IMPOSTOS EM SÃO PAULO

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

OS SERTÕES e a invenção de um Brasil Profundo

plantação de algodão por japoneses nos sertões - sec XXI
Euclides da Cunha, Os Sertões e a invenção de um Brasil profundo

Ricardo de Oliveira
Doutorando Univerdidade Federal do Rio de Janeiro
RESUMO
Há um século nascia Os Sertões, verdadeiro monumento da cultura literária brasileira. Indissociável à própria idéia de Brasil, o livro foi considerado, ao longo desse período, como obra essencialmente nacional, a desvelar um Brasil profundo e autêntico. No entanto, poucas vezes se questionaram as conflituosas relações entre os conceitos de sertão e nação existentes no pensamento de Euclides da Cunha. Neste sentido, propomo-nos aqui a discutir esse problema, tomando como ponto de referência boa parte do corpus textual euclidiano. Procuramos compreender como o escritor, ao mesmo tempo em que constrói o mito da brasilidade sertaneja, vivencia-o de forma singularmente dramática. 

http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-01882002000200012&script=sci_arttext  
 ou veja imagens de um Brasil Profundo neste site :
http://desinformemonos.org/2011/03/transposicion-del-rio-san-francisco/
Palavras-chave: Euclides da Cunha; Os Sertões; identidade nacional.

EMBRAPA, AFINAL POR QUE ORIENTOU CIENTISTAS A NÃO PARTICIPAR DO SEMINÁRIO NA CÂMARA SOBRE O CÓDIGO FLORESTAL?

Especialistas falariam sobre trabalho que aborda a importância da floresta preservada para a agricultura
Alberto César Araújo/Folhapress
vista aerea do desmatamento em MT-soja

CLAUDIO ANGELO de Brasilia
Pesquisadores da Embrapa foram impedidos de participar de um seminário para debater o Código Florestal na última terça-feira, na Câmara dos Deputados.
Segundo o órgão, não houve veto, apenas uma "orientação" para que os cientistas evitassem falar "em nome da Embrapa" sobre o tema, já que oficialmente a empresa não tem ainda opinião sobre o assunto, ainda em discussão no governo.
Cientistas que apresentaram seus dados no seminário, porém, queixam-se de censura aos colegas.
A Embrapa é parte do grupo de trabalho constituído em julho pela SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência) e pela ABC (Academia Brasileira de Ciências) para examinar as evidê ncias sobre as relações entre ambiente e agricultura.
O grupo revisou mais de 300 publicações científicas e finalizou um relatório que visa subsidiar a mudança no Código Florestal, a ser votada na Câmara em março. No encontro da última terça, convocado pela Frente Parlamentar Ambientalista, os pesquisadores da Embrapa apenas exporiam algumas conclusões do relatório. Foi o que fizeram outros membros do grupo de trabalho da SBPC, ligados a instituições como USP, Unicamp, Inpe e Ministério da Ciência e Tecnologia -que tampouco têm posição oficial sobre o tema, mas liberaram seus cientistas para falar.
TENSÃO
A Embrapa é subordinada ao Ministério da Agricultura, tradicional rival da área ambiental. A pasta apoiou a reforma no código em análise, proposta pelo deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) e criticada por ambientalistas. Segundo cientistas, algumas das conclusões do relatório da SBPC irritam o mini stério, como a recomendação de que áreas de preservação permanente não sejam reduzidas, como propõe Rebelo -já que a lei atual não lhes dá suficiente proteção. O fundador da Embrapa e ex-ministro da Agricultura Alisson Paulinelli, que integrou o grupo da SBPC, chegou a pedir para ser excluído dele por considerar o sumário executivo do relatório "faccioso". O sumário teve uma nova redação e está na página da SBPC na internet (http://www.sbpcnet.org.br/).

CORRENTES
As palestras de dois técnicos da Embrapa haviam sido acertadas na última sexta-feira com a SBPC. Eles apresentariam uma das principais conclusões do relatório: a de que a ausência de insetos polinizadores, como abelhas, provoca queda de produtividade de 40% a 100% em oito culturas comerciais (algodão, café, soja, maracujá, caju, pêssego, melão e laranja).
Como esses insetos se refu giam na vegetação nativa, existe um bom motivo econômico para o agricultor manter as matas. Na segunda-feira, porém, um dos pesquisadores, da Embrapa Meio Ambiente, em Jaguariúna (SP), mandou um e-mail ao grupo afirmando ter recebido ordem superior para não falar na Câmara. Um terceiro cientista, da Embrapa Florestas, recebeu, segundo testemunha,ligação de sua chefia horas antes do seminário com a ordem para que não comparecesse. O deputado federal e ex-ministro da Agricultura Reinhold Stephanes (PMDB-PR), que esteve no seminário, se ressentiu da ausência da Embrapa. "É um negócio meio surrealista", afirmou. "Para um debate desses dar certo, é preciso ter cientistas de várias [correntes]."
Procurados pela Folha, os pesquisadores não comentaram o caso.
instalação da Nestlé-90 ano da Folha

