IMPOSTOS EM SÃO PAULO

quinta-feira, 30 de abril de 2009

"Prático" o porquinho, revela ao mundo sua casa e combate o H1N1 - Parte II

"Prático", o porquinho sabichão,enfrenta o vilão.Visita a Escola técnica da UNICAMP e conversa também com estudantes de Saúde Coletiva para que todos conheçam o vilão chamado de H1N1."Prático" viajou desde o inferno das pocilgas até grandes industrias.
*O nome da gripe é Smithfield Foods
É a doença originada do agronegócio internacional* Eu sempre insisto aqui neste blog Diário Gauche que o nome que se dá a coisas, objetos, projetos, episódios e até a doenças é muito importante. Vejam o caso dessa epidemia mundial de gripe viral. Estão chamando-a – de forma imprópria – de gripe suína. Nada mais ideológico. Nada mais acobertador da verdade. O vírus dessa gripe se originou da combinação de múltiplos pedaços de ADN humanos, aviários e suínos. O resultado é um vírus oportunista que acomete animais imunodeprimidos, preferencialmente porcos criados comercialmente em situações inadequadas, não-naturais, intensivas, massivas, fruto de cruzamentos clonados e que se alimentam de rações de origem transgênica,vítimas de cargas extraordinárias de antibióticos, drogas do crescimento e bombas químicas visando a precocidade e o anabolismo animal. Especulações científicas indicam que o vírus dessa gripe teve origem nas Granjas Carroll, no Estado mexicano de Vera Cruz. A granja de suínos pertence ao poderoso grupo norte-americano Smithfield Foods, cuja sede mundial fica no Estado de Virgínia (EUA). O poder monstruoso da indústria pecuária Publicado em 29 de abril de 2009
http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/o-poder-monstruoso-da-industria-pecuaria/
*A gripe suína e o monstruoso poder da indústria pecuária Em 1965, havia nos EUA 53 milhões de porcos espalhados entre mais de um milhão de granjas. Hoje, 65 milhões de porcos concentram-se em 65 mil instalações. Isso significou passar das antiquadas pocilgas a gigantescos infernos fecais nos quais, entre esterco e sob um calor sufocante, prontos a intercambiar agentes patógenos à velocidade de um raio, amontoam-se dezenas de milhares de animais com sistemas imunológicos debilitados. Cientistas advertem sobre o perigo das granjas industriais: a contínua circulação de vírus nestes ambientes aumenta as oportunidades de aparição de novos vírus mais eficientes na transmissão entre humanos. A análise é de Mike Davis.

Mike Davis, na Carta Maior*
A gripe suína mexicana, uma quimera genética provavelmente concebido na lama fecal de um criadouro industrial, ameaça subitamente o mundo inteiro com uma febre. Os brotos na América do Norte revelam uma infecção que está viajando já em maior velocidade do que aquela que viajou a última cepa pandêmica oficial, a gripe de Hong Kong, em 1968.Roubando o protagonismo de nosso último assassino oficial, o vírus H5N1,este vírus suíno representa uma ameaça de magnitude desconhecida. Parece menos letal que o SARS (Síndrome Respiratória Aguda, na sigla em inglês) em 2003, mas como gripe, poderia resultar mais duradoura que a SARS. Dado que as domesticadas gripes estacionais de tipo “A” matam nada menos do que um milhão de pessoas ao ano, mesmo um modesto incremento de virulência, poderia produzir uma carnificina equivalente a uma guerra importante. Uma de suas primeiras vítimas foi a fé consoladora, predicada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), na possibilidade de conter as pandemias com respostas imediatas das burocracias sanitárias e independentemente da qualidade da saúde pública local. Desde as primeiras mortes causadas pelo H5N1 em 1997, em Hong Kong, a OMS, com o apoio da maioria das administrações nacionais de saúde, promoveu uma estratégia centrada na identificação e isolamento de uma cepa pandêmica em seu raio local de eclosão, seguida de uma massiva administração de antivirais e, se disponíveis, vacinas para a população.Uma legião de céticos criticou esse enfoque de contrainsurgência viral, assinalando que os micróbios podem agora voar ao redor do mundo – quase literalmente no caso da gripe aviária – muito mais rapidamente do que a OMS ou os funcionários locais podem reagir ao foco inicial. Esses especialistas observaram também o caráter primitivo, e às vezes inexistente, da vigilância da interface entre as enfermidades humanas e as animais. Mas o mito de uma intervenção audaciosa, preventiva (e barata) contra a gripe aviária resultou valiosíssimo para a causa dos países ricos que, como os Estados Unidos e a Inglaterra, preferem investir em suas próprias linhas Maginot biológicas, ao invés de incrementar drasticamente a ajuda às frentes epidêmicas avançadas de ultra mar. Tampouco teve preço esse mito para as grandes transnacionais farmacêuticas, envolvidas em uma guerra sem quartel com as exigências dos países em desenvolvimento empenhados em exigir a produção pública de antivirais genéricos fundamentais como o Tamiflu, patenteado pela Roche. A versão da OMS e dos centros de controle de enfermidades, que já trabalha com a hipótese de uma pandemia, sem maior necessidade novos investimentos massivos em vigilância sanitária, infraestrutura científica e reguladora, saúde pública básica e acesso global a medicamentos vitais, será agora decisivamente posta a prova pela gripe suína e talvez averigüemos que pertence à mesma categoria de gestão de risco que os títulos e obrigações de Madoff. Não é tão difícil que fracasse o sistema de alertas levando em conta que ele simplesmente não existe. Nem sequer na América do Norte e na União Européia. Não chega a ser surpreendente que o México careça tanto de capacidade como de vontade política para administrar enfermidades avícolas ou pecuárias,pois a situação só é um pouco melhor ao norte da fronteira, onde a vigilância se desfaz em um infeliz mosaico de jurisdições estatais e as grandes empresas pecuárias enfrentam as regras sanitárias com o mesmo desprezo com que tratam aos trabalhadores e aos animais.Analogamente, uma década inteira de advertências dos cientistas fracassou em garantir transferências de sofisticadas tecnologias virais experimentais aos países situados nas rotas pandêmicas mais prováveis. O México conta com especialistas sanitários de reputação mundial, mas tem que enviar as amostras a um laboratório de Winnipeg para decifrar o genoma do vírus. Assim se perdeu toda uma semana.Mas ninguém ficou menos alerta que as autoridades de controle de enfermidades em Atlanta. Segundo o Washington Post, o CDC (Centro de Controle de Doenças) só percebeu o problema seis dias depois de o México ter começado a impor medidas de urgência. Não há desculpas para justificar esse atraso. O paradoxal desta gripe suína é que, mesmo que totalmente inesperada, tenha sido prognosticada com grande precisão. Há seis anos, a revista Science publicou um artigo importante mostrando que “após anos de estabilidade, o vírus da gripe suína da América do Norte tinha dado um salto evolutivo vertiginoso”.
Desde sua identificação durante a Grande Depressão, o vírus H1N1 da gripe suína só havia experimentado uma ligeira mudança de seu genoma original. Em 1998, uma variedade muito patógena começou a dizimar porcas em uma granja da Carolina do Norte, e começaram a surgir novas e mais virulentas versões ano após ano, incluindo uma variante do H1N1 que continha os genes do H3N2 (causador da outra gripe de tipo A com capacidade de contágio entre humanos). Os cientistas entrevistados pela Science mostravam-se preocupados com a possibilidade de que um desses híbridos pudesse se transformar em um vírus de gripe humana – acredita-se que as pandemias de 1957 e de 1968 foram causadas por uma mistura de genes aviários e humanos forjada no interior de organismos de porcos – e defendiam a criação urgente de um sistema oficial de vigilância para a gripe suína: advertência, cabe dizer, que encontrou ouvidos surdos em Washington, que achava mais importante então despejar bilhões de dólares no sumidouro das fantasias bioterroristas. O que provocou tal aceleração na evolução da gripe suína: Há muito que os estudiosos dos vírus estão convencidos que o sistema de agricultura intensiva da China meridional é o principal vetor da mutação gripal: tanto da “deriva” estacional como do episódico intercâmbio genômico. Mas a industrialização empresarial da produção pecuária rompeu o monopólio natural da China na evolução da gripe. O setor pecuário transformou-se nas últimas décadas em algo que se parece mais com a indústria petroquímica do que com a feliz granja familiar pintada nos livros escolares. Em 1965, por exemplo, havia nos Estados Unidos 53 milhões de porcos espalhados entre mais de um milhão de granjas. Hoje, 65 milhões de porcos concentram-se em 65 mil instalações. Isso significou passar das antiquadas pocilgas a gigantescos infernos fecais nos quais, entre esterco e sob um calor sufocante, prontos a intercambiar agentes patógenos à velocidade de um raio, amontoam-se dezenas de milhares de animais com sistemas imunológicos muito debilitados. No ano passado, uma comissão convocada pelo Pew Research Center publicou um informe sobre a “produção animal em granjas industriais”, onde se destacava o agudo perigo de que “a contínua circulação de vírus (...) característica de enormes aviários ou rebanhos aumentasse as oportunidades de aparição de novos vírus mais eficientes na transmissão entre humanos”. A comissão alertou também que o uso promíscuo de antibióticos nas criações de suínos –mais barato que em ambientes humanos – estava propiciando o surgimento de infecções de estafilococos resistentes, enquanto que os resíduos dessas criações geravam cepas de escherichia coli e de pfiesteria (o protozoário que matou um bilhão de peixes nos estuários da Carolina do Norte e contagiou dezenas de pescadores).
Qualquer melhora na ecologia deste novo agente patógeno teria que enfrentar-se com o monstruoso poder dos grandes conglomerados empresariais avícolas e pecuários, como Smithfield Farms (suíno e gado) e Tyson (frangos). A comissão falou de uma obstrução sistemática de suas investigações por parte das grandes empresas, incluídas algumas nada recatadas ameaças de suprimir o financiamento de pesquisadores que cooperaram com a investigação.
Trata-se de uma indústria muito globalizada e com influências políticas. Assim como a gigante avícola Charoen Pokphand, sediada em Bangkok, foi capaz de desbaratar as investigações sobre seu papel na propagação da gripe aviária no sudeste asiático, o mais provável é que a epidemiologia forense do vírus da gripe suína bata de frente contra a pétrea muralha da indústria do porco. Isso não quer dizer que nunca será encontrada uma acusadora pistolafumegante: já corre o rumor na imprensa mexicana de um epicentro da gripe situado em torno de uma gigantesca filial da Smithfield no estado de VeraCruz.
Mas o mais importante – sobretudo pela persistente ameaça do vírus H5N1 – é a floresta, não as árvores: a fracassada estratégia antipandêmica da OMS, a progressiva deterioração da saúde pública mundial, a mordaça aplicada pelas grandes transnacionais farmacêuticas a medicamentos vitais e a catástrofe planetária que é uma produção pecuária industrializada e ecologicamente bagunçada.
*Mike Davis é professor no departamento de História da Universidade da Califórnia (UCI), em Irvine, e um especialista nas relações entre urbanismo e meio ambiente. Ex-caminhoneiro, ex-açogueiro e ex-militante estudantil,Davis é colaborador das revistas New Left Review e The Nation, e autor de vários livros, entre eles Ecologia do Medo, Holocaustos coloniais, O monstro bate a nossa porta (editora Record), e Cidade de quartzo: escavando o futuro em Los Angeles (Boitempo) Também é membro do Conselho Editorial de Sin Permiso.*
*Artigo publicado originalmente no The Guardian (27/04/2009). Publicado também, em espanhol, No Sin Permiso.
Tradução:** Katarina Peixoto*


Não deixe de assistir a animação Meatrix feita pela empresa de comunicação ambientalista Free Range Studios em 2003 como parte integrante de um projeto conjunto para o CPAGE - Centro de Pesquisa e Ação Global para o Ambiente (do inglês Global Resource Action Center for the Environment). Em uma sátira de Matrix, Leo, um porco de uma pequena fazenda familiar, é chamado por um touro antropomórfico, Moopheus, que mostra a ele que a fazenda em que ele vive e conhece é uma ilusão e que ele está realmente sob domínio de uma terrível "fazenda industrial". O objetivo da animação é, assim como a sua continuação The Meatrix II: Revolting, fazer com que os consumidores utilizem apenas alimentos orgânicos e carne caipira.Personagens :Leo (Porco) Chickity (Galinha) Moopheus (Touro)The Meatrix (em inglês) no Internet Movie Database(em inglês) Página oficialVersão dublada em português brasileiroVersão legendada em português de PortugalVersão legendada em português do Brasil

quarta-feira, 29 de abril de 2009

A história do Lobo Mau,dos tres porquinhos e Meatrix

A animação Meatrix foi feita pela empresa de comunicação ambientalista Free Range Studios em 2003 como parte integrante de um projeto conjunto para o CPAGE - Centro de Pesquisa e Ação Global para o Ambiente (do inglês Global Resource Action Center for the Environment). Em uma sátira de Matrix, Leo, um porco de uma pequena fazenda familiar, é chamado por um touro antropomórfico, Moopheus, que mostra a ele que a fazenda em que ele vive e conhece é uma ilusão e que ele está realmente sob domínio de uma terrível "fazenda industrial". O objetivo da animação é, assim como a sua continuação The Meatrix II: Revolting, fazer com que os consumidores utilizem apenas alimentos orgânicos e carne caipira.
Personagens :Leo (
Porco) Chickity (Galinha) Moopheus (Touro)
The Meatrix (em inglês) no Internet Movie Database
(
em inglês) Página oficial
Versão dublada em português brasileiro
Versão legendada em português de Portugal
Versão legendada em português do Brasil

A HISTÓRIA DO LOBO MAU E DOS TRES PORQUINHOS
Esta é uma história verdadeira. Como anunciou "MOORPHEUS" ,personagem no filme animado"MEATRIX", acontece desde dezembro de 2008 no Distrito de Veracruz -México. Hoje suas consequencias,como uma PESTE, espalham-se pelo mundo.Eis as notícias.Veja a animação e compare com a notícia de um jornal mexicano desta semana.Tire sua conclusão passados seis anos do alerta:

