IMPOSTOS EM SÃO PAULO

segunda-feira, 22 de março de 2010

HOJE COMEÇA A SEMANA D´AGUA - O MUNDO CADA VEZ COM MENOS ÁGUA POTÁVEL

Com cada vez menos água a ONU manifesta se!Enquanto isso Eike Batista devasta um patrimonio da HUMANIDADE.
A SERRA DO ESPINHAÇO EM MINAS GERAIS:CRIME AMBIENTAL!
" EM NOSSA LUTA EM  Conceição do Mato Dentro,ESTAMOS CONSEGUINDO CAMINHAR NO SENTIDO DE QUE AS FAMÍLIAS DIRETA E INDIRETAMENTE AFETADAS SEJAM REASSENTADAS, AS QUE ASSIM O QUISEREM E AS DEMAIS SERÃO RESSARCIDAS DE FORMA MONETÁRIA, OU AINDA RELOCADAS.FOI FEITA A VISTORIA DURANTE DOIS DIAS, PARA CHECAR AS DENUNCIAS APRESENTADAS EM DEZEMBRO DE
2009, COM TÉCNICOS DO IBAMA, SUPRAM CENTRAL-DR ILMAR BASTOS, EQUIPE DA SUPRAM JEQUITINHONHA, CONSELHEIROS , MORADORES E AMBIENTALISTAS, MPF, DEFENSORIA PÚBLICA FEDERAL E OUTROS. ESSA LUTA NOS LEVA A PENSAR O QUANTO NOSSO ESTADO ESTÁ DESPREPARADO PARA DE FATO GARANTIR OS DIREITOS DE NÓS CIDADÃOS.DESDE O BRASIL COLÔNIA, SOMOS ESPOLIADOS, ESTAMOS A SÉCULOS FINANCIANDO O DESENVOLVIMENTO DE OUTRAS NAÇÕES, DE PESSOAS INESCRUPULOSAS COMO ESSE EIKE E OUTROS SÓCIOS, E NOSSA POPULAÇÃO CADA VEZ MAIS MISERÁVEL E REFÉM DE INTERESSES TRANSNACIONAIS E DE CORPORAÇÕES ANÔNIMAS,ONDE AOS ACIONISTA SÓ INTERESSA O LUCRO!!!É PRECISO MUDAR ESSA REALIDADE!!!
DORINHA ALVARENGA
MEMÓRIA DO BLOG: 
educomambiental: DO POR QUE A BOLIVIA VIROU DUAS E A SERRA DO ...09 Abr 2008
DO POR QUE A BOLIVIA VIROU DUAS E A SERRA DO ESPINHAÇO-MG VAI SE ACABAR. A OCUPAÇÃO DA AMÉRICA LATINA NO SÉCULO XXI E COMO GARANTIR A EDUCAÇÃO AMBIENTAL? ...Para pilotar a MMX no lugar de Landim foi indicado Joaquim Martino, ...
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recortado do Google - 2/2010
UM GRITO NO ESCURO - PARTE III (DESDE 2008) 14 Jan 2010
Muitos podem achar uma bobagem, ou não dar importância, mas o que fizermos com a água eo ecossistema aqui em Minas, no coração da Serra do Espinhaço, pode ter certeza que afetará sua vida aí, onde estiver, seja em BH, SP, ...
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recortado do Google - 2/2010
"no coração do espinhaço a faca cravou!"
31 Mai 2009 a serra do espinhaço ( mg). a transformação desenfreada pelo capitalismo selvagem destrói sem piedade. assista aos vídeos feitos em conceição do mato dentro (mg) seguem os links. conceição i:http://www.youtube.com/watch?v=klxqjbsvqdo ...
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http://educomambiental.blogspot.com/http://www.uai.com.br/htmls/app/noticia173/2010/03/21/noticia_economia,i=152373/EIKE+BATISTA+ACUMULA+BILHOES+SEM+GERAR+CAIXA+REAL+NEM+EMPREGOS.shtml
2-MANIFESTO EM DEFESA DA CIDADE DE S. SEBASTIÃO
http://www.sosmanancial.org.br/peticao/assinatura.php

ABAIXO-ASSINADO (001) MANIFESTO EM DEFESA DA CIDADE DE S. SEBASTIÃO Litoral Norte DO ESTADO DE S PAULO, CIDADE HISTÓRICA, TURÍSTICA, CULTURAL ,SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS E ÚLTIMAS RESERVAS, DOTADA DE COBERTURA ORIGINAL DE MATA ATLÂNTICA X PROJETO DE AMPLIAÇÃO DO PORTO POR CONTEINERES E EXTENSÃO ESTRADA ATÉ S. SEBASTIÃO E ALÇA GUAECÁ.