I SIMPÓSIO BRASILEIRO DE SAÚDE AMBIENTAL MOÇÃO DE REPÚDIO A TKCSA EM SOLIDARIEDADE À POPULAÇÃO DE SANTA CRUZ E PELO DIREITO À SAÚDE(parte II) CAMPNHA:"Não deixe que a TKCSA ganhe a Licença Definitiva de Operação!"

 Em 17 de setembro de 2010 foi realizada a Missão de Solidariedade e Investigação de Denúncias"em Santa Cruz" constituída por técnicos, pesquisadores, legisladores, personalidades e militantes atuantes nas áreas de direitos humanos, meio ambiente e saúde, além de veículos de imprensa. A missão objetivou prestar solidariedade às comunidades de Santa Cruz que vêm sendo diretamente afetadas pelo agravamento da poluição industrial no território, causada pelo início das operações da  ThyssenKrupp Companhia Siderúrgica do Atlântico (TKCSA), além de coletar informações para subsidiar a elaboração de um dossiê técnico a ser encaminhado a poderes públicos executivos, legislativos e judiciários. Pesquisadores da Fiocruz estiveram presentes e constataram com os integrantes da missão, dentre eles a deputada alemã no Parlamento Europeu Gabriele Zimmer (GUE/NGL – Esquerda Nórdica Verde) os graves riscos à saúde da população de Santa Cruz, em especial das condições de vulnerabilidade socioambiental das comunidades de baixa renda, localizadas nas áreas contíguas ao complexo siderúrgico, submetidas à poluição atmosférica. O território de Santa Cruz, localizado no município do Rio de janeiro, é marcado historicamente pela instalação de grandes complexos industriais baseados em uma matriz energética e em processos produtivos altamente poluidores, a exemplo dos graves impactos socioambientais causados pela falida Ingá Mercantil. A história de violação dos direitos sociais, ambientais, econômicos e culturais se mantém configurando-se em um território de sacrifício caracterizado pela moradia de comunidades de baixa renda, sem infraestrutura, onde se instalam fábricas poluentes, que através de seus resíduos, efluentes e emissões resultam na poluição hídrica, atmosférica e edáfica, trazendo impactos ambientais negativos à saúde ambiental. A TKCSA foi multada em R$1,8 milhão pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA) do Rio de Janeiro. É objeto de mais de nove ações civis públicas. Em 2 de dezembro, o Ministério Público do Estado do RJ, através de ação ajuizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO),denuncia a TKCSA por crimes ambientais, responsabilizando o diretor de projetos e o gerente ambiental da companhia. A empresa é alvo de diversas manifestações coletivas e de denúncias dos moradores, apesar destes sofrerem ameaças e intimidações. Não obstante, o poder econômico e a influência política do empreendimento ainda mantém a atual violação dos direitos ACESSE O TEXTO TODO CLICANDO NO TÍTULO DESTE POST
18 jun. 2010 ... SÃO PAULO - A Vale e a alemã ThyssenKrupp inauguraram hoje a Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), em Santa Cruz, na zona oeste do Rio ...
oglobo.globo.com/.../thyssenkrupp-vale-inauguram-companhia-siderurgica-do-atlantico-916916977.asp - Em cache

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

POEIRA DE MINÉRIO ENCOBRE MORADORES DE SEPITIBA E MANGARATIBA-clic no título


Poeira de Minério que cobre a cidade
Poeira de Minério que cobre a cidade

Não deixe que a TKCSA ganhe a Licença Definitiva de Operação!

Estamos em uma campanha para impedir a licença de operação definitiva da siderúrgica TKCSA. Esta empresa está operando de maneira a tornar a vida das pessoas que moram no seu entorno – pescadores, mulheres, crianças, trabalhadores/as – um verdadeiro flagelo. Além de todos os problemas causados ao meio ambiente e a Baia de Sepetiba, a siderúrgica esta causando sérios danos à saúde (especialmente doenças respiratórias, infecções de olhos e pele) dos moradores do bairro de Santa Cruz. As pessoas estão sentindo literalmente “na pele” o preço de um suposto “progresso”…A TKCSA pertence à ThyssenKrupp (Alemanha) e à Vale. São duas empresas que sistematicamente desrespeitam os direitos humanos, passando por cima das pessoas e do meio ambiente. A ThyssenKrupp não faz na Alemanha o que faz aqui. Responsabilizamos o governo do Rio e seus secretários, Carlos Minc e Marilene Ramos, por permitir explicitamente que tudo isto aconteça, e por quererem dar a licença definitiva de operação para uma empresa que está impunemente violando a legislação ambiental, e passando por cima da vida.Pedimos que compareçam ao ato e assinem e repassem para o maior número de pessoas a petição. Leia a ficha completa desse conflito socio-ambiental no site do Mapa de Injustiça Ambiental e Saúde no Brasil:http://www.conflitoambiental.icict.fiocruz.br/index.php?pag=ficha&cod=109
Para mais informações:

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

SOCIEDADE BRASILEIRA PARA O PROGRESSO DA CIENCIA - Estudo sobre a REFORMA DO CÓDIGO FLORESTAL- click no título

 Cientistas divulgaram resumo executivo de estudo que aponta a reforma do Código Florestal como um retrocesso que poderá causar graves e irreversíveis consequencias ambientais, sociais e econômicas.Desde junho de 2010 um Grupo de Trabalho(GT) formado por cientistas trabalha na construção de um embasamento científico para subsidiar o debate sobre o Código Florestal. No último dia 07 de fevereiro, o resumo executivo deste GT constituído pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência - SBPC e pela Academia Brasileira de Ciência - ABC foi tornado público no site da SBPC.Sua conclusão é clara: “retrocessos neste momento terão graves e irreversíveis consequências ambientais, sociais e econômicas”. Ao contrário, o estudo aponta, com base em informações técnicas que precisam ser consideradas no debate, que a “legislação ambiental brasileira, que já obteve importantes avanços, precisa de revisões para refletir, ainda mais, a importância e o potencial econômico de seu patrimônio natural único”.Contudo, sob alegação das duas instituições de necessidades de adequação de forma e de aprovação pelas respectivas presidências, o documento foi retirado do site da SBPC no dia seguinte da sua divulgação.
Dar publicidade ao documento e levar em consideração suas recomendações é crucial neste momento para reforçar entre os parlamentares a consciência da importância de aprofundar os debates, com participação de cientistas e da sociedade civil. O Substitutivo aprovado pela Comissão Especial se levado a plenário agora, será apreciado por um plenário onde 46% dos deputados não participaram dos debates sobre o Código Florestal. Neste cenário, a construção de uma legislação ambiental que avance na compatibilização da produção e conservação precisa ser novamente discutida à luz da ciência.
Veja alguns impactos previstos pelos cientistas caso sejam aprovadas as
alterações  pretendidas pelo Substitutivo ao Código Florestal.
Propostas de alteração (Substitutivo)Posição dos cientistas
1 – Redução da APP de 30 para 15 metros nos rios com até 5 m de largura. (Art. 4; I; a)Estas faixas compõem mais de 50% em extensão da rede de drenagem. Esta redução resultaria uma diminuição de 31% na área protegida pelas APPs ripárias.
2 – Alteração no bordo de referência das faixas marginais dos cursos d´água que passaria a ser desde a borda do leito menor ( e não a partir da margem mais alta como é no atual Código Florestal). (Art 4; I)2 - Esta alteração no bordo de referência significaria perda de 60% de proteção para essas áreas.
3 – Retirada dos “topos de morros, montes, montanhas e serras” da definição de APPs (conforme atual Código Florestal, Art. 2°; b)3 - Tanto quanto as áreas marginais a corpos d´água quanto os topos dos morros são áreas insubstituíveis em função da biodiversidade e do alto grau de especialização e endemismo da biota que abrigam e dos serviços ecossistêmicos essenciais que desempenham.
4 – Redução para fins de regularização ambiental da Reserva Legal na Amazônia Legal: em áreas de floresta para até 50% da propriedade e em áreas de cerrado em até 20%. (Art. 17)4 - Esta redução diminuiria o patamar desta cobertura florestal a níveis que comprometeriam a continuidade física da floresta, devido a alterações climática irreversíveis. Colocaria em risco espécies e comprometeria a funcionalidade e serviços ecossistêmicos e ambientais da região.
5 – Recomposição da Reserva Legal com espécies exóticas. (Art. 26)5 - Chama atenção para risco do uso de espécies exóticas na recomposição da RL: “o uso de espécies exóticas pode ser admitido na condição de pioneiras, como já previsto na legislação” (Código Florestal, Art. 44, III, § 2°). O uso de espécies exóticas permitido pelo Substitutivo compromete sua função (da RL) de conservação da biodiversidade e não assegura a restauração do ecossistema original.
6 – Compensação da Reserva Legal irregularmente desmatada por via de arrendamento de área sob regime de Servidão Ambiental ou Reserva Legal equivalente em importância ecológica e extensão no mesmo bioma. (Art. 26; II; §5°)6 - As compensações devem ser feitas na própria microbacia ou até na bacia hidrográfica, mas tendo como referência as características fitoecológicas da área a ser compensada e não o bioma, dada a alta heterogeneidade de formações vegetais dentro de cada bioma.