"Afectados por extraña enfermedad, 60% de pobladores de La Gloria
Desde marzo, “variante” de influenza en Veracruz
Debido al brote de la epidemia de influenza porcina que se viene presentando en varios estados del país, incluido San Luis Potosí, es preciso hacer referencia a la información que Andrés Timoteo, corresponsal del diario La Jornada nacional en Veracruz, documentó el 5 de abril del año en curso.Desde Zapateando, Jalapa, el reportero entraba su nota con la siguiente aseveración “Brote de males respiratorios. Acusan a Granjas Carroll. Reportan deceso de tres menores; lugareños responsabilizan a empresa. La Secretaría de Salud estableció un cerco epidemiológico en el poblado La Gloria, municipio de Perote, debido a que a sus habitantes los está afectando un extraño brote de infecciones respiratorias agudas, las que en algunos pequeños se convirtieron en bronconeumonía”.Agregaba que, aunque los lugareños aseguran que tres niños menores de dos años fallecieron y 60 por ciento de los tres mil habitantes, se encuentran afectados de las vías respiratorias, las autoridades del sector salud afirmaban que no hay elementos para ligar directamente la muerte de los infantes con este brote epidémico en las faldas del Cofre de Perote, pero se dice en la nota que los pobladores atribuyen la aparición de las infecciones a la contaminación generada por los criaderos de cerdos de la trasnacional Granjas Carroll.Continúa informando el corresponsal que esta empresa ha provocado la contaminación en los cuerpos de agua y la atmósfera desde hace varios años en el sur del Valle de Perote, agrega que desde febrero pasado, la agente municipal Bertha Crisóstomo solicitó apoyo a las autoridades sanitarias, pues decenas de familias se enfermaron súbitamente de las vías respiratorias.Los síntomas que presentaban los pobladores de aquel lugar, según testigos, eran “altas temperatura, tos muy fuerte y flemas, caen en cama como si fuera una infección de las que aparecen en tiempos de frío, pero estamos con calores tremendos”, uno de estos testigos fue José Manuel Hernández, un campesino que perdió a su hijo de 22 meses de edad, quien “comenzó a toser de pronto y tenía mucha temperatura, lo llevamos al doctor y nos dijo que nada se puede hacer”.La nota precisaba que una historia similar relataba Ernesto Apolinar, por su parte Orlando Uscanga, de la jurisdicción sanitaria en Jalapa, admitió que hay el reporte de tres niños fallecidos, y aunque “no están relacionados y fueron casos aislados, no saldremos de ahí hasta que sea atendida toda la población”.Manuel Lila de Arce, secretario de Salud estatal, admitió, en ese entonces, que se decretó alerta epidemiológica en el poblado La Gloria, a donde se trasladaron 30 brigadas para vacunar contra la influenza a los pobladores, aunque los médicos descartan que se trate de ese mal.
Para los pobladores de la zona, lo que provocó la epidemia de males respiratorios en Perote es la contaminación de las lagunas de oxidación de La Gloria, al verter desechos fecales porcícolas, en donde emanan grandes nubes de moscas.Según los facultativos estatales y del Instituto Mexicano del Seguro Social (IMSS), el vector epidémico serían las nubes de moscas que despiden las granjas porcícolas y las lagunas de oxidación donde la empresa mexicana-estadunidense arroja toneladas de estiércol.Desde el 20 de enero de 2006, el entonces diputado local perredista Atanasio García Durán mostró documentos a La Jornada en los que se refiere que la trasnacional Granjas Carroll fue sancionada y expulsada de Carolina del Norte y Virginia, Estados Unidos, por la contaminación ambiental que provocó.Los pobladores de La Gloria también sospechan que las lagunas de oxidación construidas por Granjas Carroll alrededor del poblado, en las comunidades de Quechulá y Xaltepec, en Chiautla (Puebla) y Perote (Veracruz), carecen de membrana ecológica para evitar filtraciones al subsuelo, cuyos mantos acuíferos alimentan los manantiales de la zona.Además denunciaron reiteradamente el foco infeccioso a cielo abierto; no obstante, las autoridades federales y estatales no los atendieron, y apenas hoy la Secretaría de Salud estatal y el IMSS dispusieron aplicar un cerco sanitario. Ya son 400 las personas atendidas; sin embargo, gripas, neumonías y bronconeumonías afectan a 60 por ciento de los tres mil habitantes de La Gloria, manifestaron.Toda la gente fue inmunizada contra la influenza, en tanto la fumigación de casas y patios cumple cinco días. Pero el “barrido epidemiológico” se inicia esta semana y abarcará los sembradíos, luego de que el brote infeccioso se desató el 10 de marzo pasado.
Pobladores también son responsables: diputado
Sin embargo -y pese al estado de alerta epidemiológica- el diputado local por Perote, Joel Arcos Roldán, minimizó los hechos y responsabilizó a los pobladores de propagar la infección “por utilizar remedios caseros en vez de ir a centros de salud para curarse la gripe”.El legislador priísta negó desatender las denuncias por contaminación contra Granjas Carroll. “No somos investigadores judiciales ni médicos para saber lo que está pasando”, repuso exasperado ante los cuestionamientos. No obstante, hizo saber que el Congreso local solicitó a la empresa toda la documentación y certificados ambientales de las tres lagunas de oxidación, pero hasta la fecha sólo ha entregado el expediente de una.
FUENTE: PERIODICO LA JORNADA DE MÉXICO
Veracruz: Influenza y corrupción de las autoridades
Por 27 de Abril, 2009 -
De acuerdo con una nota publicada en este SDP, con el título "Admite gobierno panista que sabía de epidemia respiratoria en Veracruz desde diciembre pasado", comienzan a salir a la luz muchas cosas turbias en esta emergencia sanitaria que asuela al país. Dice la nota, basada en información del periódico El Universal:El gobierno federal panista admitió que había una epidemia de enfermedades respiratoria en el municipio de Perote, Veracruz, la cual incluyó un caso de influenza porcina, desde diciembre de 2008.De acuerdo con El Universal, el subdirector de Prevención y Control de Enfermedades de la Secretaría de Salud, Alejandro Escobar Mesa, reconoció que se sabía del brote de enfermedades respiratorias, que enfermó a 500 personas. Dijo, no obstante, que dos de las muertes que se registraron en esta epidemia fueron por "neumonía."Cabe señalar que la neumonía puede darse como resultado de complicaciones por influenza.500 personas se enfermaron de las vias respiratorias, en lo que se califica como un "brote", o sea como algo atípico, y el "gobierno" federal, y no se diga el del estado de Veracruz, guardan silencio. Lo bueno que nos dicen que ahora sí, ya con muertitos de por medio, están "alertas" y "trabajando" para controlar la epidemia. Continúa la nota periodística:Los estudios en Perote, municipio ubicado a 45 kilómetros de la capital de Veracruz, se condujeron de diciembre a marzo, encontrando dos casos de infuenza, uno de ellos siendo de influenza porcina. En total, de 400 a 500 personas resultaron afectadas por enfermedades respiratorias.Escobar Mesa se refirió en específico al poblado de La Gloria, en donde 60% de la población de 3000 habitantes se reportó con enfermedades respiratorias de acuerdo con una nota de La Jornada.SESENTA POR CIENTO de los habitantes del poblado La Gloria reportados con enfermedades respiratorias, y las autoridades del estado -ya no hablemos de las "autoridades" federales, a las que está comprobado que les valió madres- callaron. ¿Por qué? ¿Cómo se explica eso? La misma nota lo dice:La Jornada había publicado que los pobladores de La Gloria culparon a la granja de cerdos Granjas Carroll por la epidemis de enfermedades por estar tirando estiercol de cerdo en una laguna de oxidación. Sin embargo, Escobar defendió a Granjas Carroll rechanzado que la granja fuera responsable, ya que la influenza porcina se transmite de humano a humano.Esta empresa Granjas Carroll ha sido denunciada una y otra vez por pobladores de La Gloria por las pésimas condiciones de salubridad e higiene que priva en sus instalaciones. Son numerosos los reportes de La Jornada en donde dan cuenta de cómo a quienes osan denunciar esto, se les castiga hasta con cárcel. El gobierno de Fidel Herrera Beltrán, sin duda, tiene mucho que explicar ante la emergencia sanitaria que se vive en México. ¿Habrá quien le pida cuentas?
FUENTE: PERIODICO DIAGONAL SENDERO
WWW.SDPNOTICIAS.COM





