
Essa mudança se deu na segunda metade dos anos 1970, nas cidades e no campo, com a emergência das primeiras manifestações de oposição popular à ditadura militar. As próprias instituições acadêmicas abriram-se para se pensarem essas manifestações e abrigaram intelectuais e pesquisadores de oposição. É nesse contexto que Victor Vincent Valla, então um recém doutor em História Social, ingressou na Universidade Federal Fluminense. Isso aconteceu em 1975. Dois anos depois, transformava a educação popular denominada "não-formal e extra-escolar" em objeto de pesquisa no Instituto Estudos Avançados em Educação da Fundação Getúlio Vargas (IESAE-FGV), "dentro de uma perspectiva histórica" e reconhecendo que lidava com as formas de educação para ou com as "camadas populares", conforme suas próprias palavras (Valla, 1986, p.11). Estabelece-se nesse momento o elo vital entre a academia e a rua, que iria caracterizar a trajetória desse professor e pesquisador de origem americana, aportado em terras brasileiras imediatamente após o golpe de 1964. Isso porque, em 1977, ao lado de seu trabalho como pesquisador do IESAE, Valla atuava como professor de ensino supletivo numa favela em Santa Teresa e colaborador da reconstrução da Federação de Associações de Favelas do Estado do Rio de Janeiro - FAFERJ.
Para ele, a educação popular numa perspectiva de transformação social, como o método de Paulo Freire, era uma contraproposta inserida "num campo previamente delimitado pela expansão e consolidação do capitalismo" (Valla, 1986, p.18). Em outros termos, Valla acentuava a importância tanto das determinações estruturais, como das tentativas de superá-las. A influência do marxismo, recebida de seus próprios alunos de língua inglesa no Instituto Tecnológico da Aeronáutica, em São José dos Campos, onde trabalhou entre 1967 e 1973, e a formação como historiador nos cursos de mestrado e doutorado em História Social da USP (Especial Victor Valla, 2006), na qual se destaca a leitura de Edward Carr (O que é História?), o conduziram ao permanente exame das práticas sociais nos contextos sociais em certo momento histórico. É notável, em tais análises, a perspectiva de cientistas sociais como José Álvaro Moisés e Lucio Kowarick, preocupados em entender o papel das políticas públicas na dinâmica do desenvolvimento capitalista e na reprodução da força de trabalho em países periféricos como o Brasil. A primeira sistematização desse estudo em Educação e favela já contém o leitmotiv de sua pesquisa. É interessante neste sentido assinalar que Valla parafraseou o urbanista inglês John Turner, quando de sua visita a conjuntos habitacionais e a favelas cariocas, em 1968. Naquela ocasião, disse: "Mostraram-me soluções que são problemas e problemas que são soluções" (Silva, Tângari, 2003). Para Valla, favela era uma solução de um problema. A pobreza, sim, era (e continua a ser) o problema.
A abordagem da pobreza se deu por meio da Educação e Saúde, um campo interdisciplinar no qual se manteve até o final da vida, na qualidade de professor e pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal Fluminense (UFF) e da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP). A opção de Valla nos processos de intervenção social foi a de entender a educação como "finalidade" e a saúde como "meio", uma diferença importante identificada por Antonio Ivo de Carvalho e que Estrella Bohadana classificava em duas vertentes: uma caracterizada pelos projetos autônomos, orientados para a mobilização e organização das comunidades, apoiados pelas comunidades eclesiais de base; e a segunda, por privilegiar a extensão da assistência médica, sobretudo sob a influência do Partido Comunista Brasileiro, dava maior peso ao papel do Estado. A escolha de uma ou outra forma de intervenção trazia "implícita a problemática da manutenção ou da mudança social" (Stotz, 2005, p.15-6).
