Você falou e o mercado ouviu.Após dois meses de campanha e intensa participação de vocês,
ciberativistas, a Nestlé decidiu alterar sua política de compras e parar de
financiar o desmatamento das florestas tropicais da Indonésia. A empresa se comprometeu a identificar e excluir de sua lista de fornecedores companhias que possuam ou
gerenciem plantações ou fazendas de alto risco ligadas ao desmatamento.
Nesse grupo entraria, por exemplo, a Sinar Mas, a maior produtora de óleo de
dendê e de papel e celulose da Indonésia, caso não siga a nova política da
Nestlé, e intermediadoras como a Cargill, que compram da Sinar Mas. O Greenpeace acompanhará esse compromisso para que ele não fique
só no papel. E, se preciso, acionaremos a participação dos ciberativistas. Fique
atento.
Porém, pela necessidade de se disciplinar o mercado, nove
organizações, incluindo o Greenpeace, e a Associação de Produtos da Floresta
(APF), relacionada à fabricação de derivados de madeira estabeleceram um acordo
histórico. Nele, a APF se compromete com uma moratória de três anos no corte de
floresta pública e com padrões de manejo ambiental.
O que isso significa? Significa que, por três anos, 72 milhões
de hectares estarão protegidos, sendo 40% disso Floresta Boreal. Significa
também que planos de longo prazo serão implementados para recuperar a floresta e
proteger espécies ameaçadas.
Enquanto isso, na Amazônia, mesmo após várias iniciativas que
reforçam essa tendência regulatória, como a proibição
de corte do mogno e moratória da soja, a bancada ruralista segue na
contramão do que o mercado demanda e a sociedade exige. Os deputados investem
contra a legislação ambiental brasileira e tentam aprovar alterações que
permitiriam ampliar o desmatamento em nossas
florestas.
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário