IMPOSTOS EM SÃO PAULO

domingo, 12 de outubro de 2008

Jornada Mundial pela Paz e Soberania Alimentar

JORNADA MUNDIAL DE JEJUM E ORAÇÃO PELA PAZ E SOBERANIA ALIMENTAR “Águas para a Paz” - MANIFESTO
Por 24 dias, ao final de 2007, em Sobradinho-BA, Brasil, o bispo franciscano D. Fr. Luiz Cappio fez jejum e oração contra o Projeto de Transposição de Águas do Rio São Francisco para a região setentrional do Nordeste brasileiro, em favor de um programa de convivência com o Semi-árido e pela revitalização verdadeira e integral da Bacia do Rio São Francisco. A Pax Christi Internacional está outorgando o seu Prêmio da Paz 2008 (2008 Pax Christi International Peace Award) ao bispo e aos que com ele lutaram ou foram solidários. A entrega se dará durante a 5ª Romaria das Águas em Sobradinho, em 18 e 19 de outubro de 2008, com o tema “Águas para a Paz”, e a participação de milhares de pessoas e entidades.Em torno a Dom Luiz Cappio, expressou-se um movimento que foi muito além daquele gesto, momento e lugar e dos que o acompanharam de perto. Mundo afora cresceu o que se chamou informalmente Movimento Jejum Solidário. Centenas de pessoas em todo o mundo, por um ou mais dias, anônima ou publicamente, jejuaram solidariamente. De maneira inovadora, ganhou novos contornos, energias e visibilidades a luta por um outro mundo, outro desenvolvimento, ou melhor, outros modelos de vida e produção, outras relações entre as pessoas, as comunidades, os povos e com o planeta, marcadas pela paz que é fruto da justiça, inclusive a ambiental.Agora, quando as atenções se voltam de novo para Sobradinho e a causa que ali se defendeu e se viveu, num momento em que se esfacela a economia mundial refém da especulação financeira, prisioneira do falido neoliberalismo, os movimentos sociais e organizações populares do São Francisco e do Nordeste, a Pax Christi e a Via Campesina Brasil propõem uma Jornada Mundial de Jejum pela Paz e Soberania Alimentar, entre os dias 16 e 18 de outubro de 2008, integrada também à JORNADA MUNDIAL DE JEJUM E ORAÇÃO PELA PAZ E SOBERANIA ALIMENTAR “Águas para a Paz” - MANIFESTO Por 24 dias, ao final de 2007, em Sobradinho-BA, Brasil, o bispo franciscano D. Fr. Luiz Cappio fez jejum e oração contra o Projeto de Transposição de Águas do Rio São Francisco para a região setentrional do Nordeste brasileiro, em favor de um programa de convivência com o Semi-árido e pela revitalização verdadeira e integral da Bacia do Rio São Francisco. A Pax Christi Internacional está outorgando o seu Prêmio da Paz 2008 (2008 Pax Christi International Peace Award) ao bispo e aos que com ele lutaram ou foram solidários. A entrega se dará durante a 5ª Romaria das Águas em Sobradinho, em 18 e 19 de outubro de 2008, com o tema “Águas para a Paz”, e a participação de milhares de pessoas e entidades.Em torno a Dom Luiz Cappio, expressou-se um movimento que foi muito além daquele gesto, momento e lugar e dos que o acompanharam de perto. Mundo afora cresceu o que se chamou informalmente Movimento Jejum Solidário. Centenas de pessoas em todo o mundo, por um ou mais dias, anônima ou publicamente, jejuaram solidariamente. De maneira inovadora, ganhou novos contornos, energias e visibilidades a luta por um outro mundo, outro desenvolvimento, ou melhor, outros modelos de vida e produção, outras relações entre as pessoas, as comunidades, os povos e com o planeta, marcadas pela paz que é fruto da justiça, inclusive a ambiental.Agora, quando as atenções se voltam de novo para Sobradinho e a causa que ali se defendeu e se viveu, num momento em que se esfacela a economia mundial refém da especulação financeira, prisioneira do falido neoliberalismo, os movimentos sociais e organizações populares do São Francisco e do Nordeste, a Pax Christi e a Via Campesina Brasil propõem uma Jornada Mundial de Jejum pela Paz e Soberania Alimentar, entre os dias 16 e 18 de outubro de 2008, integrada também à Jornada da Via Campesina Brasil contra os transgênicos, na Semana Mundial da Alimentação. Queremos com este gesto chamar atenção para as questões gravíssimas da degradação, do desperdício e dos conflitos crescentes pelas águas no Planeta e do gradativo controle do território, da produção e do acesso à comida por algumas poucas empresas multinacionais que visam o oligopólio do capital na agricultura e na agroindústria, dominando territórios, terras e águas, tecnologias, insumos e sementes. Este Movimento une Política e Espiritualidade. A greve de fome de D. Luiz Cappio nos recorda a tradição da Não Violência e Firmeza Permanente, de Gandhi, Luther King e