quarta-feira, 22 de abril de 2009

Lembrando tempos de livros,livrarias e laranjais

Tangerine-Girl
Rachel de Queiroz
De princípio a interessou o nome da aeronave: não "zepelim" nem dirigível, ou qualquer outra coisa antiquada; o grande fuso de metal brilhante chamava-se modernissimamente blimp. Pequeno como um brinquedo, independente, amável. A algumas centenas de metros da sua casa ficava a base aérea dos soldados americanos e o poste de amarração dos dirigíveis. E de vez em quando eles deixavam o poste e davam uma volta, como pássaros mansos que abandonassem o poleiro num ensaio de vôo. Assim, de começo, aos olhos da menina, o blimp existia como uma coisa em si — como um animal de vida própria; fascinava-a como prodígio mecânico que era, e principalmente ela o achava lindo, todo feito de prata, igual a uma jóia, librando-se majestosamente pouco abaixo das nuvens. Tinha coisas de ídolo, evocava-lhe um pouco o gênio escravo de Aladim. Não pensara nunca em entrar nele; não pensara sequer que pudesse alguém andar dentro dele. Ninguém pensa em cavalgar uma águia, nadar nas costas de um golfinho; e, no entanto, o olhar fascinado acompanha tanto quanto pode águia e golfinho, numa admiração gratuita — pois parece que é mesmo uma das virtudes da beleza essa renúncia de nós próprios que nos impõe, em troca de sua contemplação pura e simples.Os olhos da menina prendiam-se, portanto, ao blimp sem nenhum desejo particular, sem a sombra de uma reivindicação. Verdade que via lá dentro umas cabecinhas espiando, mas tão minúsculas que não davam impressão de realidade — faziam parte da pintura, eram elemento decorativo, obrigatório como as grandes letras negras U. S. Navy gravadas no bojo de prata. Ou talvez lembrassem aqueles perfis recortados em folha que fazem de chofer nos automóveis de brinquedo.O seu primeiro contato com a tripulação do dirigível começou de maneira puramente ocasional. Acabara o café da manhã; a menina tirara a mesa e fora à porta que dá para o laranjal, sacudir da toalha as migalhas de pão. Lá de cima um tripulante avistou aquele pano branco tremulando entre as árvores espalhadas e a areia, e o seu coração solitário comoveu-se. Vivia naquela base como um frade no seu convento — sozinho entre soldados e exortações patrióticas. E ali estava, juntinho ao oitão da casa de telhado vermelho, sacudindo um pano entre a mancha verde das laranjeiras, uma mocinha de cabelo ruivo. O marinheiro agitou-se todo com aquele adeus. Várias vezes já sobrevoara aquela casa, vira gente embaixo entrando e saindo; e pensara quão distantes uns dos outros vivem os homens, quão indiferentes passam entre si, cada um trancado na sua vida. Ele estava voando por cima das pessoas, vendo-as, espiando-as, e, se algumas erguiam os olhos, nenhuma pensava no navegador que ia dentro; queriam só ver a beleza prateada vogando pelo céu.Mas agora aquela menina tinha para ele um pensamento, agitava no ar um pano, como uma bandeira; decerto era bonita — o sol lhe tirava fulgurações de fogo do cabelo, e a silhueta esguia se recortava claramente no fundo verde-e-areia. Seu coração atirou-se para a menina num grande impulso agradecido; debruçou-se à janela, agitou os braços, gritou: "Amigo!, amigo!"— embora soubesse que o vento, a distância, o ruído do motor não deixariam ouvir-se nada. Ficou incerto se ela lhe vira os gestos e quis lhe corresponder de modo mais tangível. Gostaria de lhe atirar uma flor, uma oferenda. Mas que podia haver dentro de um dirigível da Marinha que servisse para ser oferecido a uma pequena? O objeto mais delicado que encontrou foi uma grande caneca de louça branca, pesada como uma bala de canhão, na qual em breve lhe iriam servir o café. E foi aquela caneca que o navegante atirou; atirou, não: deixou cair a uma distância prudente da figurinha iluminada, lá embaixo; deixou-a cair num gesto delicado, procurando abrandar a força da gravidade, a fim de que o objeto não chegasse sibilante como um projétil, mas suavemente, como uma dádiva.A menina que sacudia a toalha erguera realmente os olhos ao ouvir o motor do blimp. Viu os braços do rapaz se agitarem lá em cima. Depois viu aquela coisa branca fender o ar e cair na areia; teve um susto, pensou numa brincadeira de mau gosto — uma pilhéria rude de soldado estrangeiro. Mas quando viu a caneca branca pousada no chão, intacta, teve uma confusa intuição do impulso que a mandara; apanhou-a, leu gravadas no fundo as mesmas letras que havia no corpo do dirigível: U. S. Navy. Enquanto isso, o blimp, em lugar de ir para longe, dava mais uma volta lenta sobre a casa e o pomar. Então a mocinha tornou a erguer os olhos e, deliberadamente dessa vez, acenou com a toalha, sorrindo e agitando a cabeça. O blimp fez mais duas voltas e lentamente se afastou — e a menina teve a impressão de que ele levava saudades. Lá de cima, o tripulante pensava também — não em saudades, que ele não sabia português, mas em qualquer coisa pungente e doce, porque, apesar de não falar nossa língua, soldado americano também tem coração.Foi assim que se estabeleceu aquele rito matinal. Diariamente passava o blimp e diariamente a menina o esperava; não mais levou a toalha branca, e às vezes nem sequer agitava os braços: deixava-se estar imóvel, mancha clara na terra banhada de sol. Era uma espécie de namoro de gavião com gazela: ele, fero soldado cortando os ares; ela, pequena, medrosa, lá embaixo, vendo-o passar com os olhos fascinados. Já agora, os presentes, trazidos de propósito da base, não eram mais a grosseira caneca improvisada; caíam do céu números da Life e da Time, um gorro de marinheiro e, certo dia, o tripulante tirou do bolso o seu lenço de seda vegetal perfumado com essência sintética de violetas. O lenço abriu-se no ar e veio voando como um papagaio de papel; ficou preso afinal nos ramos de um cajueiro, e muito trabalho custou à pequena arrancá-lo de lá com a vara de apanhar cajus; assim mesmo ainda o rasgou um pouco, bem no meio.Mas de todos os presentes o que mais lhe agradava era ainda o primeiro: a pesada caneca de pó de pedra. Pusera-a no seu quarto, em cima da banca de escrever. A princípio cuidara em usá-la na mesa, às refeições, mas se arreceou da zombaria dos irmãos. Ficou guardando nela os lápis e canetas. Um dia teve idéia melhor e a caneca de louça passou a servir de vaso de flores. Um galho de manacá, um bogari, um jasmim-do-cabo, uma rosa menina, pois no jardim rústico da casa de campo não havia rosas importantes nem flores caras.Pôs-se a estudar com mais afinco o seu livro de conversação inglesa; quando ia ao cinema, prestava uma atenção intensa aos diálogos, a fim de lhes apanhar não só o sentido, mas a pronúncia. Emprestava ao seu marinheiro as figuras de todos os galãs que via na tela, e sucessivamente ele era Clark Gable, Robert Taylor ou Cary Grant. Ou era louro feito um mocinho que morria numa batalha naval do Pacífico, cujo nome a fita não dava; chegava até a ser, às vezes, careteiro e risonho como Red Skelton. Porque ela era um pouco míope, mal o vislumbrava, olhando-o do chão: via um recorte de cabeça, uns braços se agitando; e, conforme a direção dos raios do sol, parecia-lhe que ele tinha o cabelo louro ou escuro.Não lhe ocorria que não pudesse ser sempre o mesmo marinheiro. E, na verdade, os tripulantes se revezariam diariamente: uns ficavam de folga e iam passear na cidade com as pequenas que por lá arranjavam; outros iam embora de vez para a África, para a Itália. No posto de dirigíveis criava-se aquela tradição da menina do laranjal. Os marinheiros puseram-lhe o apelido de "Tangerine-Girl". Talvez por causa do filme de Dorothy Lamour, pois Dorothy Lamour é, para todas as forças armadas norte-americanas, o modelo do que devem ser as moças morenas da América do Sul e das ilhas do Pacífico. Talvez porque ela os esperava sempre entre as laranjeiras. E talvez porque o cabelo ruivo da pequena, quando brilhava á luz da manhã, tinha um brilho acobreadao de tangerina madura. Um a um, sucessivamente, como um bem de todos, partilhavam eles o namoro com a garota Tangerine. O piloto da aeronave dava voltas, obediente, voando o mais baixo que lhe permitiam os regulamentos, enquanto 0 outro, da janelinha, olhava e dava adeus.Não sei por que custou tanto a ocorrer aos rapazes a idéia de atirar um bilhete. Talvez pensassem que ela não os entenderia. Já fazia mais de um mês que sobrevoavam a casa, quando afinal o primeiro bilhete caiu; fora escrito sobre uma cara rosada de rapariga na capa de uma revista: laboriosamente, em letras de imprensa, com os rudimentos de português que haviam aprendido da boca das pequenas, na cidade: "Dear Tangeríne-Gírl. Please você vem hoje (today) base X. Dancing, show. Oito horas P.M." E no outro ângulo da revista, em enormes letras, o "Amigo", que é a palavra de passe dos americanos entre nós.A pequena não atinou bem com aquele "Tangerine-Girl". Seria ela? Sim, decerto... e aceitou o apelido, como uma lisonja. Depois pensou que as duas letras, do fim: "P.M.", seriam uma assinatura. Peter, Paul, ou Patsy, como o ajudante de Nick Carter? Mas uma lembrança de estudo lhe ocorreu: consultou as páginas finais do dicionário, que tratam de abreviaturas, e verificou, levemente decepcionada, que aquelas letras queriam dizer "a hora depois do meio-dia".Não pudera acenar uma resposta porque só vira o bilhete ao abrir a revista, depois que o blimp se afastou. E estimou que assim o fosse: sentia-se tremendamente assustada e tímida ante aquela primeira aproximação com o seu aeronauta. Hoje veria se ele era alto e belo, louro ou moreno. Pensou em se esconder por trás das colunas do portão, para o ver chegar - e não lhe falar nada. Ou talvez tivesse coragem maior e desse a ele a sua mão; juntos caminhariam até a base, depois dançariam um fox langoroso, ele lhe faria ao ouvido declarações de amor em inglês, encostando a face queimada de sol ao seu cabelo. Não pensou se o pessoal de casa lhe deixaria aceitar o convite. Tudo se ia passando como num sonho — e como num sonho se resolveria, sem lutas nem empecilhos.Muito antes do escurecer, já estava penteada, vestida. Seu coração batia, batia inseguro, a cabeça doía um pouco, o rosto estava em brasas. Resolveu não mostrar o convite a ninguém; não iria ao show; não dançaria, conversaria um pouco com ele no portão. Ensaiava frases em inglês e preparava o ouvido para as doces palavras na língua estranha. Às sete horas ligou o rádio e ficou escutando languidamente o programa de swings. Um irmão passou, fez troça do vestido bonito, naquela hora, e ela nem o ouviu. Às sete e meia já estava na varanda, com o olho no portão e na estrada. Às dez para as oito, noite fechada já há muito, acendeu a pequena lâmpada que alumiava o portão e saiu para o jardim. E às oito em ponto ouviu risadas e tropel de passos na estrada, aproximando-se.Com um recuo assustado verificou que não vinha apenas o seu marinheiro enamorado, mas um bando ruidoso deles. Viu-os aproximarem-se, trêmula. Eles a avistaram, cercaram o portão — até parecia manobra militar —, tiraram os gorros e foram se apresentando numa algazarra jovial.E, de repente, mal lhes foi ouvindo os nomes, correndo os olhos pelas caras imberbes, pelo sorriso esportivo e juvenil dos rapazes, fitando-os de um em um, procurando entre eles o seu príncipe sonhado — ela compreendeu tudo. Não existia o seu marinheiro apaixonado — nunca fora ele mais do que um mito do seu coração. Jamais houvera um único, jamais "ele" fora o mesmo. Talvez nem sequer o próprio blimp fosse o mesmo...Que vergonha, meu Deus! Dera adeus a tanta gente; traída por uma aparência enganosa, mandara diariamente a tantos rapazes diversos as mais doces mensagens do seu coração, e no sorriso deles, nas palavras cordiais que dirigiam à namorada coletiva, à pequena Tangerine-Girl, que já era uma instituição da base — só viu escárnio, familiaridade insolente... Decerto pensavam que ela era também uma dessas pequenas que namoram os marinheiros de passagem, quem quer que seja... decerto pensavam... Meu Deus do Céu!Os moços, por causa da meia-escuridão, ou porque não cuidavam naquelas nuanças psicológicas, não atentaram na expressão de mágoa e susto que confrangia o rostinho redondo da amiguinha. E, quando um deles, curvando-se, lhe ofereceu o braço, viu-a com surpresa recuar, balbuciando timidamente:— Desculpem... houve engano... um engano...E os rapazes compreenderam ainda menos quando a viram fugir, a princípio lentamente, depois numa carreira cega. Nem desconfiaram que ela fugira a trancar-se no quarto e, mordendo o travesseiro, chorou as lágrimas mais amargas e mais quentes que tinha nos olhos.Nunca mais a viram no laranjal; embora insistissem em atirar presentes, viam que eles ficavam no chão, esquecidos — ou às vezes eram apanhados pelos moleques do sítio.

