador Resgatado para o adolescente de 13 anos, tendo em vista que nãohá previsão legal para o execício deste ditreito por menores de 16 anos deidade", relata Carlos Henrique.Rui Carlos entrou para a "lista suja" por causa de uma fiscalização ocorridaem novembro de 2005. Naquela ocasião, 52 trabalhadores foram libertados dafazenda Agranor/Sanganhá, em Codó (MA).
*Saldo de libertações*
Entre maio de 2003 e dezembro de 2009, a SRTE/MA libertou 1.186 trabalhadores de condições análogas à escravidão, de acordo com dados divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). As libertações resultaram no pagamento de mais de R$ 1 milhão emindenizações aos trabalhadores. Durante este período, foram realizadas 35 operações, que vasculharam 73 propriedades rurais. Foram formalizados mais de mil contratos de trabalho e lavrados 491 autos de infração.Segundo os números, 56% dos libertados tinham entre 18 e 35 anos. Cerca de 4% eram crianças e adolescentes de até 16 anos. A maioria das vítimas de trabalho escravo no Maranhão era analfabeta: 68%.
Justiça garante curso de Direito para assentados de Goiás, um resultado da luta social!!!!!!

Ivanilde
18/12/2009
O presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), desembargador Jirair Aram Meguerian, decidiu que o Incra e a Universidade Federal de Goiás (UFG) podem dar continuidade à turma especial de direito para assentados da reforma agrária na cidade de Goiás. A liminar, concedida na tarde de quinta-feira (17) suspende os efeitos da decisão anterior que extinguia a turma, em ação movida pelo Ministério Público Federal (MPF). Além disso, o presidente do TRF1 determinou a manutenção do curso até o trânsito em julgado do processo.“É uma decisão louvável. A oportunidade aberta a assentados de fazer parte de um curso de direito não fere o princípio da isonomia, como alegam alguns. Ao contrário, é uma política afirmativa dirigida a grupos historicamente excluídos de direitos fundamentais, como o acesso à educação”, afirma o presidente do Incra, Rolf Hackbart.No início da semana, membros da Procuradoria-Geral do Incra e da Advocacia-Geral da União (AGU) propuseram medida de suspensão de sentença alegando interesse público e defendendo a constitucionalidade do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera).Em seu despacho, o desembargador considerou a proibição do curso de direito para assentados como uma “grave lesão à ordem pública”. Ele citou parecer da Comissão de Ensino Jurídico da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB/GO) que em 2006 foi favorável à implantação da turma, tendo em vista a carência de defesa técnico-profissional dos assentados. “Essa decisão é resultado de um esforço conjunto entre Incra e UFG em defesa da educação para aqueles que sempre estiveram excluídos de uma formação superior”, define a procuradora-chefe do Incra, Gilda Diniz dos Santos.
O recurso interposto pelo Incra em conjunto com a UFG foi acompanhado do parecer do renomado jurista Fábio Konder Comparato. Ao tecer observações quanto à decisão que extinguia a turma especial, Comparato rechaçou a tese de desvio de finalidade por ser um curso de direito para filhos de agricultores: “Seria por acaso inútil saber quais os direitos e deveres fundamentais ligados à propriedade da terra e, especificamente, os estabelecidos nos artigos 184 e seguintes da Constituição Federal a respeito da reforma agrária? É aceitável manter os agricultores sem terra na condição de pessoas necessariamente ignorantes de seus direitos e, na melhor das hipóteses, perpetuamente tuteladas pelo Poder Público?”.
Respaldo internacional
A turma especial de direito da UFG na cidade de Goiás para assentados e filhos de pequenos agricultores contará em breve com o apoio de 14 entidades do Brasil e do exterior, que firmaram um termo de parceria com o intuito de participar e colaborar na formação dos estudantes. Dentre as instituições que assinam o compromisso estão a Associação dos Juízes Federais (Ajufe), Escola de Governo (São Paulo), Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCRIM-SP), as universidades de Coimbra (Portugal) e Carlos III (Espanha), além de três núcleos de estudos sociais e jurídico da Universidade Federal do Paraná.
A aula inaugural da turma, em 17 de agosto de 2007, foi proferida pelo ministro Eros Grau, do Supremo Tribunal Federal (STF), que já colaborou com a turma em outras duas oportunidades. Juristas, doutrinadores e operadores do direito em várias áreas de todo o país também já estiveram na cidade de Goiás colaborando na formação dos estudantes. “Temos um grupo de 60 alunos extremamente assíduo e muito convicto da escolha do curso de direito para seu processo de formação”, revela o coordenador da turma especial, professor José do Carmo Alves Siqueira. Ele ressalta que 20% dos alunos, ao longo de quase três anos de curso, já tiveram trabalhos científicos publicados e selecionados para apresentação em outras instituições do Brasil. Um deles foi destaque no último encontro da Associação Nacional de Pesquisa e Ensino em Direitos Humanos (ANDHEP), vinculada à Universidade de São Paulo (USP).As aulas da turma especial de direito para assentados da reforma agrária serão retomadas na primeira semana de março.
fonte: sitio mda: http://www.mda.gov.br/portal/index/show/index/cod/134/codInterno/23114

domingo, 27 de dezembro de 2009

Criança,a alma do negócio


Por que meu filho sempre me pede um brinquedo novo? Por que minha filha quer mais uma boneca se ela já tem uma caixa cheia de bonecas? Por que meu filho acha que precisa de mais um tênis? Por que eu comprei maquiagem para minha filha se ela só tem cinco anos? Por que meu filho sofre tanto se ele não tem o último modelo de um celular? Por que eu não consigo dizer não? Ele pede, eu compro e mesmo assim meu filho sempre quer mais. De onde vem este desejo constante de consumo?Este documentário reflete sobre estas questões e mostra como no Brasil a criança se tornou a alma do negócio para a publicidade. A indústria descobriu que é mais fácil convencer uma criança do que um adulto, então, as crianças são bombardeadas por propagandas que estimulam o consumo e que falam diretamente com elas. O resultado disso é devastador: crianças que, aos cinco anos, já vão à escola totalmente maquiadas e deixaram de brincar de correr por causa de seus saltos altos; que sabem as marcas de todos os celulares mas não sabem o que é uma minhoca; que reconhecem as marcas de todos os salgadinhos mas não sabem os nomes de frutas e legumas. Num jogo desigual e desumano, os anunciantes ficam com o lucro enquanto as crianças arcam com o prejuízo de sua infância encurtada. Contundente, ousado e real este documentário escancara a perplexidade deste cenário, convidando você a refletir sobre seu papel dentro dele e sobre o futuro da infância.
Direção: Estela Renner Produção Executiva: Marcos Nisti
Maria Farinha Produções
O documentário "Criança, a alma do negócio" está disponível nos links abaixo:

DVD original 2.6gb - documentário em formato iso para ser copiado em DVD
.AVI 700mb - documentário em formato avi para ser visto no computador (resolução 720x480)
.MP4 196mb - documentário em formato mp4 compatível com iPod e computador (resolução 320x240)
.AVI 46mb - trailer do documentário em formato avi para ser visto no computador (resolução 320x240 )
MOBILES - URL para acesso: http://www.alana.org.br/doc.3gp
http://www.alana.org.br/doc.mp4
Diretor: Estela Renner_Ano: 2008
MAS NÃO É SÓ ESSE GIGANTE DO CAPITALISMO CHAMADO "CONSUMISMO" QUE EXISTE !CONHEÇA OUTROS GIGANTES...OS GIGANTES DO BEM...Assista ao filme e descubra o que fazem os “gigantes” de hoje.http://vimeo.com/6209117  

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

CHICO MENDES:POR QUE HERÓI DA FLORESTA?

Ele defendia a sustentabilidade quando a palavra nada significava para a maioria. Tachado de inimigo do Brasil por maldizer o “progresso” da Amazônia, fez ecoar seu grito em defesa dos povos da floresta. Enfrentou multinacionais, latifundiários, pistoleiros. Antes de ser assassinado, declarou: “Se descesse um enviado dos céus e garantisse que minha morte iria fortalecer nossa luta, até que valeria a pena”.
Em 22 de dezembro de 1988 o Brasil se preparou para ver o assassinato de Odete Roitman na novela das oito. A vilã de Vale Tudo, exibida na Rede Globo, ainda sobreviveria dois capítulos, mas outra morte anunciada realmente aconteceu naquela noite. Às 21 horas – ou 19 horas, no Acre –, um tiro de pistola acertou Francisco Alves Mendes Filho. “Nunca um tiro dado no Brasil ecoou tão longe”, escreveu o jornalista Zuenir Ventura, que investigou o crime.Chico já era líder entre os seringueiros e tinha o respeito de lideranças internacionais. Ao perder a vida, tornou-se definitivamente símbolo mundial. Representa a luta – pacífica, mas ativa – dos povos da floresta pelo seu sustento. Ao defender a Amazônia, foi pioneiro em levantar a bandeira do meio ambiente, numa época em que dizer que a vida humana dependia da preservação ambiental soava uma abstração.
O herói da floresta nasceu e morreu na mesma Xapuri. Nunca teve casa própria. Alegre e afetuoso, conquistava as pessoas antes mesmo de expor suas ideias. Gostava de jogar dominó, comer paca e macaco. Tirou leite de seringueira desde os nove anos, seguindo a profissão do pai e do avô nordestino. Aos 17 anos, perdeu a mãe e o irmão mais velho.Não frequentou escola – os seringalistas não as permitiam em suas terras –, mas lia jornais desde menino. Um fugitivo da Coluna Prestes, escondido na mata, foi seu mestre em lições sobre Lenin e Marx. A exploração sofrida por seu povo ganhava novos contornos. Com eles, tinha início sua militância política.Mais tarde, Chico alfabetizou outros jovens, sempre antes de o sol raiar. Se casaria com uma das alunas, 20 anos mais nova. Ilzimar, morena de cabelos negros, foi sua segunda esposa, mãe de dois de seus três filhos
Palavra maldita
“O progresso está virando uma palavra maldita”, dizia Chico. “Ele trouxe os conflitos de terra, trabalho escravo, poluição do meio ambiente, destruição dos recursos naturais e a ideia de que a Amazônia era uma imensa área de terras devolutas que qualquer pessoa podia meter a mão.” Nos anos 1970, “progresso” era a palavra de ordem do governo militar. Fazendeiros, grandes grupos econômicos e multinacionais foram impulsionados a ocupar o Norte do País. Abriam clareiras na selva para criar gado e simplesmente expulsavam as famílias que ali viviam, usando jagunços ou fogo. Com outros colegas que tiravam seu sustento das matas e conheciam sua riqueza, Chico fundou o movimento sindical no Acre. Defendiam o meio ambiente e a máxima:
“A terra é de quem nela trabalha”.
Sem nenhum dólar no bolso, Chico foi aos Estados Unidos.
Apenas discursando num comitê e nos corredores, conseguiu revogar uma decisão do Banco Interamericano de Desenvolvimento.
Empates: vitórias e derrotasComo lutar contra tratores e pistolas? O Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Basileia criou o “empate”, espécie tupiniquim de Satyagraha – resistência pacífica liderada por Gandhi. Eram cordões humanos de 100, 200, 300 pessoas. Cantando, homens, mulheres e crianças paravam motosserras e tratores. E convenciam os funcionários a aderir à causa.Não demorou até que o diretor do sindicato fosse “eliminado” pelos fazendeiros. Chico Mendes, primeiro-secretário, corria riscos por “incitar contra a paz”. Depois de discursos e protestos pelo assassinato, alguns seringueiros se exaltaram e mataram o fazendeiro mandante do crime. Chico foi torturado pela polícia e enquadrado na Lei de Segurança Nacional. Só em 2008 seria anistiado.Em vez de se inibir, Chico Mendes ia cada vez mais longe. Logo o movimento foi novamente articulado. O Primeiro Encontro Nacional dos Seringueiros aconteceu em Brasília, depois de mobilização intensa. O principal objetivo: mostrar na capital do País que a Amazônia não era uma terra desabitada. Ali Chico Mendes articulou o Conselho Nacional dos Seringueiros e falou da “união dos povos da floresta”. Era o ponto de partida para a criação de reservas extrativistas em prol de índios, seringueiros, quebradeiras de coco, castanheiros, quilombolas e, claro, do meio ambiente. O ambientalista ajudou na implementação das reservas, mas a oficialização da maior delas com seu nome foi homenagem póstuma.
Uma voz que ecoa
Sem nenhum dólar no bolso, Chico viajou até os Estados Unidos, apoiado por órgãos internacionais. Revogou uma decisão do Banco Internacional de Desenvolvimento apenas discursando no comitê e nos corredores. O banco deixou de financiar uma rodovia na Amazônia e outros projetos que incentivavam o desmatamento, para desespero do governo brasileiro e, principalmente, dos ruralistas acreanos.Chico sabia que estava jurado de morte. Declarou isso algumas vezes e até divulgou os nomes dos possíveis mandantes no 3° Congresso da CUT, em que foi ovacionado. “Se descesse um enviado dos céus e garantisse que minha morte iria fortalecer nossa luta, até que valeria a pena. Mas a experiência nos ensina o contrário. Então eu quero viver”, declarou, sem saber como suas ideias continuariam a ecoar até hoje na Amazônia, no Brasil e no mundo.
Saiba Mais:"Chico Mendes Crime e Castigo", de Zuenir Ventura (Companhia das Letras, 2003).
ESCREVEU:Natália Pesciotta
MEMÓRIAS DO BLOG_ASSISTA AOS DOCUMENTÁRIOS  SOBRE CHICO MENDES
http://www.youtube.com/watch?v=q5ejS7fBzV4&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=ereyxiaRvOQ  
http://www.youtube.com/watch?v=uAD_1JaBrv4&feature=player_embedded
http://www.youtube.com/watch?v=ereyxiaRvOQ&feature=player_embedded#