 
Confira o Resumo Executivo do Estudo sobre o Código Florestal

Veja aqui mais informações que foram publicadas sobre o assunto
Cientistas criticam novo Código Florestal
Ministra ataca relatório de Aldo para Código Florestal
Novo Código Florestal deve ser feito com base na ciência, defendem SBPC e ABC
Código Florestal e o novo legislativo federal
 Marco Maia quer criar câmara de negociação para discutir Código Florestal
VEJA O BLOG E O SITE ABAIXO: 
  http://www.codigoflorestalbr.blogspot.com/
http://www.observatoriosocial.org.br/portal/images/stories/publicacoes/revista_especial_por.pdf

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

FSM Dacar 2011 - Ciranda_SOBERANIA ALIMENTAR-click no título

FSM Dacar 2011 - Ciranda: "–A QUESTÃO ALIMENTAR NO MUNDO- via google
Situação política no Ministério da Cultura tem repercussão internacional


MEMÓRIA DO BLOG
http://cienciahoje.uol.com.br/colunas/em-tempo/o-rei-o-discurso-e-o-radio - Bing: "O rei, o discurso e o rádio — Instituto Ciência Hoje
Motivada pelo filme ‘O discurso do rei’, que se passa em uma época em que o rádio ocupava papel de destaque na sociedade, Keila Grinberg conta a história desse que foi o ...



LIXO EXTRAORDINÁRIO 
http://www.wastelandmovie.com/ 
ASSISTA AQUI.










terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

DECLARAÇÃO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS - FSM 2011- click no título

Terminou o FORUM SOCIAL 2011.Veja os encaminhamentos dos Movimentos Sociais e da ASSEMBLÉIA DOS RECURSOS NATURAIS AQUI NO VÍDEO

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

65 ANOS DE COMPUTAÇÃO

História do computador 
No livro "Introdução à Programação com Ada 95", o autor Arthur Vargas Lopes conta que as avós dos computadores eram as máquinas de somar no início do século 17. Em meados de 1800, criou-se uma conhecida como "difference engine" que definiu o conceito de computador digital mecânico controlado por programa, que incorporava uma unidade aritmética, uma unidade de armazenamento, mecanismos para leitura e gravação de cartões perfurados para impressão".Segundo o museu Computer History Museum, o censo de 1890 nos Estados Unidos, com cerca 63 milhões de habitantes, não teria terminado antes de 1900 se não fosse criada a máquina de tabulação que lia dados gravados em cartões perfurados. Inspirado na ideia, em 1934, o computador Mark 1, projetado na Universidade de Harvard, multiplicava dois números de 23 dígitos em seis segundos - um computador atual faz o mesmo em menos de um segundo.
Depois do Eniac, nasceu o Edvac com memória binária - como são os computadores atualmente -, marcando o aparecimendo dos modernos computadores digitais. O Edvac, diferentemente do antecessor, usava a mesma memória para armazenar dados e programas sem a necessadade de alterações na parte física (espécies de manivelas). Em seguida, veio o Univac, primeiro computador comercial. "Antes, os computadores eram essencialmente usados em ambientes acadêmicos e de pesquisa", explica Maria Cristina. "Países, bancos, grandes coorporações tinham interesse nele, já que fazia cálculos funcionando em diferentes contextos", completa.A demanda pelo computador crescia em meados de 1950. Na época, os interessados reservavam horas para usá-lo. Até que vieram os mainframes, que poderiam ser comprados por preço mais acessível, mas deveriam ser mantidos em salas refrigeradas. Para aplicações acadêmicas, foram criados os minicomputadores e, em seguida, os microcomputadores e os computadores pessoais (PCs). Até chegarmos ao que conhecemos hoje.