                                                                                        tema da arte: DERRETIÇÃO
dia 24 03 2010
1- *O Brasil é o maior'exportador' de água virtual do mundo. Entrevista especial com John Anthony Allan*
"A forma como usamos a terra e os recursos hídricos no passado negligenciavaos impactos ambientais impostos pela agricultura intensiva. Esses custos nãose refletem nos preços das commodities alimentícias vendidas e compradasinternacionalmente, e nem mesmo nos preços dos alimentos no mercado interno.
O Brasil não deveria correr para satisfazer a demanda global por sua água, colocando commodities no mercado mundial a preços que impossibilitem que o ambiente das terras e dos recursos hídricos do Brasil seja usado de modo sustentável". Essas são as palavras do cientista britânico John *AnthonyAllan*, escritas por ele na entrevista que aceitou conceder, por e-mail, à *IHUOn-Line*. Conhecido no mundo inteiro por ter criado o conceito de águavirtual, explicado a seguir, *Tony Allan* identifica que as grandeseconomias de água podem ser feitas no setor agrícola, onde os volumes deágua usados são vastos. "Os agricultores tomam conta de toda a água verde.Junto com os engenheiros, eles tomam conta de toda a água azul usada naagricultura irrigada. Junto, isto representa 80% da água usada no mundointeiro. Os agricultores detêm a chave para a segurança da água -especialmente no Brasil", alerta.A entrevista é de *Graziela Wolfart*. A tradução é de *Luís Marcos Sander*.
*John Anthony Allan* é professor no King's College de Londres e na Escola de
Estudos Orientais e Africanos. Pioneiro em conceitos chave para a compreensão e a divulgação das questões referentes à problemática da água eà sua conexão com a agricultura, as mudanças climáticas, a economia e apolítica, Tony Allan foi laureado com o "Prêmio da Água de Estocolmo 2008"(2008 Stockholm Water Prize).
*Confira a entrevista.*
*IHU On-Line - O senhor pode explicar o conceito de "água virtual"? Comofazer o cálculo de quanto cada produto consume de água? *
*John Anthony Allan* - Os alimentos e outras commodities necessitam de águapara serem produzidos. As commodities alimentícias possuem um teor de águaparticularmente grande. Por exemplo, as seguintes quantidades de água são necessárias para produzir 1 quilo de:
Trigo: 1.300 litros
Milho: 900
Arroz: 3.400
Carne de frango: 3.900
Carne de porco: 4.800
Carne de ovelha: 6.100
Carne de gado: 15.500
Algodão: 11.000
Ou a seguinte quantidade de litros de água é necessária para produzir 1unidade dos seguintes produtos:
Um litro de leite: 1.000 litros
Uma xícara de chá: 30
Uma xícara de café: 140
Uma folha de papel: 10
Uma fatia de pão: 40
Uma maçã: 70
Uma camiseta: 2.700
A água embutida nisso é chamada de água virtual.
Quando uma commodity é exportada de um país para outro, o país importador setorna seguro em termos de água e alimentos contanto que tenha uma economiaque seja diversificada, e as pessoas tenham meios de vida que lhes possibilitem comprar alimentos importados. Das 210 economias existentes nomundo, ao menos 160 são economias "importadoras" de água virtual. Há apenascerca de 10 economias que têm um excedente de água significativo que podeser "exportado" em forma virtual. Esses países incluem os Estados Unidos, oCanadá, a Austrália, Argentina e França. O Brasil é, em potencial, o maior"exportador" de água virtual do mundo.
*IHU On-Line - Quais as maiores consequências ambientais para um país como oBrasil, a partir desta consideração de ser o maior exportador de água virtual do mundo? *
*John Anthony Allan* - A forma como usamos a terra e os recursos hídricos no passado negligenciava os impactos ambientais impostos pela agricultura intensiva. Esses custos não se refletem nos preços das commodities alimentícias vendidas e compradas internacionalmente, e nem mesmo nos preços dos alimentos no mercado interno. O Brasil não deveria correr para satisfazer a demanda global por sua água, colocando commodities no mercado mundial a preços que impossibilitem que o ambiente das terras e dos recursos hídricos do Brasil seja usado de modo sustentável.