tantos outros, e que remonta ao próprio Jesus Cristo. É um gesto físico de recusar comida por uma causa de valor mais alto. Mas é também um ato de força espiritual, pois mobiliza energias imateriais que alimentam a causa e contagiam outras pessoas. Resulta disso uma sinergia que tem poder agregador e transformador.Em meio à abundância e desperdício dos ricos, alimentos contaminados, má comida nos fast food, aumento da fome, esse gesto afirma a necessidade urgente da reforma agrário-agrícola, da água como direito humano à alimentação e da soberania alimentar. Cada povo e região têm o direito de produzir e comer sua própria comida em quantidades e qualidades suficientes sem imposições do mercado controlado por corporações globais.Ao confrontar um projeto como o da Transposição que destina 70% das águas transpostas de um rio moribundo à produção de frutas nobres e agrocombustíveis, camarão e aço, para exportação, evidencia-se a insanidade de empreendimentos econômicos hoje expandidos em escala global. Por trás a implantação do mercado da água bruta, como já acontece em vários países, em benefício de empresas como Vivendi, Suez Lionnaise des Eaux, Nestlé, Coca-Cola, etc. Multinacionais da agricultura, tais como a Syngenta, Monsato, Bunge, ADM, Cargill, Dupont, Bayer e BASF, querem o gradativo controle dos mananciais hídricos, das terras agricultáveis, da biodiversidade e da agrobiodiversidade, das bio e agrotecnologias e do mercado mundial de alimentos. As variedades de sementes transgênicas são seu principal instrumento e a eles os governos vêm cedendo, em desprezo ao princípio da preocupação, promovendo a bio-insegurança, ao invés de preveni-la. Povos e comunidades tradicionais e seus territórios atuais e pleiteados são erigidos em inimigos principais destes processos tidos como “modernizadores”. A reforma agrária passa a ser esvaziada e até combatida. Os impactos das mudanças climáticas na natureza e nas relações comerciais, a crise econômica global, deverão agravar ainda mais esse quadro. É urgente que a sociedade organizada em todo o mundo se levante e proponha limites e alternativas viáveis.No Brasil, é preciso rever os grandes projetos do PAC – Programa de Aceleração do Crescimento - à luz de outros modelos de desenvolvimento. Qual a real necessidade de empreendimentos como o da Transposição do Rio São Francisco e do Rio Tocantins, as Hidrelétricas do Rio Madeira, as Usinas Nucleares e Hidrelétricas, as ferrovias, hidrovias, gasodutos, alcooldutos, minerodutos etc? A quem servem, quais os custos e danos sociais e ambientais? Que alternativas sustentáveis existem, quais é preciso criar?Por exemplo, o que existe de melhor que a transposição? A sociedade civil organizada do Nordeste Semi-árido há décadas vem criando e comprovando diversas tecnologias de captação, armazenamento e uso de água, de resultados tão mais excelentes quanto mais exercitam a soberania hídrica e alimentar como dimensões da soberania popular sobre seu próprio território e seu desenvolvimento. Ao revés, as adutoras propostas pelo Atlas Nordeste da ANA – Agência Nacional de Águas -, que potencializariam iniciativas como estas, continuam no papel.Os outros modelos de vida e produção que propomos são mais de “envolvimento” do que “desenvolvimento”. Vêm de baixo para cima, envolventes das pessoas, famílias e comunidades, a partir de suas necessidades reais e através das suas organizações autônomas. Modelos que nasçam delas, que dinamizem seus potenciais humanos e naturais, que respeitem a soberania das comunidades sobre seus territórios e sobre os recursos essenciais para a produção e a reprodução da vida: alimentos, águas, terra, ar, florestas e biodiversidade, e até mesmo sobre o dinheiro gerado pelo seu trabalho! Modelos democráticos e participativos, que resultem de uma integração solidária com os de outras comunidades, e de um diálogo criativo com os governos nos diversos níveis. Modelos planejados e geridos pelas próprias comunidades, em articulação com os outros níveis de governança, em construção de uma contra-hegemonia, local e global.São razões suficientes que apelam à nossa sensibilidade e solidariedade humanas, às quais é possível agregar outras de importância local específica. Toda pessoa de boa vontade, individualmente ou em grupo, sinta-se interpelada a se integrar à Jornada Mundial de Jejum pela Paz e Soberania Alimentar, entre 16 e 18 de outubro de 2008, e se manifestar em defesa das águas, do direito humano à água, dos alimentos sadios e da agricultura camponesa, pelo fim da fome, pela ecologia e pela paz.