A FOME E A GUERRA
Agora morre uma criança por desnutrição em Kurusú Ambá município de Mato Grosso do Sul
Campo Grande, dezembro de 2009
Uma criança de dois anos morreu hoje de desnutrição no lugar da retomada de terra da comunidade Kurusú Ambá, município de Amambaí/MS, 48 horas depois de que fosse denunciado o suposto assassinato de Osmair Fernandes, um jovem de 15 anos, quem pertencia ao acampamento que fez a retomada no dia 25 de novembro, no lugar chamado Jaguá Ambá Cué, dentro da fazenda Maria Auxiliadora. Em quanto a criança de dois anos agüentou até 15 dias de diarreia e vomito sem ter atendimento da FUNASA, ainda havendo denuncia e solicitação de socorro para isso, o corpo do jovem foi encontrado na escola indígena Taquapiry, a oito quilômetros de distancia da retomada, com indícios de espancamento e tortura.A criança que faleceu se chama Tatirrara, filha de Jaeson Batista e Marcelina Rodrigues. Segundo os pais ela tinha um quadro agudo de vomito e diarreia, alem disso estava com a garganta inflamada, o que a levou a uma desidratação total e à morte. Dez dias atrás as lideranças de Kurusú Ambá fizeram uma solicitação desesperada no Ministério Publico Federal devido à grande quantidade de doenças que está atacando às famílias que participam da retomada de seu território tradicional e em razão da fome que os atinge. Eles queriam que a FUNASA entrasse dentro da fazenda Maria Auxiliadora para atender aos que estão doentes e que a FUNAI entrasse para levar cesta básica. Segundo os indígenas, a resposta do MPF foi negativa alegando que esses órgãos não podem entrar na fazenda sem autorização judicial, pois, trata-se de propriedade privada. O MPF pediu aos indígenas que se deslocassem para a aldeia de Taquapiry, para receber a cesta básica e atendimento médico.
Denuncia de envenenamento
Segundo os indígenas que estão na área de retomada existe a possibilidade de que a maioria das crianças estejam sentindo os efeitos do veneno que é jogado pelos fazendeiros na plantação de soja que rodeia o acampamento indígena. A fazenda Maria Auxiliadora, reclamada como terra tradicional indígena, não tem criação de gado e só plantação de soja, segundo os nativos. As fontes de agua que os indígenas começaram consumir estariam contaminadas com os produtos tóxicos usados para proteger a soja. Mais crianças poderiam morrer se a FUNASA não asiste às famílias no lugar da retomada, segundo manifestaram representantes da comunidade de Kurusú Ambá. No 2008 duas crianças já morreram de desnutrição no acampamento que as famílias ocupavam desde 2007 na beira da BR 289 que liga Amambaí a Coronel Sapucaia. Com a morte de menina Tatirrara de dois anos já vão outras duas mortes por desnutrição na aldeia no 2009.Agora os indígenas disseram que, antes da ocorrência de mais mortes, estão solicitando à FUNASA pelo menos o caixão para enterrar a criança, já que se negam a dar atendimento na referida “propriedade privada”.
Fonte: Cimi/MS

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Comunicado dos povos indígenas