COMENTÁRIOS

Donizeti disse...Muito boa a postagem. É importante conhecermos esta ferramenta que revolucionou a forma de vida e comunicação e trabalho das pessoas. Beijos!!! 14 de fevereiro de 2011 13:28
 A INTERNET REVOLUCIONOU O MUNDO:ELEGE SE E DEPÕE GOVERNATES!

sábado, 12 de fevereiro de 2011

A QUEDA ! O MUNDO DEPOIS DO MOVIMENTO SOCIAL NO MUNDO ÁRABE

DIA 11 DE FEVEREIRO DE 2011 VENCE O POVO!!!!!
Neste dia, o mundo assistiu um processo iniciado pelos jovens.
Com o uso da internet pelos jovens,o PODER instalado há séculos nestas sociedades começa a cair.O "TOP SECRET" 
documentos de como se decidem a submissão e a colonização de povos vem a tona com o o fenomeno do WikLeaks.Interessante documentário histórico das práticas de dominação americana no mundo. 

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

"ESTOU FAZENDO O QUE AQUI???? " UM ARTIGO DE QUEM ESTÁ POR DENTRO_RIO- DAKAR_SENEGAL

Mocambos Notícias - Diretamente do 11º Fórum Social Mundial em Dacar - Senegal

O Brasil negro que a TV insiste em mostrar e nós nos esforçamos para acreditar! Enviado pela nossa correspondente Marcia Adão Aproveitando o gancho dessa matéria, quero comentar o “comentário” de um dos jornalistas da folha que está aqui em Dakar: “estou fazendo o quê aqui? Era para eu estar no Egito!”. Um branco, com cara de asco ao olhar para os africanos ao seu redor. Para mim foi impossível argumentar qualquer coisa com aquela criatura cheirando a leite, pois não poderia deixar me contaminar com suas visões de pequeno burguês, num momento tão mágico como foi a marcha.Tenho lido alguns registros de colegas jornalistas que, assim como eu, estão aqui cobrindo o evento. Nada contra a alvura que o Brasil insiste em mostrar para o mundo, mas se somos o segundo país em população afro, cadê os negros jornalistas? Aonde está nossa representatividade.Partir para minha febre africana e vivenciei entre mulheres, crianças e homens negros um momento, mesmo que fosse por algumas horas, de harmonia entre irmãos de cor e de história. Uma espiritualidade sem medida ou palavras. Ainda não consegui colocar no papel toda mágica existente numa jornada entre povos de várias etnias na busca de um mundo melhor. Foi a melhor marcha que já participei em minha vida.Hoje na sala de imprensa evitei outros comentários parecidos. Tive medo que tudo viesse a baixo. Todos correndo atrás do Lula e a população local indignada com o andamento que este fórum está tomando. Os povos de África estão esperando por mais ação e menos discurso. Faz-se necessário uma compreensão das necessidades dessa gente. Um olhar mais humanizado. Somente estando aqui para perceber o que realmente está acontecendo. Vivenciando seu dia-a-dia, nas dificuldades locais, como necessidades básicas de um transporte público de qualidade e humano, de uma saúde pública, porém eficiente, projeto de moradia popular. Coisas que, nós, brasileiros, temos e não sabemos como manter por pura ignorância - ou comodismo - de participação política. As escolas locais são públicas e boas, no entanto, há necessidade de comer para sobreviver – digo sobreviver e não viver – é maior que qualquer coisa imaginável.Enquanto a classe C brasileira faz filas para comprar TV’s de LCD ou LED em uma mega promoção para ver BBB11 o Fórum Social Mundial era para ser uma gota de esperança nas discussões humanitárias ao redor do mundo. Segundo Abdoulaye Kane, economista e jornalista senegalês, Senegal hoje vive a “Febre Europeia”. Todos querem um pedacinho de Dakar. Todos – os chamados primeiro mundo- tem!Pensando bem, isso parece ser real. Não há um só banco nacional. As indústrias são todas estrangeiras. A capital vive uma grande explosão da construção civil. O centro é um verdadeiro canteiro de obras. A maior rede de TV do país é do governo que governa com rédeas curtas ao comando colonialista. Quem é rico e quem é pobre em Dakar?Pergunta pra lá de cretina. Mesmo com uma boa formação, os que escolhem ficar no país, têm que se contentar com uma vida modesta, porém sobreviveu,  ou partir para Europa ou América e tentar uma nova vida. Os que vêm de fora prestar serviços nas grandes corporações aqui presentes, Itália, Espanha,  Alemanha, França e outros, vivem uma vida de luxo que é totalmente inacreditável para realidade local.Quando quiseres fazer turismo. Deixe de ser preconceituoso e invista em Dakar. Venha ver o que os países ricos fazem com África. Depois me diga o que você realmente pensa sobre as cotas. Sobre divisão de renda. Sobre humanidade. Hoje eu estou aprendendo muito com o povo senegalês. Amanhã quero aprender com você!Boa noite,
Pois “un outre monde est possible”
PS. Hoje eu paguei 38,00 reais (nossa moeda) em um prato simples de arroz com molho de cebola apimentado. Servido em um prato de plástico com uma colher que outra pessoa havia usado. Voltei a pé do centro até universidade pois já não tinha mais dinheiro para pegar um taxi e o ônibus não posso usar sozinha. Uma mulher senegalesa nunca anda sozinha nesse país. Eu tenho cara de senegalesa, todos dizem isso para mim o tempo todo. Amanhã tem mais bastidores. Material pautado só quando voltar, pois a internet aonde estou e muito lenta e só dá para passar um e-mail por noite kkkk por isso esse e-mail é coletivo kkkk beijos cheio de saudades de vcs.
PS2. Tem filminhos e muitas fotos
Ps3. domingo, único dia que pude ver a única TV da casa ligada passava um filme americano com legenda em árabe kkkkk vcs nem queiram saber que loucura foi a experiência.
Ps4. Hoje, antes das orações da família, consegui ouvir uma rádio de Guine Bissau, para quem não sabe Bissau é uma colônia portuguesa. Sendo assim a transmissão estava em português. O rádio é o maior veículo de comunicação de todo o país. Eles possuem algumas rádios livres, outras comerciais e muito poucas governamentais.
Ps5. mais um dia de comida apimentada kkkk  vou me mudar para Bahia assim que chegar!
Na TV, negro vive no país das maravilhas Trama das nove da Globo ignora questão racial com personagem mulherengo e bem-sucedido de Lázaro Ramos