A vinculação à primeira vertente era anterior ao ingresso de Valla na ENSP, em 1984. Contudo, na interlocução com os colegas da ENSP, ao se debater com a importância atribuída ao papel do estado no combate da doença, dado o tecnicismo e autoritarismo entranhados na cultura e práticas institucionais do setor saúde, viu-se na contingência de reelaborar a concepção anterior. Como não podia deixar de ser, por representar o resultado de uma aprendizagem na intervenção social, a abordagem da educação popular elaborada por Valla no setor da saúde acompanhou as possibilidades e limites desse processo do ponto de vista conjuntural e institucional.
Carvalho, Acioli e Stotz (2001) denominam esta abordagem de construção compartilhada de conhecimento em saúde, uma metodologia que tem uma "história" cujo sentido geral é, no seu entendimento, o de incorporar a experiência e o saber das classes populares em suas demandas junto ao Estado, de modo a favorecer-lhes maior poder e intervenção sobre as condições de suas vidas.
É importante destacar o caráter coletivo da construção desta abordagem, com a criação do Núcleo de Educação, Saúde e Cidadania (NESC) da ENSP (1986-2004), estruturado em torno do projeto de título homônimo e, sobretudo, do Centro de Estudos e Pesquisas da Leopoldina (CEPEL), entidade não governamental com atuação nas favelas da Penha (1988-2006) que teve como presidente Vitor Valla e uma grande equipe de pesquisadores oriundos dos cursos de pós-graduação nos quais Valla atuava como orientador acadêmico. Eram pesquisadores comprometidos, de diferentes formas, com os movimentos populares e a luta contra a opressão social (Valla, Stotz, 1993).
O projeto Educação, Saúde e Cidadania tinha um objetivo especificamente político, a saber: buscava oferecer subsídios tanto às organizações civis de caráter popular, para dar consistência técnica às suas reivindicações, como aos planejadores do setor saúde, de modo a promover a adequação dos serviços ao atendimento das necessidades da população e a "implementação de propostas oriundas do movimento social" (Carvalho, Acioli, Stotz, 2001, p.105).
O CEPEL materializou o elo da academia (NESC) com a rua por meio de um instrumento periódico, o boletim trimestral "Se liga no sinal". O boletim surgiu como uma decorrência do movimento "Se liga Leopoldina, o dengue está aí", defesa civil popular em resposta à negativa das autoridades sanitárias em admitirem e enfrentarem a epidemia de dengue na região, especialmente nas favelas da Leopoldina, no final de 1990. É interessante lembrar que o boletim apropriou-se da ideia do jornal como um "organizador coletivo", formulada por Lênin para dar ao Iskra ("A Centelha"), o primeiro periódico político marxista ilegal de toda a Rússia, a tarefa de unificar, entre 1900 e 1903, os círculos operários mediante a recepção de denúncias e sua análise pelo grupo redator. De fato, a pauta do boletim era discutida, pela equipe do CEPEL, com participantes de entidades populares, sobretudo das mulheres do grupo Sementinha, que faziam a distribuição do jornal nas favelas e captavam os sinais das dificuldades da vida e de sua lida pelas classes populares. De seu lado, elas também avaliavam a recepção do boletim, contribuindo para adequá-lo à experiência do mundo daquelas classes.
A metodologia da construção compartilhada do conhecimento de que a elaboração do boletim foi uma expressão amadurecida ao longo de vários anos supunha a possibilidade de reduzir a hierarquia dos saberes cientifico-técnico e popular ao mínimo, mas nunca teve a pretensão de superar a desigualdade vigente na sociedade, reverberada no interior, até mesmo, de uma organização como o CEPEL. Pode-se dizer que o agravamento da pobreza no contexto do desemprego e da violência generalizada nas favelas da região da Leopoldina, onde esta entidade atuava, ao longo dos anos 90, ao trazer à tona o fenômeno do crescimento do pentecostalismo, obrigou a criar novos procedimentos metodológicos. A necessidade advinha da tentativa de responder a pergunta: "por que os pobres vão à Igreja?" - com o que já se admitia a religiosidade como um caminho para resolver problemas sociais apontados, particularmente desorganizadores em situações de pobreza, com o sofrimento difuso daí decorrente (Lima, Valla, 2003).