À Excelentíssima Sra. e Excelentíssimos Senhores:
As nações indígenas contra a barragem de Belo Monte no rio Xingu.Encaminham à
Deborah Macedo Duprat - Vice- Procuradora – Geral da República;
Luis Inácio Lula da Silva - Presidente da República Federativa do Brasil;
Edson Lobão - Ministro de Minas e Energia;
Carlos Minc - Ministro do Meio Ambiente;
Marcio Meira - Presidente da FUNAI;
Roberto Messias Franco - Presidente do IBAMA;
Tarso Genro - Ministro da Justiça;
Gilmar Mendes - Presidente do Supremo Tribunal Federal
Nós povos indígenas aqui representados: Povo Kayapó das aldeias Kokraxmõr, Pykarãrãkre, Kikretum, Las Casas, Kriny, Moxkàràkô; Kayapó do Xingu, aldeia Kararaô; Xipaia, aldeia Tukamá, Tukaiá; Juruna, aldeia Paquiçamba, Km 17 Vitória do Xingu; Arara da Volta Grande, Terra indígena Wangã; Povo Arara, Cachoeira Seca; e povos de outras regiões: Yanomam; Guarani, de São Paulo, aldeia Krukutú, queremos comunicar o seguinte:Excelentíssimos representantes do governo brasileiro e Procuradoria Geral da República,
Nós povos indígenas do Brasil preocupados com as ações que tem o Brasil direcionadas às populações indígenas e o desrespeito do governo com as referidas populações temos a lhes dizer que após o primeiro contato da chegada dos não índios neste país os povos indígenas foram massacrados e dizimados de forma brutal e ignorada pelos seus representantes.Tivemos perdas significativas das populações indígenas neste país. Onde em nenhum momento a sociedade tratou esses povos com devido respeito; que após 500 anos de contato com essa civilização, os povos indígenas no Brasil só tiveram perdas territoriais, culturais, vidas, desaparecimento de populações inteiras ao longo desse contato. Os povos que restam lutam por sua sobrevivência dentro de seus territórios com péssima estrutura, com alta precariedade, desrespeitados em seus direitos humanos, com falta de integridade moral para com os povos indígenas ainda existentes neste Brasil.Senhores representantes do governo, nós estamos denunciando o desrespeito do Governo Federal para com as populações indígenas onde se trata especificamente de um projeto a ser executado na região de Altamira, Volta Grande do Xingu; projeto este destinado a aproveitamento hídrico, onde afetará às populações indígenas desta região e de toda a bacia hidrográfica do Rio Xingu.Há vinte anos os povos indígenas desta região falaram em um Encontro e deixaram claro que esse projeto é inviável para ser implantado no Rio Xingu. Os povos indígenas em 2008, em outro Grande Encontro, voltaram a falar e debater contra esse projeto que seria implantado nesta região e mais uma vez o governo desrespeita os povos indígenas, desrespeitando a convenção 169 da OIT onde o governo brasileiro é signatário.Mais uma vez, estamos nós aqui, povos indígenas em Brasília, para falar sobre Belo Monte. Ao longo desses 20 anos a luta dos povos indígenas contra o projeto dessa UHE Belo Monte o governo teve tempo suficiente para apresentar propostas alternativas para as populações indígenas desta região e não o fez. Os povos indígenas cansados desta luta onde o governo só ouve aquilo que lhe interessa, estamos querendo por fim nesta história macabra para os povos indígenas.Senhores representantes do governo brasileiro, nós povos indígenas representados neste comunicado estamos solicitando de vosso conhecimento para impedir que posições negativas possam vir a acontecer nesta região se o governo continuar nós desrespeitando como povo brasileiro, como povos indígenas e como primeiros habitantes deste país.Ao longo de 500 anos estivemos à mercê do governo, servindo como massa de manobra, como soldados de proteção à natureza. Nós povos indígenas, como defensores da natureza estamos cansados de ver os não índios destruírem as nossas florestas com a conivência das autoridades governamentais e judiciária deste país. Vendo toda essa situação, nós tomamos a seguinte medida:Nós povos Indígenas, não vamos sentar mais com nenhum representante do governo para falar sobre UHE Belo Monte; pois já falamos tempo demais e isso custou 20 anos de nossa história. Se o governo brasileiro quiser construir Belo Monte da forma arbitrária de como está sendo proposto, que seja de total responsabilidade deste governo e de seus representantes como também da justiça o que virá a acontecer com os executores dessa obra; com os trabalhadores; com os povos indígenas. O rio Xingu pode virar um rio de sangue. É esta a nossa mensagem. Que o Brasil e o mundo tenham conhecimento do que pode acontecer no futuro se os governantes brasileiros não respeitarem os nossos direitos como povos indígenas do Brasil
Brasília, DF, .1º de dezembro de 2009.
Cimi, 7/12/2009, 12h29 – http://www.cimi.org.br/
DIANTE DO FRACASSO DA COP 15 COLOCAMOS UM DOS ÚLTIMOS APELOS DOS GUERREIROS DE NOSSO PLANETA E DE NOSSO BRASIL REENCAMINHADO PELO PROF. HELENO CORRÊA DO DEPARTAMENTO DE MEDICINA PREVENTIVA DA UNICAMP(por que não sei se quem leu percebeu que se trata de uma (talvez a última) declaração de guerra de povos massacrados. Vejam o parágrafo final. Ao voltar de Kopenhagem a delegação brasileira terá que se defrontar com uma decisão que não poderá acusar o Obama por não ser adotada.Heleno. (19 dez 2009)

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

MITOLOGIA DOS ÍNDIOS DA AMAZONIA,AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS E O DESENVOLVIMENTO

 "A Vulnerabilidade do Ser".

Imagem do livro-Crédito: Cortesia de Claudia Andujar
COPENHAGUE, 17 de dezembro (Terramérica) - Na mitologia dos Baniwa, Yanomami e desânimo, os grupos étnicos que habitam o estado do Amazonas, que faz fronteira com a Colômbia e a Venezuela, são as explicações e advertências sobre as alterações climáticas. Segundo André Baniwa, vice-prefeito do município de São Gabriel da Cachoeira, os efeitos do tempo e foram fornecidos pelos homens das grandes potências. Esses fenômenos já ocorreram no passado distante da humanidade, quando viu o colapso da convivência harmoniosa entre os seres humanos, animais e natureza. Baniwa nascido na comunidade RUPIT Tucumã no alto rio Içana, e entre 2005 e 2009 foi vice-presidente da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN). O mito da criação, que também se refere ao fim do mundo para os Yanomami, menciona a "cair do céu", na qual os seres humanos tempo submersa em águas das cheias, em guerra com os seres mágicos. Essa imagem é o seu maior medo, como a premiada fotógrafa suíça Claudia Andujar, que trabalha com o grupo há 30 anos. Para os Yanomami, que pode acontecer se a humanidade não se inverter o actual processo destrutivo, e também dizer Baniwa.
José María Lana, morador do Alto Rio Preto, Desana representante e membro da actual direcção da FOIRN, diz que os sinais de advertência de que os mitos já são visíveis.
O sol queima diferente hoje. O período de floração é alterado. As chuvas, que caíram em abril e maio, agora estavam concentrados em julho e agosto. A piracema "- a desova dos peixes - ocorre em um local diferente.
Tudo isso interfere com a reprodução das espécies animais e vegetais, alterando os tempos de ciclo dos povos da floresta e interferir com seus rituais tradicionais, que estão intimamente ligadas aos ciclos naturais.
Davi Yanomami afirma que a fumaça produzida pela atividade humana está causando um grande dano tal. Esta xamã e líder das minorias étnicas, prêmios internacionais para a defesa dos povos indígenas que vivem em Watoriki, no estado de Roraima, na fronteira com a Venezuela. De indústrias, bombas, a combustão do petróleo e também o veneno invisível que deixa a terra em mineração, a poluição é a causa da doença, diz Yanomami. Muitos deles são presentemente desconhecidos para os xamãs, que até recentemente era métodos disponíveis para gerir as grandes males que se abateu sobre estes grupos. Esses alertas são liberados por esses líderes, durante décadas, mas ainda não há plena capacidade de ouvir, talvez devido à dificuldade em compreender a visão tradicional dos grupos, carregado de simbolismo e linguagens associadas. Ainda mais consciente de que os cidadãos das cidades da dependência humana com a natureza e as florestas, os povos indígenas têm muito a ensinar e pode levar uma reflexão sobre o modelo de desenvolvimento adotado até agora. Em setembro, representantes desses grupos se reuniram na cidade de Manaus para elaborar a carta dos povos indígenas na Amazônia brasileira sobre a mudança climática, parte do documento a delegação deste país na conferência sobre mudança climática foi realizada em Copenhague, por iniciativa de carbono Reduções de Emissões do Desmatamento e Degradação Florestal (REDD). A carta expressa a posição desses grupos sobre o assunto e consiste em propostas de ações de mitigação, especialmente no que diz respeito à preservação da Amazônia ea contribuição do conhecimento tradicional a novas estratégias para conter perturbações climáticas. É bem estabelecido que as terras indígenas são mais eficientes para evitar o desmatamento e seqüestro de carbono. Os líderes reivindicam o direito à restituição integral de suas terras e para os beneficiários de pagamentos por serviços ambientais e à comercialização de créditos de carbono no REDD, poderia ser uma das poucas conquistas da Conferência 15 Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP-15). Além disso, solicitou recursos para conter o desmatamento são regulados de forma adequada às particularidades culturais dos diferentes grupos étnicos e se destinam a fortalecer suas organizações e apoiar os seus programas e projetos de preservação da biodiversidade e conhecimentos tradicionais. A floresta é vida. A vida é floresta. Se você removê-lo, basta destruir a vida humana. Ela mantém o pilar de água pura, fundamental para a manutenção da vida no planeta. Para eles, a floresta tem lugares sagrados, habitado por seres "superiores" que têm a capacidade de "curar o planeta", e para equilibrar os efeitos do aquecimento global, mudanças climáticas e doenças. André Baniwa diz que a tecnologia eo dinheiro nos enganar. O valor está na harmonia entre os seres humanos e entre estes ea natureza. Espera-se que as ações da COP-15, que começou em 7 de dezembro e termina na sexta-feira, considera que estas raças dizer assim por muito tempo.
* Marina Barbosa, uma professora de antropologia da Universidade Católica de São Paulo e especialista em desenvolvimento. Integra a delegação brasileira na COP-15. Este documento é publicado pela rede latino-americana de jornais Terramérica. Aquecimento AMBIENTE-BRASIL: mitologia indiana e mundial
Por Marina Barbosa
Prazo para desmatar mais
Por Marina Silva