*IHU On-Line - Como podemos fazer para que essa "água virtual" seja contabilizada e informada para os consumidores? O senhor acredita que isso ajudaria na questão da economia da água?*
*John Anthony Allan* - Será muito difícil fazer com que o valor da água usada na produção de alimentos de origem vegetal e de carne se reflita no preço dos alimentos. Nem os agricultores que produzem as commodities, nem os comerciantes que as tornam disponíveis nas economias importadoras de alimentos, nem seus clientes e consumidores estão conscientes do teor de água embutida nelas e de seu valor. É improvável que a regulamentação cause algum impacto porque os números sobre o teor de água são muito imprecisos e podem ser facilmente questionados. Educar os consumidores é uma forma mais provável de mudar seu comportamento e sua forma de consumo. Os desafios políticos são imensos, especialmente numa economia de mercado.
*IHU On-Line - Qual a importância de se divulgar a "pegada da água" e que tipo de ações deve ser pensado como resposta aos resultados apresentados por essa "água virtual"?*
*John Anthony Allan* - O conceito de "pegada de água" é uma forma muito eficaz de contribuir para conscientizar os agricultores, negociantes, supermercados e consumidores a respeito do teor de água das commodities que eles produzem, vendem ou compram e consomem. A comparação da pegada de água de uma dieta pesada à base de carne de gado que consome 5 m3 de água por dia com a de um vegetariano que consome 2,5 m3 de água por dia apresenta um resultado crasso. Tem-se mostrado que uma dieta pesada à base de carne de gado e outros produtos de origem animal é muito ruim para a saúde de um indivíduo. Ela também é muito ruim para o meio ambiente aquático.
*IHU On-Line - De que forma o tratamento de esgotos contribui para a economia da água? Quanto se gasta de água para fazer um saneamento básico de qualidade?*
*John Anthony Allan* - A maior parte da água é usada para produzir alimentos. Mais de 80% da água que um indivíduo ou uma economia necessita são usados na produção de alimentos. 70% dessa água é água verde - ou seja, água proveniente de chuva que é retida no solo. A maior parte da produção agrícola do Brasil vem dessa água que está no solo. Os outros 30% são constituídos de água azul ou água doce. A água doce vem dos rios e do lençol freático. A água que usamos em casa e para trabalhos que não a agricultura corresponde a entre 10 e 20% da água de que um indivíduo ou uma economia necessita. A proporção depende de quão industrializada é a economia e de quão elevado é o padrão de vida. Os efluentes líquidos e o esgoto são gerados pelo uso doméstico e industrial de água. Mediante um investimento considerável, os efluentes podem ser reutilizados. Mas é preciso lembrar que esses efluentes são sempre uma pequena proporção do total de água de que a sociedade necessita. É cada vez mais possível e apropriado que as economias avançadas invistam na reutilização de efluentes. Mas a decisão política de alocar verbas para investir no tratamento de efluentes urbanos tem de ser ponderada levando em conta o valor do investimento em outros setores, como educação, saúde, comunicações, energia etc. As grandes economias de água podem ser feitas no setor agrícola, onde os volumes de água usados são vastos. Os agricultores tomam conta de toda a água verde. Ao lado com os engenheiros, eles tomam conta de toda a água azul usada na agricultura irrigada. Junto, isto representa 80% da água usada no mundo inteiro. Os agricultores detêm a chave para a segurança da água - especialmente no Brasil.
2-O MUNDO NAVEGA,COME,BEBE ESCREMENTO E VENENO:
"O esgoto está literalmente matando pessoas."disse o diretor da Unep, Achim Steiner

A população mundial está poluindo os rios e oceanos com o despejo de milhões de toneladas de resíduos sólidos por dia, envenenando a vida marinha e espalhando doenças que matam milhões de crianças todo ano, disse a ONU nesta segunda-feira. "A quantidade de água suja significa que mais pessoas morrem hoje por causa da água poluída e contaminada do que por todas as formas de violência, inclusive as guerras", disse o Programa do Meio Ambiente das Nações Unidas (Unep, na sigla em inglês). Em um relatório intitulado "Água Doente", lançado para o Dia Mundial da Água nesta segunda-feira, o Unep afirmou que dois milhões de toneladas de resíduos, que contaminam cerca de dois bilhões de toneladas de água diariamente, causaram gigantescas "zonas mortas", sufocando recifes de corais e peixes.