Sem deixar de identificar os determinantes mais amplos dessa situação de pobreza e o impacto das políticas neoliberais no Brasil (Valla, 1995), ele pressupôs que, para entender em profundidade o significado do fenômeno, seria necessário dispor de uma observação participativa no fenômeno, com a invenção de novos métodos. A proposta e o funcionamento da Rede de Solidariedade da Leopoldina, sustentada do ponto de vista organizativo pelo CEPEL e pelo Núcleo de Estudos Locais em Saúde (ELOS) da ENSP, a partir de 2000, acabou por tomar forma no projeto "Vigilância civil da saúde: uma proposta de Ouvidoria Coletiva", experiência que inclusive recebeu o Prêmio Antonio Sérgio Arouca de gestão participativa (Guimarães et al., 2008; Lima, Stotz, 2009). Aliás, a Ouvidoria Coletiva foi a proposta de Valla para a Rede de Educação Popular e Saúde quando esta organização se dispôs, em março de 2003, a apoiar o novo Ministério da Saúde no primeiro governo de Luis Inácio (Lula) da Silva.
A separação entre a sociedade civil e as práticas populares - notável no esvaziamento das associações de moradores como consequência da nova conjuntura, também percebida por Valla e o grupo de pesquisadores nucleados em torno do novo projeto - foi interpretada nos termos de uma "crise de compreensão" entre profissionais dos serviços públicos de educação e saúde e as pessoas das classes populares. O ponto central dessa crise era a incapacidade de os profissionais relativizarem seu ponto de vista prévio ao admitirem que essas pessoas fossem capazes de construir um conhecimento e, pois, de entenderem e agirem sobre sua própria realidade, inclusive no tocante ao processo de adoecimento e cura.
A sistematização dessas reflexões e iniciativas deu origem ao livro "Para compreender a pobreza no Brasil", o primeiro de uma coleção denominada "A academia e a rua". A pobreza nunca foi vista exclusivamente como uma situação ou condição decorrente do desenvolvimento capitalista periférico no Brasil. A situação de pobreza era entendida como ponto de partida de uma "lida" que, numa conjuntura de mobilização popular, favorecera a ação coletiva e a ampliação da sociedade civil de caráter popular, noutra, de descenso e de fragmentação, reconduzira ao estreito caminho por onde historicamente as pessoas comuns do povo sempre passaram: o mundo da religiosidade, da fé baseada na solidariedade e na resistência, ainda que nos limites do campo religioso.
Todo esse processo sempre foi visto em sua dimensão educativa, como um modo de ensino e de aprendizagem não-formal e, portanto, como uma forma de conhecimento social. Pois uma "lida" requer necessariamente saber, e sua aplicação e/ou revisão nas circunstâncias tem de contemplar de alguma forma uma visão sobre a sociedade e seu funcionamento, para se identificarem as possibilidades de se superar a pobreza e de se aprenderem os sentidos das tentativas bem ou malsucedidas.
Valla esclareceu que a opção de estudar o pentecostalismo era necessário defender-se das incompreensões, sobretudo de que estaria interessado, do ponto de vista acadêmico, na espiritualidade advinha do "entendimento de que é nesse movimento religioso que a centralidade da pobreza se dá de forma mais radical", de onde decorria também a importância atribuída ao termo "conversão" (Vasconcelos, Algebaile, Valla, 2008, p.331). Sua análise, baseada em Cesar e Shaull (1999), o conduziu a compreender a conversão pentecostal de pessoas, em sua maioria anteriormente católicas ou participantes de cultos afrobrasileiros, como parte do enfrentamento da questão da pobreza. A contribuição trazida pelo teólogo Richard Schaull para o equacionamento desta questão no âmbito da Educação Popular consistia na "idéia de que a conversão é um movimento de descentramento", válido principalmente para as classes médias, "habituadas a entender, sua experiência como central, e a deduzir disso, de um lado, sua autoridade e capacidade de dispor sobre os problemas do mundo, e, de outro, a permanente minoridade política e cultural das classes populares para disporem sobre as questões que afetam suas vidas" (Vasconcelos, Algebaile, Valla, 2008, p.332).