Pedagoga e Senadora pelo PV-AC
A impunidade ganhou mais tempo. Mesmo com a previsão legal de prazo de até 30 anos para recuperar áreas de preservação permanente e da reserva legal já desmatadas, o governo deu mais três anos para que os proprietários façam a regularização ambiental de suas áreas sem serem incomodados pela fiscalização.
Apesar da boa intenção do título -Programa Mais Ambiente-, o decreto recém-editado pelo governo acaba por promover, na prática, uma anistia ampla, geral e irrestrita a todos os que desrespeitaram a legislação ambiental até agora. Entre as muitas causas do desmatamento, uma das mais fortes é a impunidade. E, lamentavelmente, o decreto acaba por lhe dar alento, favorecendo sem distinção quem desmatou nos últimos 15 anos. E que poderá continuar a desmatar hoje, sabendo que, se aderir ao programa, não pagará multa pela área desmatada.
Tal decisão compromete as iniciativas de regularização ambiental dos Estados que não criaram a "suspensão de multas". Além disso, vai na contramão do Superior Tribunal de Justiça, que vem julgando em favor da obrigatoriedade dos produtores de recuperar as áreas desmatadas acima do permitido, mesmo quando isso ocorreu antes da compra do imóvel rural.Talvez esse seja o problema. Desde 2004, quando começou a ser implementado o Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia, o Estado brasileiro vem ampliando a sua capacidade de fiscalização. Com isso, o desmatamento vem caindo ano a ano, o que é bom para a sociedade, mas incomoda alguns.Segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA), a maior parte dos proprietários rurais não deverá aderir ao programa, na expectativa de que o Código Florestal seja alterado em 2010. Opinião compartilhada pelo ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes. Para ele, apesar do novo prazo, o agricultor, o pecuarista e o próprio governo terão dificuldades para cumprir as "exigências".Ganhar tempo, nesse caso, não significa mais prazo para o agricultor adequar-se às leis ambientais, o que seria desejável se não fosse desnecessário, pois o Código Florestal já contempla essa situação.Na prática, está dada a senha para a bancada ruralista manter a pressão para desmontar a legislação ambiental, duramente conquistada após a Constituição de 1988.Ao ceder, mais uma vez, o governo perde a oportunidade de caminhar na direção correta. E coloca sob forte suspeita o compromisso anunciado de reduzir o desmatamento em 80% na Amazônia e em 40% no cerrado -pontos centrais da meta de redução de emissões de gases-estufa apresentada agora em Copenhague.
Por Marina Silva
Pedagoga e Senadora pelo PV-AC

Enquanto isso na Dinamarca a afirmação da Ministra da Casa Civil já determina o que se vai fazer no próximo Governo...e esta fala não foi um "ato falho" como quis dizer o Jornal da GLOBO:
http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1176513-7823-DILMA+ROUSSEFF+COMETE+ERRO+AO+DISCURSAR+EM+COPENHAGUE,00.html

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

SAÚDE E MEIO AMBIENTE: UMA REFLEXÃO - Estudos culpam poluição por 24% das doenças


