Campinas, 26 de novembro de
2010,
Gente amiga e
querida de perto e de longe,
Gente que
preparou o dia 22 de outubro;
Gente que
tocou, cantou, dançou, falou ou foliou, e mais quem esteve presente de qualquer
outra maneira,
Este é apenas um bilhete para dizer a vocês algo que
valha como um... VALEU! Ou
como um “muito obrigado!”
De todas as solenidades, homenagens, títulos e
equivalentes, nenhuma aconteceu como a de nossa tarde e noite DE LUA CHEIA EM
22 DE OUTUBRO.
Até mesmo a Lua
Cheia apareceu. E vejam que ela veio contrariando o dito popular: “Lua Cheia de Setembro trovejada, nove luas
seguintes vêm molhadas”. Mas até choveu nas montanhas do Vale da Pedra Branca,
na noite seguinte, ainda na “quadra da Cheia”.
Lembro de cara uma última cena. Já na hora de eu ir
embora do Casarão, as Caixeiras da Guia e mais outras pessoas, entre caixas,
palmas e violas, cantando e dançando em volta da fogueira acesa. No céu, uma
enorme lua cheia de outubro.
Foi um evento feliz porque, como eu disse na minha fala
(longa demais, eu sei), a nossa
“homenagem” virou um “encontro e, como um encontro, foi algo
vivido entre pessoas e, não, com pessoas através de instituições.
Valeu pela alegria, pelos depoimentos de pessoas tão
queridas como Rachel (e mais Regina (Tia Rê), Jôse e Têca, maestrinas da
orquestra do que houve e aconteceu) , Emília (a mestranda que agora me dá aulas
de antropologia), Régis (“João-Francisco Régis de Moraes... destes antes havia
poucos, e agora, fora ele, nem tem mais!”), Padilha (educador sábio que ensina
cantando com violão em punho) Severino Antônio (poeta de sábias palavras e
longos silêncios), Marcos Sorrentino (batalhador do verde e da vida) e outras
tantas pessoas.
E tudo começando
com o “Hino do Sul de Minas” e da
ROSA DOS VENTOS, entre viola e violão de João Arruda e Fernando Guimarães (“A
lua nasce no ventre de Minas/ entre colinas e quaresmais...”) E a viola que faz os anjos dos céus pararem
de cantar para Deus ouvir só ela, de
Ivan Vilela(“Ilivani Viola”, que me chama de “Capitão Barandão”). E mais o que
houve de fala, canto e silêncio. E a felicidade de entrever uma vez mais diante
de mim, gente que entre aulas e caminhos de arte e de pesquisa, atravessa minha
vida desde a década dos anos sessenta. A começar por Maria Alice (julho de
1964).
E, quando ninguém esperava mais nada, aquela chegada da
Folia de Santos Reis.
Vi gente à minha volta aos prantos. E vejam que até hoje eu só tinha visto gente chorar em
chegada de Santos Reis, nas festas de roça do povo! Eu, antigo aprendiz de
“macho carioca”, fazendo força e mordendo os lábios para não cair no choro, mas
com os olhos cheios de água.
E depois o casarão. O carinho de quem decorou cada pedaço
daquele lugar bendito. E a comilança. E os cantorios. E o vídeo de arte e
sensibilidade dos vários momentos do “Carlos”, a começar pela foto de um
momento da escalada de conquista do Paredão Baden Powell, no “Irmão Maior do
Leblon” em 1960, creiam! Os toques de
caixas das Caixeiras da Guias (não perder o novo CD delas). E mais aquele vídeo
que a “turma de Minas” mandou de Belo Horizonte, com rostos queridos que vejo
sempre aqui e ali, e rostos (Iizinho, Giza e outras gentes) que eu não via
desde há tantos anos. E, não esquecer, o carinho com que Dete preparou a
harmonia floral do ambiente, com flores
em arranjos de que ela é mestra, e pequenos vasos de ikebana pra quem quiser levar pra casa.
Terei esquecido alguém
ou algo?