Considerado um dos cem melhores contos brasileiros do século, o texto acima foi extraído do livro “O melhor da crônica brasileira”, José Olympio Editora – Rio de Janeiro, 1997, pág. 47. Com ele homenageamos a querida escritora Rachel de Queiroz, falecida aos 04 de novembro de 2003.Rachel de Queiroz: sua vida e sua obra estão em "
Biografias".
Veja vídeos também:http://www.sempreumpapo.com.br/capa/index.php sobre Literatura e Teatro

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Biomas do Brasil


Todos os biomas do Brasil serão monitorados do espaço
Em apenas seis anos o cerrado perdeu perto de 10% de sua formação original, mostram imagens
João Domingos, Agência Estado
BRASÍLIA - A partir de agora, o monitoramento por satélite será feito em todos os biomas brasileiros e não só na Amazônia. O anúncio foi feito pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, no laboratório do Ibama, que faz as análises das imagens dos satélites utilizados.
Conheça os biomas brasileiros
http://www.estadao.com.br/especiais/a-evolucao-do-desmatamento-na-amazonia,2181.htm
A evolução do desmatamento na Amazônia
http://www.estadao.com.br/especiais/a-evolucao-do-desmatamento-na-amazonia,2181.htm
Segundo o ministro, nos primeiros exames das imagens, em apenas seis anos o cerrado perdeu perto de 10% de sua formação original, o que é considerado preocupante, visto que a Amazônia perdeu 20% de sua formação em 40 anos. Ou seja, o cerrado perdeu 1,5% ao ano, nos últimos seis anos, enquanto a Amazônia perdeu 0,5% ao ano. Também serão monitorados por satélite a caatinga, a Mata Atlântica, o Pantanal e os Pampas. "O Brasil não é só Amazônia. O Brasil, agora, é monitorado o ano inteiro", afirmou o ministro.

domingo, 19 de abril de 2009

TRES OUTROS POEMAS COM A PALAVRA:VENTO


Como o vento, as palavras vêm

Escrevo. E ouço me dizerem as palavras
que nada do que está escrito aqui é meu.
As palavras me tomam nessa noite.
Como as sementes de um pé de amoras
elas me chegam de longe com o vento.
As palavras que eu digo, que eu escrevo,
não são minhas letras e palavras
e nem as frases e idéias que penso serem minhas.
Elas me chegam, brotam na terra de que sou,
como a planta semeada se desvela.
Nada do que está escrito aqui é meu.
Nada do que escrevi a vida inteira foi meu.
As palavras que dizemos e as que ouvimos
não são nossas em momento algum
e se ilude aquele que escreve e pensa: “isto é meu!”.
Elas chegam com o vento, como o vento.
Vêm de longe, de um onde não sabemos,
e por outros rostos foram ditas e em outras vozes
sob a sombra de outras árvores e outros frutos.
E outros ouvidos as ouviram em outras línguas.
Um vento de passagem as recolheu, um vento
como o que agora venta aqui. Vem e escuta!
Em outra noite como agora, em um lugar distante
um outro vento as recolheu nos braços, safra de letras.
e as palavras que pensamos nossas, vieram nele.
Terão cruzado o calor de algum deserto.
e povos beduínos as terão ouvido antes de nós
as palavras que cantaram e não são nossas.
Terão atravessado um mar, um oceano,
guiadas talvez por uma estrela
que de longe traduziu letras, palavras
e as entoou antes de nós, bem antes.
E com o vento chegaram aqui as palavras
e por um instante, durante um breve tempo
do passar do sopro de um vento errante
elas me habitam como quem, cansado
encontra uma tenda ou a sombra de outra árvore.
Um momento efêmero, porque logo tomam alento
e em um outro vento viajam... vão embora
e pousam em um lugar longe, de outras línguas.
E passaram por nós, e as ouvimos e falamos,
e algumas vezes as retemos num papel
imaginando sair de nós o que apenas nos visita.
E aqui ficamos enquanto elas nos deixam.
E o que chamamos, sem saber, “silêncio”
é apenas o seu ir embora e nos deixar
até que outro vento passe e em nós ressoe
um poema,um pensar, uma canção.
Palavras que repousam em nós o seu minuto.
Em nós que sonhamos que ouvimos
Vindo dos rios de nosso corpo o que flui no tempo,
em sabermos que aquele que escreve
é apenas um alguém um pouco mais atento ao vento.
Ele escreve as palavras que o possuem,
mas quem? Quem decifra a voz do vento?

Era uma tarde, o vento

Era uma tarde e era quase a noite,
no horizonte houve um traço de Van Gogh:
um tom de laranja e um outro cor de barro.
E eu sonhava ir indo por ali, sozinho.
Como quem deixa as uvas e colhe o vento.
A noite veio vindo como quem a pé
e acendeu entre a Lua e o Cruzeiro
um carreiro de velas. E pareceu até
que o breu da noite clareia mais que o dia
por um instante que fosse, um momento.
E sobre o manto do mar Órion molha as mãos
e quem neste vôo vela a noite como eu,
desperto e aceso, se espanta e se pergunta:
para onde foi o que da tarde havia?
E quem chegou e quando? Vindo de onde?
Trazido de qual nuvem? De qual vento?
De que lugar que longe há, e eu não sabia?

O berrante, o vento

Ouves este som? Pensas que é o vento?
Ouve de novo! Escuta e vê. Não venta.
E na volta da estrada é um som dolente
quem trás até aqui três notas de um berrante.
Alguém que não o vento o sopra. Ouves? Quem?
É um boiadeiro quem canta e, como o vento
fala a ele e aos bois, e a nós e a deus,
e a todos embala como se fosse um berço
o sertão que entanto é pedra e fogo aceso.

Berrante, o artefato de sopro mais humilde
e o som mais igual ao Om de Krishna.
O mais deserdado sopro, o mais sem arte.
Não há lugar para ele entre violas
e sanfonas e tambores das folias
e dos bailes que embalam alegrias
entre um dia vinte e cinco e um dia seis.
Ele sonha ser apenas um mugido,
um como o vento que de um chifre sai,
pois é ao gado que viaja que ele fala.
Não o ouves? E pensas que é o vento.
tu que vens de longe e aqui te esqueces.
Escuta, como em missa, como em prece.
Pastor de bois, o boiadeiro quando sopra
O berrante que o gado ouve e sente,
é um pouco como deus, senhor do vento.


Algumas vezes – e elas são muitas – rabisco os meus poemas em folhas de fim de agendas e de cadernos, ou nas partes em branco dos livros de poesias que me acompanham entre viagens. E alguns ficam perdidos por alguns dias... ou por muitos anos. Assim, neste final de 2007 encontrei três deles que quero partilhar com vocês. Os dois primeiros estavam rabiscados em uma caderneta, em meio a anotações de escritos a respeito da organização de grupos domésticos nas aldeias da Galícia. Notas para um livro inacabável chamado A Crônica de Oms, que um dia espero concluir. Como gosto de indicar local, data e situação de meus rabiscos, debaixo do primeiro está escrito: “Vôo Sampa/Madrid, saindo do Brasil” (sem data). E no segundo anotei: “sobre o Atlântico” (onde?). O último foi rabiscado na parte em branco das páginas 110 e 111, do livro, Poesias, onde Salvatore Quasemodo (um poeta que eu leio e releio sem cessar) escreveu o poema: “Que desejas, pastor do ar?”