Começou nesta quarta-feira e vai até sábado, em Brasília, a 1ª Conferência Nacional de Saúde Ambiental (CNSA). O momento não poderia ser mais propício. Na segunda-feira, o governo americano anunciou na Conferência do Clima das Nações Unidas (COP 15), em Copenhague, na Dinamarca, que a Agência Ambiental Americana (EPA) classificou os gases do efeito-estufa como gases nocivos à saúde humana.
A decisão é importantíssima, em primeiro lugar porque dá ao governo Obama o reforço necessário para recuperar o atraso nas medidas indispensáveis para reduzir as emissões americanas de gases poluentes. Mas seu impacto ultrapassa a política interna dos Estados Unidos. Ao reconhecer que o padrão de emissões é uma grave questão de saúde pública, além de ser uma questão ambiental global, o país pressiona positivamente os demais a aprofundar o debate.Nesses dias em que o mundo aguarda com expectativa o que ficará definido após a COP 15, iniciativas desse tipo colaboram para que as negociações andem, na medida em que dão suporte à integração de informação e ação entre governos e sociedade. No caso, é o impulso que faltava para dar o devido peso à interação entre saúde e meio ambiente - ou falta de saúde e degradação ambiental - nas discussões nacionais e internacionais.Há muito tempo estudos vêm indicando a relação direta entre problemas ambientais e de saúde. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 24% das doenças e 23% das mortes prematuras são fruto de problemas ambientais. E há muito se reconhece o impacto na saúde pública das chamadas doenças de veiculação hídrica, decorrentes da poluição dos cursos d'água, sobretudo pela falta de saneamento básico e mau uso do solo.É por isso que a CNSA é tão importante. As políticas públicas devem ser construídas de forma coletiva e dirigidas a uma nova realidade socioambiental. O tema deste encontro é "A saúde ambiental na cidade, no campo e na floresta: construindo cidadania, qualidade de vida e territórios sustentáveis". São esperados 959 delegados eleitos nos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal (DF).Trata-se de uma conseqüência do que vem sendo feito pelos Conselhos Nacionais de Saúde, Cidades e Meio Ambiente e respaldado também em suas respectivas conferências nacionais, para dar seqüência à formulação de diretrizes que deverão orientar a política de saúde e ambiente do governo de uma maneira geral.A temática geral foi estruturada por meio de três eixos. O primeiro, classificado como "Desenvolvimento e sustentabilidade socioambiental no campo, na cidade e na floresta", com o objetivo de desenhar um pouco a realidade desses territórios. O segundo "Trabalho, ambiente e saúde: desafios dos processos de produção e consumo nos territórios" para avaliar o impacto dos processos produtivos o meio ambiente e a saúde humana. E o último, denominado "Democracia, educação, saúde e ambiente: políticas para a construção de territórios sustentáveis", vai induzir a formulação de propostas para o enfrentamento desses problemas.Para saber mais sobre o que está sendo discutido na Conferência, consulte o site do evento www.saude.gov.br/svs/cnsa e leia o Caderno de Textos, elaborado para ajudar os delegados a discutir, a pensar e a observar as experiências positivas pelo país, disponível na Biblioteca Multimídia da Escola Nacional de Saúde Pública (http://www.ensp.fiocruz.br/).
Marina Silva é professora de ensino médio, senadora (PV-AC) e ex-ministra do Meio Ambiente.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

A Carta da Terra e o destino nosso em Copenhague

O que está em jogo em Copenhague  Leonardo Boff *
Em Copenhague os 192 representantes dos povos vão se confrontar com uma irreversibilidade: a Terra já se aqueceu, em grande, por causa de nosso estilo de produzir, de consumir e de tratar a natureza. Só nos cabe adaptamo-nos às mudanças e mitigar seus efeitos perversos. O normal seria que a humanidade se pergunta, tal como um médico faz ao seu paciente: por que chegamos a esta situação? Importa considerar os sintomas e identificar a causa. Errôneo seria tratar dos sintomas deixando a causa intocada continuando a ameaçar a saúde do paciente.É exatamente o que parece estar ocorrendo em Copenhague. Procuram-se meios para tratar os sintomas, mas não se vai à causa fundamental. A mudança climática com eventos extremos é um sintoma produzido por gases de efeito estufa que tem a digital humana. As soluções sugeridas são: diminuir as porcentagens dos gases, mais altas para os países industrializados; e mais baixas para os em desenvolvimento; criar fundos financeiros para socorrer os países pobres e transferir tecnologias para os retardatários. Tudo isso no quadro de infindáveis discussões que emperram os consensos mínimos.Estas medidas atacam apenas os sintomas. Há que se ir mais fundo, às causas que produzem tais gases prejudiciais à saúde de todos os viventes e da própria Terra. Copenhague dar-se-ia a ocasião de se fazer com coragem um balanço de nossas práticas em relação com a natureza, com humildade reconhecer nossa responsabilidade e com sabedoria receitar o remédio adequado. Mas, não é isto que está previsto. A estratégia dominante é receitar aspirina para quem tem uma grave doença cardíaca ao invés de fazer um transplante.
Tem razão a Carta da Terra quando reza: "Como nunca antes na história, o destino comum nos conclama a buscar um novo começo... Isto requer uma mudança na mente e no coração". É isso mesmo: não bastam remendos; precisamos recomeçar, quer dizer, encontrar uma forma diferente de habitar a Terra, de produzir e de consumir com uma mente cooperativa e um coração compassivo.
De saída, urge reconhecer: o problema em si não é a Terra, mas nossa relação para com ela. Ela viveu mais de quatro bilhões de anos sem nós e pode continuar tranquilamente sem nós. Nós não podemos viver sem a Terra, sem seus recursos e serviços. Temos que mudar. A alternativa à mudança é aceitar o risco de nossa própria destruição e de uma terrível devastação da biodiversidade.Qual é a causa? É o sonho de buscar a felicidade que se alcança pela acumulação de riqueza material e pelo progresso sem fim, usando para isso a ciência e a técnica com as quais se pode explorar de forma ilimitada todos os recursos da Terra. Essa felicidade é buscada individualmente, entrando em competição uns com os outros, favorecendo assim o egoísmo, a ambição e a falta de solidariedade.Nesta competição os fracos são vitimas daquilo que Darwin chama de seleção natural. Só os que melhor se adaptam, merecem sobreviver, os demais são, naturalmente, selecionados e condenados a desaparecer.Durante séculos predominou este sonho ilusório, fazendo poucos ricos de um lado e muitos pobres do outro à custa de uma espantosa devastação da natureza.Raramente se colocou a questão: pode uma Terra finita suportar um projeto infinito? A resposta nos vem sendo dada pela própria Terra. Ela não consegue, sozinha, repor o que se extraiu dela; perdeu seu equilíbrio interno por causa do caos que criamos em sua base físico-química e pela poluição atmosférica que a fez mudar de estado. A continuar por esse caminho, comprometeremos nosso futuro.
Que se poderia esperar de Copenhague? Apenas essa singela confissão: assim como estamos não podemos continuar. E um simples propósito: Vamos mudar de rumo. Ao invés da competição, a cooperação. Ao invés de progresso sem fim, a harmonia com os ritmos da Terra. No lugar do individualismo, a solidariedade generacional. Utopia? Sim, mas uma utopia necessária para garantir um porvir.
[Autor de Homem: Satã ou Anjo bom?, Record 2008].
* Teólogo, filósofo e escritor
Leia o "JORNAL FRUTO DA TERRA",PROJETO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL FUNDAMENTADO NA CARTA DA TERRA
http://www.atibaia.sp.gov.br/freeaspupload/educacao/mural/jornal%20fruto%2016.pdf.pdf