ANDRÉ GURGEL É UM FENÔMENO. MAIS DO QUE VIVER NUM PAÍS EM QUE NÃO HÁ RACISMO, TRANSITA PELAS ALTAS ESFERAS COMO SE FOSSE INVISÍVEL

MAURICIO STYCER _ ESPECIAL PARA A FOLHA
André Gurgel, um dos protagonistas de "Insensato Coração", é um designer famoso. Bem-sucedido, é a principal estrela de um escritório de design e sofre assédio para prestar seus serviços para uma concorrente.Premiado e paparicado, é objeto da curiosidade da imprensa, aparece em capas de revistas e cultiva a fama de mulherengo. Em um único capítulo da novela, sem fazer esforço, apenas exalando seu charme, André Gurgel foi capaz de conquistar três mulheres.
Já levou uma mulher para a cama de seu apartamento, por insistência dela, e a dispensou depois do sexo sem deixar que ela dissesse qual era seu nome. Até agora, todas que cruzaram seu caminho, fossem clientes, repórteres, colegas de academia ou paqueras da balada, quiseram transar com ele.
Para conquistar a única mulher que resiste um pouco a ele, Carol (Camila Pitanga), contratou os serviços de um iate e a levou para passear em alto-mar. Ao final do encontro, por conta de um acidente, foi a uma delegacia onde a irmã de Carol estava detida. Exigiu que um policial avisasse o delegado da sua presença e, isso feito, conseguiu que a garota fosse liberada. Em pelo menos dois capítulos, André foi visto nu tomando banho. A primeira vez, depois do passeio de iate e da carteirada na delegacia. Enquanto Carol se banhava para dormir, em casa, André tomava uma chuveirada antes de ir para a balada conquistar mais uma mulher. Na segunda vez, o banho ocorreu depois de dispensar uma moça e antes de sair com outra, que o aguardava. Não bastassem todas as suas qualidades e talentos, ele ainda é negro. Vivido por Lázaro Ramos, o personagem não sofre qualquer preconceito ou discriminação por conta disso. Passados 15 capítulos, não houve uma única cena, um único personagem que mencionasse a questão racial na trama. André Gurgel, em resumo, é um fenômeno. Mais do que viver num país em que não há racismo, transita pelas mais altas esferas como se fosse invisível. Como em "A Roupa Nova do Rei", não há ninguém ao redor do personagem com coragem de dizer que ele é negro. Gilberto Braga e Ricardo Linhares usaram esse mesmo artifício com o casal gay de "Paraíso Tropical" (2007). Como observou o colega Alcides Nogueira, "podia ser tanto um casal de gays quanto um casal de símios, porque não era nada". Ao tratarem como natural o que não é natural, os autores podem até ter a intenção de transmitir uma mensagem de cunho educativo: "Assim é que deveria ser, assim é que os negros deveriam ser vistos, assim é que os gays deveriam ser tratados". Como na fábula de Hans Christian Andersen, porém, correm o risco de ser confrontados por alguma criança capaz de enxergar que "Insensato Coração" se passa no país das maravilhas.
Toda vez que morre um ancião na África, morre com ele toda uma história de uma nação.
Márcia Adão
mtb 29732
(19) 91732822