O resíduo é composto principalmente de esgoto, poluição industrial e pesticidas agrícolas e resíduos animais.
Segundo o relatório, a falta de água limpa mata 1,8 milhão de crianças com menos de 5 anos de idade anualmente.
 Grande parte do despejo de resíduos acontece nos países em desenvolvimento, que lançam 90 por cento da água de esgoto sem tratamento.A diarréia, principalmente causada pela água suja, mata cerca de 2,2 milhões de pessoas ao ano, segundo o relatório, e "mais de metade dos leitos de hospital no mundo é ocupada por pessoas com doenças ligadas à água contaminada."O relatório recomenda sistemas de reciclagem de água e projetos multimilionários para o tratamento de esgoto.Também sugere a proteção de áreas de terras úmidas, que agem como processadores naturais do esgoto, e o uso de dejetos animais como fertilizantes.
"Se o mundo pretende... sobreviver em um planeta de seis bilhões de pessoas, caminhando para mais de nove bilhões até 2050, precisamos nos tornar mais inteligentes sobre a administração de água de esgoto", disse o diretor da Unep, Achim Steiner. "O esgoto está literalmente matando pessoas.
Tráfico internacional de água do Amazonas


O avanço sobre as reservas hídricas do maior complexo ambiental do mundo, segundo os especialistas, pode ser o começo de um processo desastroso para a Amazônia. Captação é feita por super petroleiros no território do Amapá.
08/02/2010
Navios-tanque traficam água de rios da Amazônia
Por Chico Araújo, da Agência Amazônia
BRASÍLIA – É assustador o tráfico de água doce no Brasil. A denúncia está na revista jurídica Consulex 310, de dezembro do ano passado, num texto sobre a Organização Mundial do Comércio (OMC) e o mercado internacional de água. A revista denuncia: “Navios-tanque estão retirando sorrateiramente água do Rio Amazonas”. Empresas internacionais até já criarem novas tecnologias para a captação da água. Uma delas, a Nordic Water Supply Co., empresa da Noruega, já firmou contrato de exportação de água com essa técnica para a Grécia, Oriente Médio, Madeira e Caribe.
Conforme a revista, a captação geralmente é feito no ponto que o rio deságua no Oceano Atlântico. Estima-se que cada embarcação seja abastecida com 250 milhões de litros de água doce, para engarrafamento na Europa e Oriente Médio. Diz a revista ser grande o interesse pela água farta do Brasil, considerando que é mais barato tratar águas usurpadas (US$ 0,80 o metro cúbico) do que realizar a dessalinização das águas oceânicas (US$ 1,50).
Há trás anos, a Agência Amazônia também denunciou a prática nefasta. Até agora, ao que se sabe nada de concreto foi feito para coibir o crime batizado de hidropirataria. Para a revista Consulex, “essa prática ilegal, no então, não pode ser negligenciada pelas autoridades brasileiras, tendo em vida que são considerados bens da União os lagos, os rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seus domínio (CF, art. 20, III).Outro dispositivo, a Lei nº 9.984, de 17 de julho de 2000, atribui à Agência Nacional de Águas (ANA), entre outros órgãos federais, a fiscalização dos recursos hídricos de domínio da União. A lei ainda prevê os mecanismos de outorga de utilização desse direito. Assinado pela advogada Ilma de Camargos Pereira Barcellos, o artigo ainda destaca que a água é um bem ambiental de uso comum da humanidade. “É recurso vital. Dela depende a vida no planeta. Por isso mesmo impõe-se salvaguardar os recursos hídricos do País de interesses econômicos ou políticos internacionais”, defende a autora.
Segundo Ilma Barcellos, o transporte internacional de água já é realizado através de grandes petroleiros. Eles saem de seu país de origem carregados de petróleo e retornam com água. Por exemplo, os navios-tanque partem do Alaska, Estados Unidos – primeira jurisdição a permitir a exportação de água – com destino à China e ao Oriente Médio carregando milhões de litros de água.