MEMÓRIA DO BLOG
26 de outubro de 2007
Um relatório da ONU sobre o meio ambiente divulgado nesta quinta-feira afirma que a falta de providências contra alguns dos principais problemas ambientais que afetam o planeta estão colocando em risco a própria sobrevivência da espécie humana.O relatório Panorama Ambiental Global, do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), analisa as principais mudanças nas condições da água, do ar, da terra e da biodiversidade do planeta desde 1987 e identifica prioridades de ação.Entre os problemas identificados estão a degradação de áreas agrícolas, o desmatamento, a redução das fontes de água potável disponíveis e a pesca excessiva."Problemas persistentes e difíceis de resolver continuam sem ser enfrentados, sem solução", disse o diretor-executivo do Pnuma, Achim Steiner."Problemas do passado continuam e novos estão surgindo: do crescimento acelerado das áreas sem oxigênio nos oceanos ao surgimento de novas e velhas doenças, ligadas em parte à degradação ambiental."Leia também: Etanol é ameaça ao cerrado, diz relatório da ONUBrundtlandO relatório está sendo publicado por ocasião dos 20 anos da publicação do chamado   "Relatório Brundtland"  da ONU, considerado importante por ter lançado a idéia de desenvolvimento sustentável como uma das principais defendidas pelas Nações Unidas no que diz respeito ao meio ambiente.
Segundo o documento, desde a divulgação do Relatório Brundtland, as condições do meio ambiente no mundo pioraram, pressionadas pelo crescimento populacional e pela falta de empenho das autoridades em resolver as questões."A quantidade de recursos necessária para mantê-la (a população mundial) supera o que está disponível", diz o relatório.O documento alerta que, até 2025, o uso da água terá aumentado 50% em países em desenvolvimento, e que essa pressão pode se tornar intolerável em locais com escassez do recurso...(cont.)
Conclusões do relatório:

Há indícios "visíveis e inequívocos" do impacto das mudanças climáticas
1,8 bilhão podem enfrentar falta de água em 2025.Exposição a poluentes causa 20% das doenças nos países em desenvolvimento

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

NO PRINCÍPIO ERA A TERRA... E A FUNDAÇÃO DE UMA NOVA RADICALIDADE

COMEÇA A CONFERÊNCIA SOBRE O CLIMA NO PLANETA.
Memória do BLOG
ESTE ARTIGO FOI ESCRITO
EM  JANEIRO DE 2008
POR LEONARDO BOFF
Nunca se falou tanto da Terra como nos últimos tempos. Parece até que a Terra acaba de ser descoberta. Os seres humanos fizeram um sem número de descobertas, de povos indígenas embrenhados nas florestas remotas, de seres novos da natureza, de terras distantes e de continentes inteiros. Mas a Terra nunca foi objeto de descoberta. Foi preciso que saíssemos dela e a víssemos a partir de fora, para então descobri-la como Terra e Casa Comum.Isso ocorreu a partir dos anos 60 com as viagens espaciais. Os astronautas nos revelaram imagens nunca dantes vistas. Usaram expressões patéticas, como "a Terra parece uma árvore de Natal, dependurada no fundo escuro do universo", "ela é belíssima, resplandecente, azul-branca", "ela cabe na palma de minha mão e pode ser encoberta com meu polegar". Outros tiveram sentimentos de veneração e de gratidão e rezaram. Todos voltaram com renovado amor pela boa e velha Terra, nossa Mãe. Esta imagem do globo terrestre visto do espaço exterior, divulgado diariamente pelas televisões do mundo inteiro, suscita em nós sentimento de sacralidade e está criando novo estado de consciência. Na perspectiva dos astronautas, a partir do cosmos, Terra e Humanidade formam uma única entidade. Nós não vivemos apenas sobre a Terra. Somos a própria Terra que sente, pensa, ama, sonha, venera e cuida.Mas nos últimos tempos se anunciaram graves ameaças que pesam sobre a totalidade de nossa Terra. Os dados publicados a partir de 2 de fevereiro de 2007 culminando em 17 de novembro pelo organismo da ONU Painel Intergovernamental das Mudanças Climáticas, com os impasses recentes em Bali nos dão conta de que já entramos na fase do aquecimento global com mudanças abruptas e irreversíveis. Ele pode variar de 1,4 até 6 graus Celsius, dependendo das regiões terrestres. As mudanças climáticas possuem origem andrópica, quer dizer, tem no ser humano (capitalista) que inaugurou o processo industrialista selvagem, seu principal causador. Se nada for feito, iremos ao encontro do pior e milhões de seres humanos poderão deixar de viver sobre o planeta.Como destruímos irresponsavelmente, devemos agora regenerar urgentemente. A salvação da Terra não cai do céu. Será fruto da nova co-responsabilidade e do renovado cuidado de toda a família humana.Dada esta situação nova, a Terra se tornou, de fato, o obscuro e grande objeto do cuidado e do amor humano. Ela não é o centro físico do universo como pensavam os antigos, mas ela se tornou, nos últimos tempos, o centro afetivo da humanidade. Só temos este planeta para nós. É daqui que contemplamos o inteiro universo. É aqui que trabalhamos, amamos, choramos, esperamos, sonhamos e veneramos. É a partir da Terra que fazemos a grande travessia rumo ao além.Lentamente estamos descobrindo que o valor supremo é assegurar a persistência do planeta Terra e garantir as condições ecológicas e espirituais para que a espécie humana se realize e toda a comunidade de vida se perpetue.

