Carlos Rodrigues Brandão |
Gente
amiga de perto e de longe,
Ontem uma "lua quase cheia" brilhou aqui
no céu do Sul de Minas. Hoje e amanhã
o tempo está pra chuva e talvez ela esteja escondida
de nós.Mas, quem puder, não deixe de olhar
o céu de hoje e de amanhã demoradamente.
no céu do Sul de Minas. Hoje e amanhã
o tempo está pra chuva e talvez ela esteja escondida
de nós.Mas, quem puder, não deixe de olhar
o céu de hoje e de amanhã demoradamente.
A lua está acompanhada de Júpiter e de
Venus.
Coisa rara e de uma beleza de tocaros olhos e a alma.
Um abraço amigo,Carlos
Um
Lentas
as nuvens escondiam
o
que da noite parecia o dia.
Lentas
as nuvens ocultavam
o
rosto de luz da lua amiga.
E
entre o surgir e o se esconder,
(como
a mulher que à noite
é
bruxa e ao dia é fada)
é
a lua mesma quem semelha que viaja
como
um barco de velha vela antiga.
E
o céu ora escuro e ora claro,
onde
tudo parece adormecido,
assiste
ao lento viajar de prata
da
lua. Clara lua. Lua vaga.
dois
Lua,
vaga, vagarosa lua luminosa
a
sua viagem de prata o céu colore.
Iluminada
lua vagando no céu claro
que
em seu vagar devagar o céu clareia.
Até
quando Vênus e as estrelas de Órion
apagam
a luz de suas velas
pra
brilhar com só a luz da Lua Cheia.
três
Clara,
a clara lua se ilumina
e
de claro colorida tece a manta
que
entre o alvo do sal
e
a mandioca, quando dela
é
a farinha branca só o que resta,
cobre
o corpo de rara prata fina
da
lua e do luar de sua festa.
E
de branco e amarelo
fiada,
tecida e revestida a lua
da
luz do sol que ela reflete,
é
de ouro e brilha a sua veste
de
luz com que ela se toda se tatua,
e
depois de plena luz que é sua
de luz se cobre e se reveste.
quatro
Vagante,
a lua se viaja
e
a noite sopra e assopra
o
vento norte que lhe toca
a
sua vela de errante e de veleiro.
E
devagar o vento embala
a
barca-lua pela noite afora
entre
as estrelas que o céu
semeia
ao dia, e rega e cuida
e
à noite acende em seu canteiro.
cinco
A
manhã de outubro se demora
a
clarear com o sol um outro dia
e
o mar, e o céu do chão da terra
e
mais tudo o que houve e há e havia.
Tudo
pinta de luz como se a aurora,
para
que a lua cheia brilhe ainda
um
pouco mais na noite que adormece
sobre
o veludo que a luz clara tece e fia.
seis
A
noite veio, veja!
no
vento de julho
com
o seu escuro frio.
Clara
navegava a lua
o
seu veleiro
como
se o céu inteiro
fosse
um rio.
sete
À
noite
a
lua acende
a
sua vela
e,
veleiro,
viaja
o mar da noite
banhando
de luz
o
mundo e a terra
e
tudo o que antes
foi
escuro nela.
oito
Apaga
a luz da lua
a
das estrelas
da
estrada do céu
por
onde vaga.
E
clareia o céu
e
a terra inteira
no
veleiro de velas
de
seu barco.
Até
quando a manhã chega
e
acende fogos
e
a lua se apaga
e
a noite acaba.
Nove
Estala
como um raio
a
luz da lua
quando
sai de trás
da
novem escura
cercada
do rosário
das
estrelas.
E
o céu inteiro ela clareia
a
clara lua
com
a luz que é da noite
e
é toda sua
enquanto
o dia tarda
e
a noite dura.
dez
Abro
a janela
e
olho, vejo e espio
e quero vê-las
na
noite escura
a
lua clara
e
as mil estrelas
onze
Vela,
veleiro,
a
branca lua
se
hasteia no mastro
do
céu claro.
E
o céu todo navega
e
se clareia
e
se faz belo
e
de tão claro
se
faz raro.
doze
A
chama de uma vela
E
seu pavio
acendem
a lua
com
a mão da noite de abril.
E
a noite de claro se clareia
com
a luz da luz que é dela
e
é toda sua.
Estes pequenos poemas de improviso começaram a ser
Escritos em algum dia e lugar de que eu esqueço.
Foram revistos e dados por acabados (será mesmo?)
em quatro dias de um setembro frio, em Buenos Aires.
Era o ano de 2015.
Nenhum comentário:
Postar um comentário