Carlos Rodrigues Brandão
Um dia depois do Natal em 2007
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terça-feira, 14 de abril de 2009

A VERGONHA: Código Florestal de Sta Catarina


Queridos amigos,
Segue anexo um artigo da Procuradora Geral da República sobre o Projeto de Lei 0238/2008 que cria o Código Ambiental de Santa Catarina e que esteve em votação ontem na Assembléia Legislativa do nosso Estado, outro artigo da Ex-Ministra do Meio Ambiente Marina Silva, que classifica o tal projeto como Anti-ambiental e um artigo do Advogado especialista em Direito Ambiental Nicolau Cardoso Neto que classifica do PL como Código “Econômico” Ambiental de Santa Catarina.
"É com muito pesar que lhes digo, imagino que muitos já saibam, que o tal projeto tornou-se lei ontem na ALESC, aprovado pela maioria dos deputados. Estive na Assembléia para acompanhar a votação e posso lhes dizer que toda a Bancada do PMDB e do PSDB votaram a favor do código “anti-ambiental”. Toda a base aliada do governo votou favorável ao PL, apenas a Bancada do PT e o Dep. Sargento Soares (PDT) se absteve da votação. Esta mesma bancada promoveu grandes debates com a sociedade civil e ONGs do estado conseguindo retardar até o dia de ontem (31/03/2009) a votação do PL0238/2008 para aprimorar o seu conteúdo.

Durante a discussão, que antecede a votação no plenário, a bancada do PT tentou incorporar algumas emendas que tornariam o conteúdo do PL, menos inconstitucional, bem como contemplaria interesses dos pequenos produtores rurais do estado de Santa Catarina, VERGONHOSAMENTE esquecidos pelo PL0238/2008. Pasmem meus amigos, TODAS AS EMENDAS FORAM REJEITADAS, inclusive a emenda que conceitua a propriedade familiar, ou seja, para o Estado de Santa Catarina, não existe diferença entre os pequenos e grandes produtores rurais.

Penso que não seria um espanto para nós catarinenses, pois sabemos que o nosso estado não tem uma Política para a Agricultura Familiar e também não tem uma Secretaria de Estado do Meio Ambiente.
Mas, ainda há uma luz no fim do túnel. Tanto o Ministério Público de SC (MPSC) como o Ministério Público Federal (MPF) devem entrar com ações de inconstitucionalidade contra o Projeto aprovado ontem na ALESC, pois o mesmo fere em vários artigos o Código Florestal, Lei 4.771/65 que rege a matéria no âmbito federal e a própria Constituição Federal de 1988. Espero que o Supremo Tribunal Federal – STJ esclareça aos nossos deputados e todo o setor que está por trás dele(s) que o Brasil não é uma pátria sem mãe. A CF/88 é a Lei Maior e constitui a norma mais importante do ordenamento jurídico do país, entre eles o ambiental. A tão discutida constitucionalidade/inconstitucionalidade do PL 0238/2008 pode ser esclarecida, por qualquer cidadão, não precisando ter um diploma de graduação em Direito para entender o Art. 24 da CF/88 que trata da competência concorrente entre União Estado e Municípios para legislar em determinadas matérias, entre elas a proteção do meio ambiente.
O parágrafo quarto, do referido artigo, trata da superveniência da Carta Magna, como segue transcrito: Art. 24 § 4º“A superveniência da lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário. Machado Leme enfatiza a limitação da competência plena do Estado como sendo “qualitativa e temporal, ou seja, a norma estadual não pode exorbitar da peculiaridade ou do interesse próprio do Estado e terá que se ajustar ao disposto em norma federal ambiental superveniente.”
Por esta e outras incongruências do PL0238/2008, que segundo a bancada ruralista não existem, mas o próprio MPSC e MPF estão se manifestando contra o projeto votado, em função destas incongruências, criou-se no Estado de Santa Catarina uma situação de insegurança na proteção das florestas e da flora que a compõe, pois a FATMA, o IBAMA e a Polícia Ambiental continuarão fiscalizando conforme a norma federal.
Temo que a charge denominada “boi sonso”, (me desculpem, mas não lembro a fonte) anexa, represente o cenário catarinense a partir de 31/03/2009.Abraços,Loreci Lurdes Schimidt
lorecils@hotmail.com
2-Cidade de SC acelera a destruição de árvores -13 de junho de 2009
AFRA BALAZINA enviada especial da Folha de S.Paulo a Santa Catarina Um perfume bom se espalha pela área. Infelizmente, a razão é o corte de exemplares da cheirosa canela-sassafrás. A espécie não é a única vítima do desflorestamento na cidade de Santa Terezinha, em Santa Catarina. Num só dia a reportagem flagrou o desmate de araucárias, imbuias, cedros e tarumãs. A mata atlântica que recheia a fazenda Parolin, com cerca de 11 mil hectares - o equivalente a quase 70 parques Ibirapuera - vem sendo abatida de forma impune. Os buracos abertos são, na sequência, invadidos por famílias que plantam e erguem construções.
Marlene Bergamo/Folha Imagem Araucária derrubada em Santa Terezinha, 3º município que mais desmatou em SC entre 2005 e 2008; madeira é serrada na mata. Tanto ONGs como os proprietários da área já fizeram inúmeras denúncias, mas a situação se mantém. Além das toras no chão, a Folha viu madeira que foi serrada dentro da própria mata. Troncos de árvores menos nobres estavam empilhados perto da estrada --possivelmente para servir como lenha. Por toda a região é possível ver também exemplares de pínus e eucalipto plantados nas margens de rios e em encostas, onde antes havia floresta nativa. O município está em terceiro lugar entre as cidades que mais desmataram no Estado entre 2005 e 2008, segundo dados da ONG SOS Mata Atlântica e do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Mas, segundo João de Deus Medeiros, do Ministério do Meio Ambiente, essa é a região de Santa Catarina que mais tem motivado denúncias de desmatamento à pasta ultimamente. Terra sem lei A Lei da Mata Atlântica --que só permite o desmate do bioma em casos excepcionais, como para realizar projetos de utilidade pública-- tem sido ignorada. Em vez de punição, os envolvidos são incentivados a permanecer no local. Ônibus escolares entram nas áreas desmatadas e invadidas e até luz elétrica foi instalada em alguns pontos. O prefeito, Genir Junckes (PMDB), admite enviar transporte escolar para a área problemática. "Se não mandar, o promotor me obriga." Mas nega apoiar as ações ilegais. Ele afirma que a administração municipal não tem estrutura para fiscalizar os desmatamentos. E cita que o trabalho caberia à Polícia Militar Ambiental da cidade de Rio do Sul --com efetivo de 11 pessoas e um total de 29 municípios para atender-- e ao Ibama. O superintendente da Fatma (Fundação do Meio Ambiente de SC), Murilo Flores, também diz ter equipe pequena e desaparelhada, mas que trabalha para aumentar a fiscalização. "Iremos contratar 80 novos funcionários, e cerca de 50 devem se tornar fiscais." Leandro Casanova, da ONG Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida, trabalha na região desde 1997 e está chocado com a devastação: "Aqui deveria ser criado o Refúgio da Vida Silvestre do Rio da Prata, mas o processo está parado na Casa Civil. Se continuar assim, em um ano não haverá mais nada".

sábado, 11 de abril de 2009

INVESTIGAÇÃO- Dantas e Nahas visavam desvio de dinheiro Público para Transformar a AMAZONIA em um NEGÓCIO