Assim sendo, pra quem veio e quem não veio, pra quem
estava lá e pra quem (como Sueli Terezinha) mandou de longe mensagem coletiva
de carinho e arte, pra quem ouviu e
sentiu, pra quem cantou e falou, tocou e dançou, floriu e cozinhou, pra quem
organizou e quem curtiu, pra quem trouxe a Folia de Reis, pra quem é dela e
encheu um solene salão de UNICAMP de música do povo e bênçãos de Santos
Reis, e pra quem naquela hora se tocou
como eu, como nós... que fiquem aqui três despedidas de gratidão: as bênçãos do
saber do povo, uma frase e Manoel de Barros, e uma lembrança de Adélia Prado,
SANTOS REIS AQUI
CHEGOU
TOCANDO E CANTANDO
HINO,
QUE O SENHOR E SUA FAMÍLIA
TENHA AS BENÇÃOS DO DIVINO!
Cantorio tradicional de Companhias de Santos Reis
O MELHOR DE MIM SÃO OS OUTROS
Manuel de Barros
EU SEMPRE SONHO
QUE UMA COISA GERA.
NUNCA NADA ESTÁ
MORTO.
O QUE NÃO
PARECE VIVO, ADUBA.
O QUE PARECE
ESTÁTICO, ESPERA.
Adélia Prado
Estivemos junt@s!
Estamos junt@s!
Estejamos junt@s!”
Carlos Brandão
COMENTÁRIOS
Angélica Cores ( da Argentina)
COMENTÁRIOS
Angélica Cores ( da Argentina)
-
a Patagonia tambem tuvo seu encontro mais solitario com a lua
BRANDAO, vc me da paz com seu casa da amizade
algum dia estarei con vc la parabens em seu aniversario Angélica
Tia Rafaela!!!! disse...oi.....postei umas tarefas legais sobrehalloween vai lá ver.tô te esperando!!
xerinho da tia rafaela.
http://tia-rafaela.blogspot.com/
Michele Meneses escreveu: - Cara Odila,Muito bom teu blog!Com certeza esses encontros
engrandecem, rejuvenecem e nos dao forças a continuar na luta cotidiana,
principalmente luta por melhorias da nossa sociedade.E o Brandao sera sempre
o Brandao!!!! Adoro-o e o referencio muito quando escrevo sobre educaçao,
imagino quanta troca de energia boa deve ter sido esse encontro.Um
abraço apertado do extremo sul, Michele Meneses
ANDRÉ disse :
Fabuloso Brandão, lindo compartilhamento de gentes, povo, pessoas, amigos, humanos, alegrias e seres. Bonito relato seu. Boa descrição de um professor que antes de tudo é um amigo de todos, da vida, mas com nome de Antropólogo... Viva você e o compartilhamento da vida festada, cantada e descrita.
6 comentários:
a Patagonia tambem tuvo seu encontro
mais solitario com a lua
BRANDAO
vc me da paz com seu casa da amizade
algum dia estarei con vc la
parabens em seu aniversario
Angélica
oi.....postei umas tarefas legais sobrehalloween vai lá ver.tô te esperando!!
xerinho da tia rafaela
Angelica e Tia Rafaela,obrigada pela participação de vocês! Abraços Odila
Fabuloso Brandão,
lindo compartilhamento de gentes, povo, pessoas, amigos, humanos, alegrias e seres. Bonito relato seu. Boa descrição de um professor que antes de tudo é um amigo de todos, da vida, mas com nome de Antropólogo... Viva você e o compartilhamento da vida festada, cantada e descrita.
Fabuloso Brandão,
lindo compartilhamento de gentes, povo, pessoas, amigos, humanos, alegrias e seres. Bonito relato seu. Boa descrição de um professor que antes de tudo é um amigo de todos, da vida, mas com nome de Antropólogo... Viva você e o compartilhamento da vida festada, cantada e descrita.
Fabuloso Brandão,
lindo compartilhamento de gentes, povo, pessoas, amigos, humanos, alegrias e seres. Bonito relato seu. Boa descrição de um professor que antes de tudo é um amigo de todos, da vida, mas com nome de Antropólogo... Viva você e o compartilhamento da vida festada, cantada e descrita.
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