Assinam: Pax Christi International, Via Campesina Brasil (MST, MPA, MAB, MMC, FEAB e CPT), CESE, CARITAS
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Comunique sua adesão à CPT Bahia (e-mail cptba@cpta.org.br ou tel. 0055 - 71.8714-5724 - Andréa) ou à Via Campesina / Brasil (e-mail ou tel. ), informando o número de pessoas em jejum e sua organização. O conhecimento e divulgação posterior destes dados são importantes!. Queremos com este gesto chamar atenção para as questões gravíssimas da degradação, do desperdício e dos conflitos crescentes pelas águas no Planeta e do gradativo controle do território, da produção e do acesso à comida por algumas poucas empresas multinacionais que visam o oligopólio do capital na agricultura e na agroindústria, dominando territórios, terras e águas, tecnologias, insumos e sementes. Este Movimento une Política e Espiritualidade. A greve de fome de D. Luiz Cappio nos recorda a tradição da Não Violência e Firmeza Permanente, de Gandhi, Luther King e tantos outros, e que remonta ao próprio Jesus Cristo. É um gesto físico de recusar comida por uma causa de valor mais alto. Mas é também um ato de força espiritual, pois mobiliza energias imateriais que alimentam a causa e contagiam outras pessoas. Resulta disso uma sinergia que tem poder agregador e transformador.Em meio à abundância e desperdício dos ricos, alimentos contaminados, má comida nos fast food, aumento da fome, esse gesto afirma a necessidade urgente da reforma agrário-agrícola, da água como direito humano à alimentação e da soberania alimentar. Cada povo e região têm o direito de produzir e comer sua própria comida em quantidades e qualidades suficientes sem imposições do mercado controlado por corporações globais.Ao confrontar um projeto como o da Transposição que destina 70% das águas transpostas de um rio moribundo à produção de frutas nobres e agrocombustíveis, camarão e aço, para exportação, evidencia-se a insanidade de empreendimentos econômicos hoje expandidos em escala global. Por trás a implantação do mercado da água bruta, como já acontece em vários países, em benefício de empresas como Vivendi, Suez Lionnaise des Eaux, Nestlé, Coca-Cola, etc. Multinacionais da agricultura, tais como a Syngenta, Monsato, Bunge, ADM, Cargill, Dupont, Bayer e BASF, querem o gradativo controle dos mananciais hídricos, das terras agricultáveis, da biodiversidade e da agrobiodiversidade, das bio e agrotecnologias e do mercado mundial de alimentos. As variedades de sementes transgênicas são seu principal instrumento e a eles os governos vêm cedendo, em desprezo ao princípio da preocupação, promovendo a bio-insegurança, ao invés de preveni-la. Povos e comunidades tradicionais e seus territórios atuais e pleiteados são erigidos em inimigos principais destes processos tidos como “modernizadores”. A reforma agrária passa a ser esvaziada e até combatida. Os impactos das mudanças climáticas na natureza e nas relações comerciais, a crise econômica global, deverão agravar ainda mais esse quadro. É urgente que a sociedade organizada em todo o mundo se levante e proponha limites e alternativas viáveis.No Brasil, é preciso rever os grandes projetos do PAC – Programa de Aceleração do Crescimento - à luz de outros modelos de desenvolvimento. Qual a real necessidade de empreendimentos como o da Transposição do Rio São Francisco e do Rio Tocantins, as Hidrelétricas do Rio Madeira, as Usinas Nucleares e Hidrelétricas, as ferrovias, hidrovias, gasodutos, alcooldutos, minerodutos etc? A quem servem, quais os custos e danos sociais e ambientais? Que alternativas sustentáveis existem, quais é preciso criar?Por exemplo, o que existe de melhor que a transposição? A sociedade civil organizada do Nordeste Semi-árido há décadas vem criando e comprovando diversas tecnologias de captação, armazenamento e uso de água, de resultados tão mais excelentes quanto mais exercitam a soberania hídrica e alimentar como dimensões da soberania popular sobre seu próprio território e seu desenvolvimento. Ao revés, as adutoras propostas pelo Atlas Nordeste da ANA – Agência Nacional de Águas -, que potencializariam iniciativas como estas, continuam no papel.Os outros modelos de vida e produção que propomos são mais de “envolvimento” do que “desenvolvimento”. Vêm de baixo para cima, envolventes das pessoas, famílias e comunidades, a partir de suas necessidades reais e através das suas organizações autônomas. Modelos que nasçam delas, que dinamizem seus potenciais humanos e naturais, que respeitem a soberania das comunidades sobre seus territórios e sobre os recursos essenciais para a produção e a reprodução da vida: alimentos, águas, terra, ar, florestas e biodiversidade, e até mesmo sobre o dinheiro gerado pelo seu trabalho! Modelos democráticos e participativos, que resultem de uma integração solidária com os de outras comunidades, e de um diálogo criativo com os governos nos diversos níveis. Modelos planejados e geridos pelas próprias comunidades, em articulação com os outros níveis de governança, em construção de uma contra-hegemonia, local e global.São razões suficientes que apelam à nossa sensibilidade e solidariedade humanas, às quais é possível agregar outras de importância local específica. Toda pessoa de boa vontade, individualmente ou em grupo, sinta-se interpelada a se integrar à Jornada Mundial de Jejum pela Paz e Soberania Alimentar, entre 16 e 18 de outubro de 2008, e se manifestar em defesa das águas, do direito humano à água, dos alimentos sadios e da agricultura camponesa, pelo fim da fome, pela ecologia e pela paz.