Para registro e investigação -Dantas e Nahas visavam o desvio de dinheiro público e transformar a Amazônia em negócio -- Protógenes Queiroz: Daniel Dantas negociou o subsolo Brasileiro_08/04/2009 17h57
Delegado comenta investigações de espionagem industrial no Brasil
O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Escutas Telefônicas Clandestinas, deputado Nelson Pellegrino (PT-BA), avaliou há pouco que o mais relevante, até agora, no depoimento do delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz foram as informações sobre uma série de documentos que estão na Justiça norte-americana relativas às supostas investigações irregulares da Kroll Associates no Brasil, nos conflitos entre a Brasil Telecom e o Grupo Opportunity, de Daniel Dantas. A Justiça dos EUA determinou que a Kroll entregasse tudo relativo a espionagens industriais no Brasil. Dessa ação nos Estados Unidos, teria resultado um acordo entre as partes envolvidas, elaborado pelo então advogado do Grupo Opportunity.
Mangabeira Unger, atual ministro de Assuntos Estratégicos. Segredos
O resultado foram 250 caixas de documentos envolvendo autoridades brasileiras e segredos de atividades "que podem ser nocivas" para o Brasil, segundo Protógenes. Esses segredos envolvem, acrescenta Protógenes, as obras de transposição do São Francisco; a privatização da Vale do Rio Doce; a venda de 49% das ações da Petrobras; e a exploração do subsolo brasileiro."Isso está disponível na Justiça americana, pois não está sob segredo", disse Protógenes, acrescentando que teve acesso ao processo por meio de uma cópia fornecida pela própria Brasil Telecom. O delegado considerou importante verificar as consequências desse acordo em projetos que tramitam no Congresso. "Dessa forma, será possível perceber a rede de influência do Dantas, e a tentativa dele de cooptar autoridades, inclusive no Parlamento", afirmou Protógenes.URL: http://www2.camara.gov.br/internet/homeagencia/materias.html?pk=133032
Protógenes Queiroz: Daniel Dantas negociou o subsolo Brasileiro.
Um dos poucos pontos levantados por Protógenes foi sobre a NEGOCIAÇÃO feita pelo banqueiro Daniel Dantas e que envolve o CONTROLE DO SUBSOLO BRASILEIRO pelas multinacionais, em grande esquema já engendrado em 1992, o "Umbrella Deal" ( acordo "guarda-chuva" ).Esse GUARDA CHUVA, segundo o delegado, contou com a participação de Mangabeira Unger e teria sido executado recentemente, sob a administração FHC.Protógenes falou repetidamente sobre grupos econômicos internacionais que, em parceria com autoridades brasileiras, teriam interesse em explorar o subsolo brasileiro. O acordo, segundo ele, teria sido realizado em 1992 e fora descoberto depois que uma ação judicial nos Estados Unidos promovida pela Brasil Telecom contra a empresa Kroll produziu 250 caixas com detalhes de um acordo " guarda-chuva " que envolvia medidas a serem adotadas no Brasil, como a privatização de estatais e a transposição do rio São Francisco. Dantas seria um dos artífices desse acordo, auxiliado pelo ministro Mangabeira Unger, da Secretaria de Assuntos Estratégicos do governo Lula, à época seu auxiliar. Outros envolvidos no acordo seriam fundos de pensão e bancos estrangeiros. Em nota, a Kroll negou as acusações de espionagem de autoridades e empresários brasileiros. O delegado da PF Protógenes Queiroz esclareceu detalhes do "Projeto Guarda-Chuva", elaborado por Daniel Dantas em 1992; segundo Queiroz, com a participação e a assinatura do hoje ministro da Secretaria Especial para Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, então advogado de Dantas e professor em Harvard.O acordo previa o uso do dinheiro de fundos de pensão para participar do programa do governo brasileiro de privatizações e de negócios relacionados a recursos minerais. A Transposição do Rio São Francisco estaria citada nesse documento. Queiroz realçou o interesse de Dantas pelas riquezas do subsolo nacional:- Existem dados de riquezas, de minérios estratégicos negociados para fora do País, sem conhecimento de autoridades
De:http://oglobo.globo.com/economia/mat/2009/04/09/protogenes-nega-ter-investigado-filho-de-lula-dilma-rousseff-755208504.asphttp://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI3693345-EI6578,00.htmlhttp://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20090408195658AAW2AsX
17.07.2008-Dantas e Nahas visavam o desvio de dinheiro público.
Alvos seriam projetos em áreas estratégicas de estatais privatizadasDe Soraya Aggege:O objetivo principal da suposta articulação entre os grupos do banqueiro Daniel Dantas e do investidor Naji Nahas é desviar dinheiro público, segundo a Polícia Federal aponta em seus relatórios da Operação Satiagraha. Os alvos seriam megaprojetos em oito áreas de estatais privatizadas no país: portos, siderurgia, refinarias, elétricas, água, minas, telefonia fixa e telefonia móvel. Os cofres públicos também teriam sido atingidos por meio de operações dos grupos junto ao BNDES e a 11 fundos de pensão, por "mais de uma década".Em um dos documentos, a PF reproduz um diagrama de elos da organização de Dantas, que se interligaria com Nahas, apontado como um colaborador direto. O suposto esquema nasce do "acordo guarda-chuva" do Opportunity com o Citigroup (Umbrella Deal) e 11 fundos de pensão de estatais brasileiras. Os desdobramentos dependem ainda de cruzamentos de documentos já apreendidos pela PF.Ao mesmo tempo em que demonstram estar informados sobre as investigações e os monitoramentos da PF, Nahas e Dantas não conversam diretamente pelos telefones interceptados. Segundo a PF, eles marcavam reuniões e usavam celulares internacionais ou de prepostos, como Humberto Braz, o Guga, ou Arthur Joaquim de Carvalho, do Opportunity. Guga chegou a ser fotografado pelos agentes, saindo do escritório de Nahas, dia 14 de maio, às 11h30m. Segundo a PF, a reunião foi realizada com autorização de Dantas. Leia mais em O GloboO volume de saques em pelo menos 13 do total de fundos do Opportunity listados no site da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) já chega a R$ 1,240 bilhão, desde a deflagração da Polícia Federal, na terça-feira da semana passada, até a última segunda-feira. O volume não leva em conta fundos que investem em cotas de outros fundos. As retiradas correspondem a 7,7% do total de ativos do Opportunity, de R$ 16,1 bilhões, de acordo com o próprio banco.Na última quinta-feira, o Opportunity havia informado que os saques correspondiam a 6,2% do patrimônio líquido total de seus fundos. Leia mais em O Globohttp://oglobo.globo.com/pais/NOBLAT/post.asp?t=dantas-nahas-visavam-desvio-de-dinheiro-publico&cod_Post=114539&a=111
Globohttp://www.oglobo.com.br/ PF: articulação de Dantas e Nahas era para desviar dinheiro público (Soraya Aggege - 16/07/2008 - 23:07:00) O objetivo principal da suposta articulação entre os grupos do banqueiro Daniel Dantas e do investidor Naji Nahas é desviar dinheiro público, aponta a Polícia Federal (PF) em seus relatórios da Operação Satiagraha.SÃO PAULO. O objetivo principal da suposta articulação entre os grupos do banqueiro Daniel Dantas e do investidor Naji Nahas é desviar dinheiro público, aponta a Polícia Federal (PF) em seus relatórios da Operação Satiagraha. Os alvos seriam mega projetos em oito áreas de estatais privatizadas no país: portos, siderurgia, refinarias, elétricas, água, minas e telefo nias fixa e móvel. Os cofres públicos também teriam sido atingidos por meio de operações dos grupos junto ao BNDES e a 11 fundos de pensão, por "mais de uma década".Em um dos documentos, a PF reproduz um diagrama de elos da organização de Dantas, que se interligaria com Nahas, apontado como um colaborador direto. O suposto esquema nasce do acordo guarda-chuva do Op portunity com o Citigroup (Um brella Deal) e 11 fundos de pen são de estatais brasileiras. Os desdobramentos dependem ain da de cruzamentos de docu mentos já apreendidos pela PF.Ao mesmo tempo em que de monstram estar informados so bre as investigações e os mo nitoramentos da PF, Nahas e Dan tas não conversam diretamente pelos telefones interceptados. Segundo a PF, eles marcavam reuniões e usavam celulares in ternacionais ou de prepostos, como Humberto Braz, o Guga, ou Arthur Joaquim de Carvalho, do Opportunity. Guga chegou a ser fotografado pelos agentes, saindo do escritório de Nahas, dia 14 de maio, às 11h30m. Segundo a PF, a reunião foi realizada com autorização de Dantas.Nahas comandaria empresas de fachada Em seus relatórios, o dele gado Protógenes Queiroz afirma que as duas estruturas crimi nosas, de Nahas e Dantas, têm uma divisão de tarefas muito bem definida. Segundo ele, no esquema de funcionamento há vários níveis de poder de de cisão. Em um dos documentos, Protógenes afirma: "Há uma leve suspeita de que além de Nahas e Dantas existe um comando cen tral acima deles, até então ainda não identificado".Na organização liderada por Dantas, ele concentra todas as decisões de estratégias, inves timentos, aporte de recursos ou qualquer saída dos caixas do Opportunity, além do mercado paralelo de moeda estrangeira.Com Nahas, a estrutura é di ferente: ele chefiaria um grupo de operadores e doleiros, além de fazer negócios em vários se tores e ter um esquema próprio de obtenção de informações pri vilegiadas. Nahas comandaria também uma série de empresas de fachada em nomes de pa rentes e laranjas. O investidor contaria com informações pri vilegiadas, dos EUA e do Brasil. As investigações sobre as co nexões entre Dantas e Nahas foram um desdobramento da Satiagraha. O elo teria tido iní cio durante as privatizações do sistema de telefonia. Nahas in termediou a entrada da Tele com Italia no consórcio orga nizado por Dantas e, depois, teria servido de mediador no conflito entre os dois.URL: http://www.gda.com/consulta_noticias.php?idArticulo=593304 e http://www2.senado.gov.br/bdsf/bitstream/id/99869/1/noticia.htm
deu em o globo "Intenção de vender títulos na Amazônia" Para a PF, negociações visavam a explorar terras com fins comerciais.
De Henrique Gomes Batista e Leila Suwwan:
O inquérito da Polícia Federal revela que o grupo Opportunity planejava, em junho, transformar a Amazônia em negócio. Bernardo Rodemburgo, filho de Verônica Dantas e Carlos Rodemburgo, estudava negociar, segundo e-mails interceptados, forma de vender títulos que garantiriam que áreas da floresta seriam preservadas. Para a PF, por trás desta negociação, a exploração das terras com finalidade comercial.Havia negociações com a Rain Trust Foundation, instituição internacional. As negociações visavam a criar uma cooperação com esta instituição. A Rain Trust vende pela internet a proteção de acres (4.064 m² $acre) de floresta amazônica brasileira por US$ 250.Esta atuação, em estudo pelo Opportunity, é muito semelhante à noticiada pela coluna "Panorama Político" do GLOBO de 20 de maio. O jornal noticiou que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) investigava uma instituição dirigida por empresário sueco que vendia pedaços da Amazônia a estrangeiros, mas com a intenção verdadeira de extrair comercial madeira das terras.
Leia mais em O GloboURL: http://oglobo.globo.com/pais/noblat/post.asp?t=intencao-de-vender-titulos-na-amazonia&cod_Post=114537&a=111
Intenção de vender títulos na Amazônia Autor:
Aggege, SorayaFonte: O Globo, 17/07/2008, Economia, p. 22
Para a PF, negociações visavam a explorar terras com fins comerciais. BRASÍLIA. O inquérito da Polícia Federal (PF) revela que o grupo Opportunity planejava, em junho, transformar a Amazônia em negócio. Bernardo Rodemburgo, filho de Verônica Dantas e Carlos Rodemburgo, estudava negociar, segundo e-mails interceptados, forma de vender títulos que garantiriam que áreas da floresta seriam preservadas. Para a PF, por trás dessa negociação, estava a exploração das terras com finalidade comercial. Havia negociações com a Rain Trust Foundation, instituição internacional. As negociações visavam a criar uma cooperação com esta instituição. A Rain Trust vende pela internet a proteção de um acre (4.064 metros quadrados) de floresta amazônica brasileira por US$250. Essa operação, em estudo pelo Opportunity, é muito semelhante à noticiada pela coluna "Panorama Político" do GLOBO de 20 de maio. O jornal noticiou que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) investigava uma instituição dirigida por um empresário sueco que vendia pedaços da Amazônia a estrangeiros, mas com a intenção verdadeira de extração comercial de madeira das terras. Estudos do grupo Cool Earth, segundo a coluna, apontavam que, para proteger toda a Amazônia brasileira, seriam necessários cerca de US$50 bilhões. No material recolhido pela PF, Bernardo faz referência a uma reportagem do "Fantástico", da TV Globo, que teve a coluna como ponto de partida. Em e-mail enviado a um interlocutor em 2 de junho, Bernardo quer saber como andam as conversas sobre o negócio: "Houve uma reunião aqui com esse cara: http://www.raintrust.org/. Ele está desenvolvendo uma idéia muito similar à nossa para a Amazônia. Não tenho certeza, mas segundo fala está indo bem. Como é que a gente pode avançar nos projetos? O Ben (alguém ligado à instituição) captou dinheiro para o fundo dele? Já temos muita floresta...". Opportunity é investigado por negociações no Norte A PF não detecta mais detalhes. A fundação não foi localizada: o site não tinha número de telefones disponíveis e o e-mail não funcionava. O Opportunity é investigado por negociações na Região Norte. Segundo o inquérito, existiria uma "conexão agrária" do esquema - a área agropecuária do Opportunity é comanda pelos pais de Bernardo. Em conversas, há indícios de que os negócios no Pará, principalmente de criação de gado, levam a ligações políticas do banqueiro. Luiz Eduardo Greenhalgh, advogado e ex-deputado, surge, segundo investigações, como intermediador político em 7 de abril, quando pede a Rodemburgo cópia da notificação recebida sobre "suas fazendas no Pará". Para a PF, a finalidade era "intermediar junto ao governo do estado".