Em razão desta nova consciência. falamos do princípio Terra. Ele funda uma nova radicalidade. Cada saber, cada instituição, cada religião e cada pessoa deve colocar-se esta pergunta: que faço eu para preservar a mátria comum e garantir que tenha futuro, já que ela há 4,3 bilhões de anos está sendo construída e merece continuar a existir? Porque somos Terra não haverá para nós céu sem Terra.
s chagas da TERRA escavadas a décadas e décadas e a centenas de anos...OURO,DIAMANTE E MINÉRIOS                             



sábado, 5 de dezembro de 2009

PREPARANDO O FIM DE ANO: DICAS ECOAMBIENTAIS DO NOSSO BLOG

Um lindo recanto em ALAGOAS. MARAGOGI!!!!!!
Pousada de amigos com sérias intenções Ecoambientais.Vamos fazer um turismo de Preservação e Economia Solidária. http://portodoscorais.blogspot.com/
OUTROS LUGARES SÃO POSSÍVEIS
VALE DO RIO PARAÍBA-SP - Caminho histórico "ROTA DA ESCRAVIDÃO" -  http://www.turismoetnico.com.br/
LEITURAS PARA PROFESSORES E ALUNOS: EDUCAÇÃO SOCIOAMBIENTAL
Acompanhamos desde 2007 do JORNAL "O FRUTO DA TERRA" e _reconhecido internacionalmente_ MUITO BOM!  leia aqui http://www.atibaia.sp.gov.br/frutodaterra/jornal-fruto-17.pdfe

FALTANDO UM DIA PARA A COP 15 - CONFERENCIA SOBRE O CLIMA O QUE ACONTECE NO BRASIL


Quando soube do trabalho do Prof Hermes Fonseca Medeiros,fiz questão de postar imediatamente no nosso Blog ,para ficar bem claro, que toda a sociedade brasileira pode ter acesso ao conhecimento científico.( Leiam abaixo a carta do Professor) Hoje os JORNAIS já estão dando destaque ao que acontece no Pará. Cabe um protesto,uma "anima" socioambiental em repúdio as duas retóricas do nosso Presidente  da República em Copenhague.Vamos estudar a pesquisa do Dr Hermes,que é um biólogo sério, e fundamentar nossas opiniões.
Minha Experiência de Ditadura_Hidrelétrica Belmonte_A Pegada
Estou tendo uma experiência de enfrentamento da ditadura no Brasil em pleno 2009. É realmente assombroso o andamento do licenciamento prévio da hidrelétrica de Belo Monte, que poderá sair nesta segunda.É diferente ouvir na televisão algo como "o governo garante agilidade no licenciamento das obras do PAC" de estar na frente do tanque de guerra. A comunidade acadêmica precisa tentar escapar das cortinas promovidas pela manipulação na mídia, por isso estou divulgando o resultado dos trabalhos de 42 pesquisadores (dentre os quais me incluo) que analisaram as 20.000 páginas do EIA/RIMA deste empreendimento. Os trabalhos estão disponíveis online e os endereços estão apresentados abaixo. Peço que divulguem dentre os seus contatos que possam se interessar por esta questão. Chamo a atenção para o resumo executivo, que pode ser lido sem grande custo de tempo.
 Atenciosamente,Dr. Hermes Fonseca de Medeiros-Professor Adjunto
Rua José Porfírio, nº 2515, no Bairro de São Sebastião
Fone: (093)35150264
Resumo Executivo em português*
http://www.internationalrivers.org/files/Resumo%20Executivo%20Painel%20de%20Especialistas_out2009.pdf
Pareceres Técnicos
http://www.internationalrivers.org/files/Belo%20Monte%20pareceres%20IBAMA_online%20(3).pdf
Leia abaixo o que a nova diretoria do Ibama diz hoje:
A licença ambiental prévia do projeto da hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA), deve sair no mês que vem. Esse é o cenário mais provável, segundo disse à Agência Estado o novo diretor de Licenciamento do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), Pedro Bignelli.

"Trabalhamos com três cenários: negar a licença, dar a licença sem exigir nada ou dar a licença com condicionantes. O mais provável é dar o sim a licença, com condicionantes, e em janeiro. Esse é o nosso horizonte otimista", disse Bignelli.Anteontem, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, havia antecipado ao Estado que a licença deveria sair, já que 99% das exigências ambientais haviam sido cumpridas.Geólogo e servidor de carreira do Ibama, Bignelli foi nomeado para o cargo na última quarta-feira, para substituir Sebastião Custódio Pires, que deixou o posto por causa das pressões do governo para agilizar a licença. Na mesma quarta-feira, Bignelli reuniu-se com o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, e com a secretária executiva da Casa Civil, Erenice Guerra. Ontem, ele teve sua primeira reunião com a equipe:"Foram-me passadas inúmeras emergências que temos por aqui. E Belo Monte é a maior."Bignelli adiantou algumas exigências que deverão ser feitas ao futuro empreendedor para viabilizar a obra do ponto de vista ambiental. Entre elas, deverá estar a de se manter uma vazão mínima de água na parte do rio conhecida como Volta Grande do Xingu. "Essa vazão mínima terá de ser maior do que a da maior seca histórica do rio. Com essa vazão mínima, você mantém a navegabilidade e a vida do rio", disse Bignelli.Outro ponto que deverá ser exigido é a construção de um pequeno elevador para que as pequenas embarcações que navegam pela região possam transpor a barragem.

 ONG recebe R$ 10 milhões para ajudar cidades a reduzirem desmatamento Onze municípios do Pará serão beneficiados. Recurso chegará ao Imazon pelo Fundo Amazônia.


quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Contra A FOME. A PESTE. A GUERRA! Enfrentando os tres cavaleiros

TORNE SE CIDADÃO DO MUNDO ENTRANDO NO SITE 
RIO DE JANEIRO
O MUNDO ONTEM MOBILIZOU SE NUMA HOMENAGEM AS VÍTIMAS DA AIDS "A GRANDE EPIDEMIA DO SÉCULO XX"  


Documentário "Positivas", com mulheres que contraíram Aids dos maridos e que será lançado em dezembro.Acesse o blog da diretora Susanna Lira sobre o documentário
http://positivasofilme.blogspot.com/  
                                                                             INDIA
O SÉCULO XXI DEFRONTA-SE COM QUESTÕES CLIMÁTICAS E DESESTABILIZAÇÕES DE POPULAÇÕES QUE MIGRAM EM BUSCA DA SOBREVIVÊNCIA.                    A FOME. A PESTE.A GUERRA .  
                                              ESSES SERÃO NOSSOS DESAFIOS!
                    HOLANDA
PARIS em luto
                                  INDONÉSIA
ENQUANTO CONTAMOS OS MINUTOS REVEJA A MATÉRIA DO DIA 23/10/09 E AS CONSEQUÊNCIAS HOJE DIA 2 /12/09