Assinam: Pax Christi International, Via Campesina Brasil (MST, MPA, MAB, MMC, FEAB e CPT), CESE, CARITAS
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Comunique sua adesão à CPT Bahia (e-mail cptba@cpta.org.br ou tel. 0055 - 71.8714-5724 - Andréa) ou à Via Campesina / Brasil (e-mail ou tel. ), informando o número de pessoas em jejum e sua organização. O conhecimento e divulgação posterior destes dados são importantes!

2 comentários:

Educomunicação Ambiental disse...

DESDE ARTIGAS - URUGUAY
OTRO 15 DE OCTUBRE DE 2008: DIA DE LA PROFESORA Y DEL PROFESOR EN NUESTRO AMADO BRASIL...

PRINCESA, AMIGA Y COLEGA ODILA....

Valoro su gesto de responder a mi mensaje de cariño a través del puente de AMISTAD creado por nuestro ilustre AMIGO CARLITOS BRANDAO...que lo estimo y admiro a más de mil años. Es el PODER de los SENTIMIENTOS y la PALABRA que nos van HACIENDO HERMANOS UNIVERSALES y nos permiten compartir esta CASA que es de TODOS y tenemos el compromiso de SER SEMBRADORES DE AMOR Y DE PAZ para CONSTRUIR, con FE Y ESPERANZA, la FELICIDAD que necesita la HUMANIDAD...EDUCAR para PROTEGER y RESPETAR LA NATURALEZA es un SAGRADO COMPROMISO con la VIDA.
Gracias AMIGA ODILA por ser mi AMIGA...EXITOS EN SUS ACTIVIDADES...NOS UNEN LOS SUEÑOS DE EDUCADORES QUE AMAMOS LA ESCUELA LLENA DE NIÑAS Y NIÑOS FELICES.
RECIBA EL CARIÑO DE MI FAMILIA Y DE MI MUNDO....
UN ABRAZO DE LUZ....MAESTRO JUAN DEL URUGUAY.
AMIGA ODILA... Valoro su generosidad de agregar mis palabras a su Bloc.

Educomunicação Ambiental disse...
Este comentário foi removido pelo autor.