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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Desmatamento no Pará e as mudanças climáticas



Os danos causados pelo aumento da temperatura do planeta também irão alcançar um dos mais ameaçados biomas brasileiros, como mostra um estudo da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). As mudanças climáticas podem reduzir à metade as áreas de potencial ocorrência de 38 espécies da flora nativa do bioma. Além disso, é possível que florestas que hoje ocupam a região Sudeste do Brasil se desloquem para o Sul, onde essa vegetação encontraria novas condições propícias para o seu desenvolvimento.
Esse é o quadro traçado pelo biólogo Alexandre Colombo em sua dissertação de mestrado, apresentada ao Instituto de Biologia da Unicamp. A partir do cruzamento de informações dos mapas confeccionados em 2001 pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) com dados geográficos atuais sobre a distribuição das 38 espécies que, juntas, caracterizam a vegetação típica da mata atlântica, ele elaborou três cenários distintos para o bioma: o atual, um com previsões mais otimistas e outro com perspectivas mais pessimistas.

No quadro atual, o que se percebe é a contínua diminuição da mata atlântica, devido a fatores como o rápido crescimento das cidades, o avanço das práticas agrícolas e o extrativismo sem controle. Restam hoje apenas 7,3% de sua vegetação nativa. “Atualmente, a mata atlântica sofre de problemas muito graves e o aquecimento global só viria a complicar ainda mais a situação”, alerta o pesquisador.

...Mudanças locais, conseqüências nacionais
Bruscas alterações na mata atlântica – como as que já ocorrem hoje – afetarão a vida de todos os brasileiros, e não apenas daqueles que vivem em suas proximidades. Isso é possível porque praticamente todos os biomas do Brasil estão relacionados."
DA TESE DE MESTRADO DO BIÓLOGO ALEXANDRE COLOMBO
http://cienciahoje.uol.com.br/111458

POR QUE SE DESMATA TANTO?
Segundo a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, a expansão do cultivo da soja e das áreas destinadas à pecuária e o fornecimento de árvores para as siderúrgicas de ferro-gusa podem estar por trás do aumento do desmatamento.
A ministra disse que o aumento do preço da madeira e das commodities estaria tornando o desmatamento ainda mais atraente.

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