Nesse comércio, até uma nova tecnologia já foi introduzida no transporte transatlântico de água: as bolsas de água. A técnica já é utilizada no Reino Unido, Noruega ou Califórnia. O tamanho dessas bolsas excede ao de muitos navios juntos, destaca a revista Consulex. “Sua capacidade [a dos navios] é muito superior à dos superpetroleiros”. Ainda de acordo com a revista, as bolsas podem ser projetadas de acordo com necessidade e a quantidade de água e puxadas por embarcações rebocadoras convencionais.
Há seis anos, o jornalista Erick Von Farfan também denunciou o caso. Numa reportagem no site eco21 lembrava que, depois de sofrer com a biopirataria, com o roubo de minérios e madeiras nobres, agora a Amazônia está enfrentando o tráfico de água doce. A nova modalidade de saque aos recursos naturais foi identificada por Farfan de hidropirataria. Segundo ele, os cientistas e autoridades brasileiras foram informadas que navios petroleiros estão reabastecendo seus reservatórios no Rio Amazonas antes de sair das águas nacionais.Farfan ouviu Ivo Brasil, Diretor de Outorga, Cobrança e Fiscalização da Agência Nacional de Águas. O dirigente disse saber desta ação ilegal. Contudo, ele aguarda uma denúncia oficial chegar à entidade para poder tomar as providências necessárias. “Só assim teremos condições legais para agir contra essa apropriação indevida”, afirmou.O dirigente está preocupado com a situação. Precisa, porém, dos amparos legais para mobilizar tanto a Marinha como a Polícia Federal, que necessitam de comprovação do ato criminoso para promover uma operação na foz dos rios de toda a região amazônica próxima ao Oceano Atlântico. “Tenho ouvido comentários neste sentido, mas ainda nada foi formalizado”, observa.
Águas amazônicas
Segundo Farfan, o tráfico pode ter ligações diretas com empresas multinacionais, pesquisadores estrangeiros autônomos ou missões religiosas internacionais. Também lembra que até agora nem mesmo com o Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam) foi possível conter os contrabandos e a interferência externa dentro da região.A hidropirataria também é conhecida dos pesquisadores da Petrobrás e de órgãos públicos estaduais do Amazonas. A informação deste novo crime chegou, de maneira não oficial, ao Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM), órgão do governo local. “Uma mobilização até o local seria extremamente dispendiosa e necessitaríamos do auxílio tanto de outros órgãos como da comunidade para coibir essa prática”, reafirmou Ivo Brasil.
A captação é feita pelos petroleiros na foz do rio ou já dentro do curso de água doce. Somente o local do deságüe do Amazonas no Atlântico tem 320 km de extensão e fica dentro do território do Amapá. Neste lugar, a profundidade média é em torno de 50 m, o que suportaria o trânsito de um grande navio cargueiro. O contrabando é facilitado pela ausência de fiscalização na área.Essa água, apesar de conter uma gama residual imensa e a maior parte de origem mineral, pode ser facilmente tratada. Para empresas engarrafadoras, tanto da Europa como do Oriente Médio, trabalhar com essa água mesmo no estado bruto representaria uma grande economia. O custo por litro tratado seria muito inferior aos processos de dessalinizar águas subterrâneas ou oceânicas. Além de livrar-se do pagamento das altas taxas de utilização das águas de superfície existentes, principalmente, dos rios europeus. Abaixo, alguns trechos da reportagem de Erick Von Farfan:O diretor de operações da empresa Águas do Amazonas, o engenheiro Paulo Edgard Fiamenghi, trata as águas do Rio Negro, que abastece Manaus, por processos convencionais. E reconhece que esse procedimento seria de baixo custo para países com grandes dificuldades em obter água potável. “Levar água para se tratar no processo convencional é muito mais barato que o tratamento por osmose reversa”, comenta.O avanço sobre as reservas hídricas do maior complexo ambiental do mundo, segundo os especialistas, pode ser o começo de um processo desastroso para a Amazônia. E isto surge num momento crítico, cujos esforços estão concentrados em reduzir a destruição da flora e da fauna, abrandando também a pressão internacional pela conservação dos ecossistemas locais.Entretanto, no meio científico ninguém poderia supor que o manancial hídrico seria a próxima vítima da pirataria ambiental. Porém os pesquisadores brasileiros questionam o real interesse em se levar as águas amazônicas para outros continentes. O que suscita novamente o maior drama amazônico, o roubo de seus organismos vivos. “Podem estar levando água, peixes ou outras espécies e isto envolve diretamente a soberania dos países na região”, argumentou Martini.A mesma linha de raciocínio é utilizada pelo professor do Departamento de Hidráulica e Saneamento da Universidade Federal do Paraná, Ary Haro. Para ele, o simples roubo de água doce está longe de ser vantajoso no aspecto econômico. “Como ainda é desconhecido, só podemos formular teorias e uma delas pode estar ligada ao contrabando de peixes ou mesmo de microorganismos”, observou.
