IMPOSTOS EM SÃO PAULO

sexta-feira, 18 de março de 2011

Revolta dos Operários na Usina Hidrelétrica de Jirau_Click no título

Nota do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) sobre a revolta dos operários na Usina Hidrelétrica de Jirau, em Rondônia
Greve dos operários da Usina de Santo Antônio, no rio Madeira, Rondônia
Nesta semana acompanhamos a revolta dos operários na Usina Hidrelétrica de Jirau contra as empresas que controlam a barragem. Existem informações de que os mais de 15 mil operários da obra estão em situação de superexploração, com salários extremamente baixos, longas jornadas e péssimas condições de trabalho, que existe epidemia de doenças dentro da usina e não existe atendimento adequado de saúde, que o transporte dos operários é de péssima qualidade, sofrem com a falta de segurança e que mais de 4.500 operários estão ameaçados de demissão. Esta é a realidade da vida dos operários.
Esta situação tem como principal responsável os donos da usina de Jirau, o Consórcio formado pela transnacional francesa Suez, pela Camargo Corrêa e pela Eletrosul. As revoltas dos operários dentro das usinas tem sido cada vez mais frequentes e isso é fruto da brutal exploração que estas empresas transnacionais impõem sobre seus trabalhadores.
Há pouco tempo houve revolta na usina de Foz do Chapecó, também de propriedade da Camargo Corrêa, em 2010 houve a revolta dos operários da usina de Santo Antonio e agora temos acompanhado a revolta dos operários da usina de Jirau.
As empresas construtoras de Jirau são as mesmas que foram denunciadas em recente relatório de violação de Direitos Humanos, aprovado pelo Governo Federal, que constatou que existe um padrão de violação dos direitos humanos em barragens e de criminalização, sendo que 16 direitos têm sido sistematicamente violados na construção de barragens. Os atingidos por barragens e os operários tem sido as principais vítimas.
A empresa Suez, principal acionista de Jirau, é dona da Barragem de Cana Brava, em Goiás, e Camargo Corrêa é dona da usina de Foz do Chapecó, em Santa Catarina. Essas duas hidrelétricas também foram investigadas pela Comissão Especial de Direitos Humanos em que foi comprovada a violação. Estas empresas tem uma das piores práticas de tratamento com os atingidos e com seus operários.
Em junho de 2010, o MAB já havia alertado a sociedade que em Jirau havia indícios e denúncias, que circularam na imprensa local, de que as empresas donas da Usina de Jirau haviam contratado ex-coronéis do exército para fazer uma espécie de trabalho para os donos da usina de Jirau e não seria surpresa se estes indivíduos contratados pelas empresas promovessem ataques ou sabotagens contra os operários e atingidos, para jogar uns contra os outros e/ou criminalizar nossas organizações e sindicatos.
A revolta dos operários é reflexo desse autoritarismo e da ganância pela acumulação de riqueza através da exploração da natureza e dos trabalhadores. Prova desse autoritarismo e intransigência é que estas empresas se  negam a dialogar com os atingidos pela usina e centenas de famílias terão seus direitos negados. As consequências vão muito além disso, pois nesta região se instalou os maiores índices de prostituição e violência.
Em 2011, O MAB completa 20 anos de luta e os atingidos comemoram a resistência nacional, mas também denunciam que estas empresas não tem compromisso com a população atingida e nem com seus operários. Recebem altas taxas de lucro que levam para seus países e o povo da região fica com os problemas sociais e ambientais.
O MAB vem a público exigir o fim da violação dos direitos humanos em barragens e esperamos que as reivindicações por melhores condições de trabalho e vida dos operários sejam atendidas.
Água e energia não são mercadorias!
Coordenação Nacional Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB)
ANÁLISE DO CIENTÍSTA POLÍTICO SERGIO ABRANTES:


O Grupo de Pesquisa de Ciências Ambientais do Instituto de Estudos Avançados da USP comunica e convida:
BELO MONTE: IMPACTOS E ALTERNATIVAS DE GERAÇÃO DE ENERGIA
24/03/2011 das 14h00 às 17h30
Auditório Oswaldo Fadigas
Av. Prof. Luciano Gualberto, Trav. 3, número 71
Prédio do CCE/USP – Cidade Universitária, São Paulo, SP
transmissão ao vivo na web em www.iptv.usp.br
não há necessidade de inscrição prévia

O evento pretende discutir alternativas de geração de energia no Brasil, o que se torna fundamental diante do crescimento econômico verificado recentemente.
É preciso buscar meios de ampliar a oferta de energia, para a inclusão social ou para viabilizar o modelo exportador de commodities que perdura no país?
Além disso, qual a melhor forma de gerar energia frente aos desafios da conservação ambiental, um dos maiores legados do Brasil ao mundo e às gerações futuras?
Para discutir esses aspectos foram convidados especialistas que apresentarão seus pontos de vista relacionados ao licenciamento ambiental e aos aspectos técnicos que a hidrelétrica de Belo Monte, na Amazônia, acarretará, se for construída.

Coordenação: Wagner Costa Ribeiro, IEA e FFLCH/USP

Debatedores:
Andrea Zhouri, UFMG
Celio Bermann, IEE/USP
Frederico Mauad, EESC/USP
GENTILEZA Profs Heleno Correa e Barbara Segall
NOTÍCIAS DIA 21 de marco de 2011
Conflitos em Jirau

Força Sindical e UGT protestam em SP em frente a Camargo Corrêa 

A Força Sindical e a UGT farão amanhã (dia 22), às 15h, protesto em frente o escritório da Camargo Corrêa, em São Paulo. As centrais sindicais exigem melhores condições de trabalho para os funcionários de obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), como a Usina Jirau, situada em Rondônia. “Queremos providências sobre a situação de trabalho degradanteenvolvendo os operários das obras do PAC. Não podemos permitir que trabalhadores vivam, ainda, em situação análoga à escravidão no País”, afirma o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho que também vai entrar com requerimento na Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados cobrando explicações da direção da Camargo Corrêa sobre os problemas trabalhistas e irregularidades nas obras de Jirau. 

MEMÓRIA DO BLOG
Em 2009 este artigo colocava a VULNERABILIDA ambiental e as questões sobre estas 
construções: quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

"MITOLOGIA DOS ÍNDIOS DA AMAZONIA,AS ALTERAÇÕES CLI...":

MOVIMENTO ATINGIDOS POR BARRAGENS
  http://www.mabnacional.org.br/ 
http://www.mabnacional.org.br/?q=category/tema/encontro-das-mulheres-atingidas-por-barragens-brasilia-2011

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