IMPOSTOS EM SÃO PAULO

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

MAIOR IMPACTO AMBIENTAL INDUSTRIAL DA HISTÓRIA DO MUNDO OCORRE NO ESPIRITO SANTO - ANO DE 2015


ANDRÉ RUSCHI·DOMINGO, 15 DE NOVEMBRO DE 2015
https://www.facebook.com/Barragens-de-Pedreira-e-Duas-Pontes-o-povo-diz-n%C3%A3o-308558439330648/

 Esta sopa de lama tóxica que desce no rio Doce e descerá por alguns anos toda vez que houver chuvas fortes e irá para a região litorânea do ES, espalhando-se por uns 3.000 km2 no litoral norte e uns 7000 km2 no litoral ao sul, atingindo três UCs marinhas – Comboios, APA Costa das Algas e RVS de Santa Cruz, que juntos somam uns 200.000 ha no mar.
Os minerais mais tóxicos e que estão em pequenas quantidades na massa total da lama, aparecerão concentrados na cadeia alimentar por muitos anos, talvez uns 100 anos.
RVS de Santa Cruz é um dos mais importantes criadouros marinhos do Oceano Atlântico.
1 hectare de criadouro marinho equivale a 100 ha de floresta tropical primária.
Isto significa que o impacto no mar equivale a uma descarga tóxica que contaminaria uma área terrestre de de 20.000.000 de hectares ou 200.000 km2 de floresta tropical primária.
E a mata ciliar também tem valor em dobro.
Considerando as duas margens são 1.500 km lineares x 2 = 3.000 km2 ou 300.000 ha de floresta tropical primária.
Voces não fazem ideia.
O fluxo de nutrientes de toda a cadeia alimentar de 1/3 da região sudeste e o eixo de ½ do Oceano Atlântico Sul está comprometido e pouco funcional por no mínimo 100 anos!
Conclusão: esta empresa tem que fechar.
Além de pagar pelo assassinato da 5ª maior bacia hidrográfica brasileira.
Eles debocharam da prevenção e são reincidentes em diversos casos.
Demonstram incapacidade de operação crassa e com consequências trágicas e incomensuráveis.
Como não fechar?
Representam perigo para a segurança da nação!
O que restava de biodiversidade castigada pela seca agora terminou de ir.
Quem sobreviverá?
Quais espécies de peixes, anfíbios, moluscos, anelídeos, insetos aquáticos jamais serão vistas novamente?
A lista de espécies desaparecidas foram quantas?
Se alguém tiver informações, ajudariam a pensar.
Barragens e lagoas de contenção de dejetos necessitam ter barragens de emergência e plano de contingência.
Como licenciar o projeto sem estes quesitos cumpridos?
Qual a legalidade da licença para operação sem a garantia de segurança para a sociedade e o meio ambiente?
Mar de lama... mas não seria melhor evitar que a lama chegasse ao mar?
Quem teve a brilhante ideia de abrir as comportas das barragens rio abaixo em vez de fechá-las para conter a lama e depois retirar a lama da calha do rio?
Temos uma cordilheira submarina que faz barreira nas correntes submarinas em frente ao local, formando um giro de 70 km de diâmetro que fará a contenção destes sedimentos nesta área específica que dimensionei.
É claro que os sedimentos chegarão aí sim, como têm chegado por mais de 120 milhões de anos.
Se o geólogo diz que não, o ecólogo diz que sim e sem dúvida!!!
Não sou leigo. Os fundamentos de convicção do geólogo são frágeis e pior, incompletos pois desconsideram a existência do oásis marinho que é a foz do Rio Doce e não deve saber dos efeitos que a cordilheira Vitória-Trindade têm no meio ambiente do oceano Atlântico e do continente da América do Sul..
E quanto às listas de espécies do rio agora extintas?
Não fala nada?
A caracterização físico-química dos sedimentos deveria estar descrita no EIA/RIMA de licenciamento do empreendimento.
Aqui no ES, sedimentos relacionados a pellets de minério de ferro têm revelado composição de cromo, cádmio, arsênio e mercúrio, sim.
Inclusive em lagoa da SAMARCO, lagoa de Maimbá entre Guarapari e Anchieta, já detectamos mercúrio. E o pellets da SAMARCO vem de MG pelo mineroduto.
E não se pode desvincular a responsabilidade da VALE.
Os metais pesados são cumulativos e persistentes na cadeia alimentar.
Portanto, no local de origem da maior cadeia alimentar do oceano atlântico é de se imaginar que o efeito cumulativo chegará no topo da cadeia alimentar.
É importante ter uma ideia do dimensionamento das coisas no tempo.
Pois este é o tempo de monitoramento e controle necessários.
Quem ainda pensa que o mar tem o poder de diluição da poluição?
Isto é um retrocesso da ciência de mais de 1 século!!!!!
Sendo Rio Federal a juridição é do governo federal portanto os encaminhamentos devem serem feitos ao MPF.
Fica a advertência para os olheiros das empresas: se essa coisa chegar ao mar o caso entra para juridição internacional. Lá tem prisão perpétua, pena de morte, sequestro de bens internacionais, etc.
André Ruschi


Estação Biologia Marinha Augusto Ruschi
Aracruz, Santa Cruz, ES 

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