domingo, 6 de fevereiro de 2011

FSM_2011-ACOMPANHE TAMBÉM O FORUM DE S.PAULO-click aqui


(Carta Capital )DACAR, SENEGAL – A 11ª e
o Fórum Social Mundial foi aberta neste domingo (6) em Dacar, capital do Senegal, com a agenda de debates renovada pelos protestos pró-democracia noNorte da África e no Oriente Médio. Ao final da tradicional marcha de abertura, entre os arredores da grande mesquita local (95% dos senegaleses são mulçumanos) e a Universidade de Dacar, onde acontece o encontro, ativistas de Tunísia e Egito dividiram o palco com personalidades como o presidente da Bolívia, Evo Morales, e o senegalês de origem tunisiana Taoufik Ben Abdallah, um dos responsáveis por levar o Fórum pela segunda vez à África. Em discurso emocionado, o advogado tunisiano Trifi Bassem, ativista pelos direitos humanos em seu país, disse que a revolta popular que derrubou o ditador Ben Ali, em janeiro, pode inspirar outros povos que vivem sob regimes autoritários a se mobilizarem. A queda do ditador pôs fim à repressão de 23 anos baseada "em tiros de bala, cacetetes e gás lacrimogênio", disse ele. Em entrevista à Carta Maior, Bassem, que integra uma delegação de 20 tunisianos presentes em Dacar, afirmou que "subiu ao palco para transmitir um pouco da energia e do sonho que tenho pela libertação do povo do meu país". Para ele, "o formidável e interessante no Fórum é que todo mundo se encontra, troca experiências, idéias e sonhos, os mesmos sonhos que o povo tunisiano sonhou".No mesmo tom, o representante do Egito disse que seu povo "mostrou que tem coragem para pagar o preço da liberdade". Ele, que há dois dias estava na praça Tahrir, palco dos protestos contra o presidente Hosni Mubarak, no centro do Cairo, explicou que a "revolução" não cessará enquanto tudo não ficar "preto no branco". "O bravo povo egípcio mostrou que tem coragem para pagar o preço da liberdade. Mais de 300 pessoas já morreram nesta luta suja. Não sei o que vai acontecer amanhã, mas o passo da revolução vai continuar", concluiu.
Conflitos, alternativas e Lula no FórumFalando em nome da organização do Fórum, Taoufik Ben Abdallah tem afirmado que o encontro refletirá os conflitos no mundo árabe e tratará das alternativas populares e democráticas e dos valores universais. Entre as atividades em planejamento, um grupo de ativistas ligados à imprensa alternativa promete para esta segunda-feira (7) um link ao vivo entre Dacar e a Praça Tahrir, no Egito. A programação oficial ainda não foi divulgada, mas as 1.205 organizações inscritas no evento já contam em mãos com um cronograma provisório e cuidam elas mesmas de anunciar suas atividades. O Fórum Social Mundial de 2011 deve receber participantes de 123 países, além da Palestina e Curdistão, entre os dias 6 e 11 de fevereiro. A expectativa do Comitê Organizador é que 50 mil pessoas se reúnam para as atividades. Os temas a serem debatidos envolvem gastos militares, crise alimentar, desenvolvimento, agricultura familiar, saúde, seguridade social, acesso à água e a saneamento. O ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva participará do Fórum deste ano ao lado do presidente do Senegal, Abdou Layewade. Ambos estarão na mesa "A África na geopolítica mundial", marcada para acontecer nesta segunda-feira (7), das 12h30 às 15h30 locais (2h a mais de fuso em relação à Brasília). A presidenta Dilma Rousseff não virá ao Senegal e está sendo representada pelo ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho.

Marcha de abertura

As lutas pró-democracia no Norte da África e no Oriente Médio marcaram forte presença na marcha de abertura do Fórum. "Ficamos surpresos com tudo o que aconteceu lá", afirmou Hanane Gareh, representante da Confederação Democrática do Trabalho do Marrocos (CDT), a maior central sindical do país. "Quando um povo se levanta e passa a lutar por seus direitos, não há como não os apoiar. Ninguém imaginava que isso podia acontecer no Egito e na Tunísia", disse ela à Carta Maior, enquanto carregava uma bandeira da CDT.