Ocupação do MST Bahia: Contra o Deserto Verde


MOVIMENTO DOS TRABALHADORES RURAIS SEM TERRA - MST - REGIONAL EXTREMOSUL DA BAHIA É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem.1.500famílias de Trabalhadores e Trabalhadoras Sem Terra - MST, ocuparam,nesta madrugada, uma área devoluta, de 4.700 hectares, no município de Eunápolis, Estado da Bahia. A área possui plantio de eucalipto da empresa Veracel Celulose. Esta empresa possui mais de 20 mil hectaresde eucalipto plantados em terras devolutas, neste município.O objetivo desta ocupação é pressionar o Governo da Bahia, para resgatar os 20 mil hectares de terras devolutas, que estão sob o domínio da empresa multinacional e destinar apara a Reforma Agrária como determina a Constituição Federal e denunciar a concentração de terras desta empresa que prejudica a soberania alimentar.O município já está tomado pelo eucaliptal. Há dados que demonstram que certas culturas de subsistência nem mais existem no município(Eunápolis); a área de plantio de feijão, por exemplo, se restringiu aapenas 20 hectares.Outro impacto é que a Veracel inflacionou o valor da terra. Hoje, é impossível comprar uma terra no município, porque além do preço alto,as terras agricultáveis estão quase todas nas mãos da empresa.Sob a velha égide demagoga de geração de emprego e fim da pobreza oprojeto da Veracel Celulose continua expandindo. Em 2007, no siteoficial http://www.aracruz.com.br/show_press.do?act=news&id=1000557&lang=1a Aracruz Celulose anunciou que já adquiriu boa parte das terras necessárias para a expansão: "Veracel II - Em 2008, serão apresentadosos estudos que prevêem a expansão da Veracel. A segunda linha deprodução terá capacidade de 1,4 milhão de toneladas anuais de celulosee terá início de produção em 2012. A primeira fase, envolvendo a aquisição de terras e a criação de florestas já foi iniciada. Até ofinal de 2007, US$ 65 milhões já tinham sido investidos na aquisiçãode 35 mil hectares de terras e florestas. Considerando também osganhos de produtividade da primeira linha da unidade, estima-se que40% do total de terras e florestas necessários para apoiar Veracel IIjá tenham sido adquiridos. Além disso, o programa de fomento deVeracel poderá representar até 30% do suprimento de madeira total danova fábrica".No texto ela admite a inexistência de estudos. Estes estudos deveriamservir de base para a expansão. Também não há licenciamento. O processo de licenciamento iniciou em 2009 mas não foi concluído.Recentemente, "A Aracruz Celulose e Stora Enso, decidiram adiar os planos de expansão da Veracel (Projeto Veracel II) por pelo menos um ano" que segundo a Associação de Operadores de Colheita Mecanizada doEstado da Bahia - Assoesba, é uma estratégia da empresa para demitir funcionários, terceirizar mais serviços e precarizar o trabalho.O Ministério Público do Trabalho ajuizou, dia 03 de abril, uma Ação Civil Pública , com pedido de tutela de urgência, contra Veracel Celulose S.A., Plantar Reflorestamentos, Bonella Florestal Ltda. e KTMAdm. e Engenharia Ltda. "O Ministério Público do Trabalho no Estado da Bahia pede a declaração de nulidade das dispensas de trabalhadores realizadas a partir de 28 de março deste ano, obrigando as empresas em questão a reintegrar os empregados, sob pena de multa de R$ 20 mil,por empregado não-reintegrado por dia.O Governo da Bahia, foi e é um dos incentivadores deste modelo dedesenvolvimento e já em 2007 "O Chief Executive Officer (CEO) da StoraEnso, Jouko Karvinen, veio de Londres para uma reunião com JaquesWagner, e saiu com todo o apoio do governo da Bahia para o projeto de ampliação da indústria de celulose Veracel, no município de Eunápolis.Se todos os processos de licenciamento ambiental da Veracel II forem definidos até abril de 2009, no segundo semestre de 2011, a fábrica de celulose produzirá o dobro de sua capacidade atual - 1,2 milhão de tonelada por ano - e empregará direta e indiretamente 10 mil baianos."Diz Karvinen. Em 2006, no Valor Econômico a Veracel dizia gerar,"cerca de 12 mil empregos diretos e indiretos e contou com o apoio dos governos estaduais e municipal para se concretizar. Além dos incentivos fiscais, o governo da Bahia se responsabilizou por melhorias de infra-estrutura rodoviária para facilitar o acesso de fornecedores e funcionários até a empresa".

A REDE ALERTA CONTRA O DESERTO VERDE repudia este modelo dedesenvolvimento baseado na exclusão social, na exploração dos recursos naturais e das pessoas que herdamos da colonização e vem mudando de roupagem em cada nova ordem. Monarquia e república e hoje, o mito da democracia. Um modelo concentrador de terras, de renda e detecnologias que rouba os direitos da pessoas e empurra a maioria paraas cidades que fazem desta um campo de batalha visto que elas se amontoam em condições desumanas. Isto resulta em violência permanenteda fome, prostituição, crianças e adolescentes abandonados, dadiscriminação, violência contra mulher, pobres e negros, do crime e da marginalidade.

REFORMA AGRÁRIA: POR UM BRASIL LIVRE DE LATIFUNDIOS

Eunápolis, 08 de abril de 2009.

REDE ALERTA CONTRA O DESERTO VERDE