Para fortalecer seu ponto de vista, incorporou tanto a reflexão de Milton Santos (1996) "sobre o conjunto de saberes práticos e valores produzidos às margens dos padrões de vida das classes médias, pelos imensos segmentos da população submetidos à experiência da escassez" (Vasconcelos, Algebaile, Valla, 2008, p332), como a de Simone Weil, ao trazer a fadiga e, pois, o trabalho, como um tema central para se entender o comportamento das classes populares (Valla, 1995). Ficava em aberto, como um limite da teoria dada pela realidade brasileira em que ainda vivemos, o problema da politização dessa nova experiência humana para além dos limites da dominação burguesa e das tentativas de conciliação de classes.

Artigo de Eduardo Stotz- Revista SCIELO 2010
Referências
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COMENTÁRIOS:
Odila,
Veja o pensamento do Kleber a respeito do Valla. Achei legal, é isso mesmo meu companheiro Mr. K. bjs aos 2. Terencio
VALHA ME VALLA
Te,( Terencio Hill) Não sei expressar o sentimento ou sentimentos ao saber dessas coisas do Valla.Imprimi pois é um evangelho desconhecido que quero mostrar para algumas pessoas. Somos rastilhos de pólvora prontos para nos incendiarmos. O Valla se deixou permear pela revolução que sobrevive mesmo sem ele respirar.Há muitos Che Guevaras ocultos atrás das folhas das bananeiras ou folhas de livros. Brotam sem anunciar. Aparecem e se impoem sem pedir permissão.São obras da própria natureza... não se represa a revolução.Minha felicidade é reconhecer que as malhas do capital são grandes de tal forma que os pequenos escapam, sobrevivem, e quando são esmagados se multiplicam em muitos mais. Vai Zilda, vai Valla, fica Rham, continua Hill,e milhares incógnitos pelos MSTs da vida , fundos de fábricas,varandas de clínicas psiquiátricas anunciam, pela própria existência, que é possível se rebelar.Vi uma senhora simples na rua que talvez não soubesse traduzir o que estava escrito na sua camiseta surrada:
Kleber de Albuquerque Pinheiro kapinheiro@trt15.jus.br
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Odila,
Veja o pensamento do Kleber a respeito do Valla. Achei legal, é isso mesmo meu companheiro Mr. K. bjs aos 2. Terencio
VALHA ME VALLA
Te,( Terencio Hill) Não sei expressar o sentimento ou sentimentos ao saber dessas coisas do Valla.Imprimi pois é um evangelho desconhecido que quero mostrar para algumas pessoas. Somos rastilhos de pólvora prontos para nos incendiarmos. O Valla se deixou permear pela revolução que sobrevive mesmo sem ele respirar.Há muitos Che Guevaras ocultos atrás das folhas das bananeiras ou folhas de livros. Brotam sem anunciar. Aparecem e se impoem sem pedir permissão.São obras da própria natureza... não se represa a revolução.Minha felicidade é reconhecer que as malhas do capital são grandes de tal forma que os pequenos escapam, sobrevivem, e quando são esmagados se multiplicam em muitos mais. Vai Zilda, vai Valla, fica Rham, continua Hill,e milhares incógnitos pelos MSTs da vida , fundos de fábricas,varandas de clínicas psiquiátricas anunciam, pela própria existência, que é possível se rebelar.Vi uma senhora simples na rua que talvez não soubesse traduzir o que estava escrito na sua camiseta surrada:
"Wild flowers smeels like me".
É só.Obrigado por lembrar que
o Valla sempre me atingiu.beijos.kKleber de Albuquerque Pinheiro kapinheiro@trt15.jus.br
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