Essa suposição também é tida como algo possível para Fiamenghi, pois o volume levado na nova modalidade, denominada “hidropirataria” seria relativamente pequeno. Um navio petroleiro armazenaria o equivalente a meio dia de água utilizada pela cidade de Manaus, de 1,5 milhão de habitantes. “Desconheço esse caso, mas podemos estar diante de outros interesses além de se levar apenas água doce”, comentou.
Segundo o pesquisador do Inpe, a saturação dos recursos hídricos utilizáveis vem numa progressão mundial e a Amazônia é considerada a grande reserva do Planeta para os próximos mil anos. Pelos seus cálculos, 12% da água doce de superfície se encontram no território amazônico. “Essa é uma estimativa extremamente conservadora, há os que defendem 26% como o número mais preciso”, explicou.Em todo o Planeta, dois terços são ocupados por oceanos, mares e rios. Porém, somente 3% desse volume são de água doce. Um índice baixo, que se torna ainda menor se for excluído o percentual encontrado no estado sólido, como nas geleiras polares e nos cumes das grandes cordilheiras. Contando ainda com as águas subterrâneas. Atualmente, na superfície do Planeta, a água em estado líquido, representa menos de 1% deste total disponível.A previsão é que num período entre 100 e 150 anos, as guerras sejam motivadas pela detenção dos recursos hídricos utilizáveis no consumo humano e em suas diversas atividades, com a agricultura. Muito disto se daria pela quebra dos regimes de chuvas, causada pelo aquecimento global. Isto alteraria profundamente o cenário hidrológico mundial, trazendo estiagem mais longas, menores índices pluviométricos, além do degelo das reservas polares e das neves permanentes.Sob esse aspecto, a Amazônia se transforma num local estratégico. Muito devido às suas características particulares, como o fato de ser a maior bacia existente na Terra e deter a mais complexa rede hidrográfica do planeta, com mais de mil afluentes. Diante deste quadro, a conclusão é óbvia: a sobrevivência da biodiversidade mundial passa pela preservação desta reserva.Mas a importância deste reduto natural poderá ser, num futuro próximo, sinônimo de riscos à soberania dos territórios panamazônicos. O que significa dizer que o Brasil seria um alvo prioritário numa eventual tentativa de se internacionalizar esses recursos, como já ocorre no caso das patentes de produtos derivados de espécies amazônicas. Pois 63,88% das águas que formam o rio se encontram dentro dos limites nacionais.Esse potencial conflito é algo que projetos como o Sistema de Vigilância da Amazônia procuram minimizar. Outro aspecto a ser contornado é a falta de monitoramento da foz do rio. A cobertura de nuvens em toda Amazônia é intensa e os satélites de sensoriamento remoto não conseguem obter imagens do local. Já os satélites de captação de imagens via radar, que conseguiriam furar o bloqueio das nuvens e detectar os navios, estão operando mais ao norte.As águas amazônicas representam 68% de todo volume hídrico existente no Brasil. E sua importância para o futuro da humanidade é fundamental. Entre 1970 e 1995 a quantidade de água disponível para cada habitante do mundo caiu 37% em todo mundo, e atualmente cerca de 1,4 bilhão de pessoas não têm acesso a água limpa. Segundo a Water World Vision, somente o Rio Amazonas e o Congo podem ser qualificados como limpos.
COMENTÁRIOS E LINKS:
Realmente é assustador… a omissão governamental que omissa e conivênte nada faz para proteger o patrimônio brasileiro.
 http://mudancaedivergencia.blogspot.com/2011/02/principe-charles-e-os-aquiferos.html
 http://mudancaedivergencia.blogspot.com/2010/12/americanos-vendendo-agua-da-amazonia.html 

Um comentário:

Marilda Oliveira disse...

Realmente é assustador… a omissão governamental que omissa e conivênte nada faz para proteger o patrimônio brasileiro.
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