Gareh não considera, porém, que os conflitos possam atingir o Marrocos – uma monarquia constitucional. Segundo ela, as liberdades civis e políticas são garantidas no país, em que haveria disputa entre os partidos e abertura para protestos e greves. "Mas isso não significa que não haja muito o que melhorar", ressalta ela. Algo demonstrado, por exemplo, na luta do povo saharaui pela independência do Saara Ocidental frente ao Marrocos, que controla a área desde a década de 1970, após a saída da Espanha.
Mulheres na marcha
Em uma marcha marcada pela grande presença das mulheres africanas, ativistas apresentaram outros temas que serão discutidos no Fórum. A jornalista brasileira Terezinha Vicente, militante da Ciranda da Comunicação Independente e da Marcha Mundial das Mulheres, apontou a violência contra a mulher como uma questão essencial, sobretudo na África. "Em vários países africanos em conflito, o estupro é uma arma de guerra. Em outros, a prostituição é um saída contra a pobreza", disse Terezinha, que aponta que 70% dos pobres do mundo são mulheres – ou seja, "a pobreza é feminina", pontuou.O agricultor e criador Ibrahime Balde, da região de Kolda, sul do Senegal, reafirmou sua luta por melhores condições para se produzir em seu país. Dono de dois hectares de terra, ele tem um objetivo claro: "Eu quero o mesmo que os agricultores europeus possuem, o mesmo desenvolvimento", afirmou à Carta Maior. Para disso, escolheu militar em uma organização da sociedade civil de sua localidade, apesar das sugestões para que se envolvesse com a política tradicional. "É o que me dizem, mas eu não gosto dela".Um outro tema presente na marcha, em faixas e nas camisas dos militantes, foi a educação. Magueye Soue, membro do Grupo para o Estudo e a Educação da População, uma ONG senegalesa, contou que sua entidade possui parceria com as Nações Unidas e mantém, entre outros projetos, pesquisas sobre desnutrição de crianças. "O Fórum será uma oportunidade para conhecer outros projetos parecidos", disse ele.Já a finlandesa Fanny Bergmann, voluntária na associação Action Enfance Senegal, afirmou que é difícil falar sobre um Fórum que ainda iria começar, mas espera avanço nos debates e iniciativas contra a exploração do trabalho infantil – infelizmente ainda tão comum em Dacar. Na capital senegalesa, Fanny, que é estudante de Literatura Francesa, dá aulas de inglês e artes École Associative de Ndiagamar, dedicada a crianças carentes nesse subúrbio pobre da cidade, onde vivem 70 mil pessoas.
PARTICIPE E ACOMPANHE NO SITE DO FSM 2011  

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

CONVOCATÓRIA_ 08/02 Grande ato em Brasília contra Belo Monte_clik no título

Contra as mega-hidrelétricas na Amazônia!Mais de meio milhão de pessoas já assinaram as petições contra Belo Monte, que serão entregues no Palácio do Planalto!Na terça-feira, dia 8 de fevereiro, centenas de indígenas, ribeirinhos, ameaçados e atingidos por barragens, lideranças e movimentos sociais da Bacia do Xingu e de outros rios amazônicos estarão em Brasília para protestar contra o Complexo Belo Monte e outras mega-hidrelétricas destrutivas na região. Também irão exigir do governo que rediscuta a política energética brasileira, abrindo um espaço democrático para a participação da sociedade civil nos processos de tomada de decisão.Convocamos todos os nossos parceiros e amigos, e todos aqueles que se sensibilizam com a luta dos povos do Xingu, a se juntar a nós, porque, mais que o nosso rio, está em jogo o destino da Amazônia.A concentração para o ato ocorrerá às 9hs, no gramado em frente à entrada do Congresso Nacional. Após o protesto, uma delegação de lideranças entregará à Presidência da República uma agenda de reivindicações e as petições contra Belo Monte.
Participe, e ajude a convocar!
Movimento Xingu Vivo para Sempre - MXVPS
Conselho Indigenista Missionário - Cimi
Movimento dos Atingidos por Barragens – MAB
Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira - COIAB
Instituto Socioambiental - ISA
AVAAZ
Contatos:
Renata Pinheiro – MXVPS (93) 9172-9776
Cleymenne - Cimi (61) 9979-7059
Maíra – Cimi (61) 9979-6912
Assine a Petição
Pare Belo Monte: não à mega usina na Amazônia
https://secure.avaaz.org/po/pare_belo_monte/?vl
PareBeloMonte
http://twitter.com/parebelomonte
 www.xinguvivo.org.br  

MEMÓRIA DO BLOG
Marilda Oliveira deixou um novo comentário sobre a sua postagem "HOJE COMEÇA A SEMANA D´AGUA - O MUNDO CADA VEZ COM...":
Realmente é assustador… a omissão governamental que omissa e conivênte nada faz para proteger o patrimônio brasileiro.
http://mudancaedivergencia.blogspot.com/2011/02/principe-charles-e-os-aquiferos.htmlhttp://mudancaedivergencia.blogspot.com/2010/12/aquifero-guarani.html
http://mudancaedivergencia.blogspot.com/2010/07/aquifero-guarani-1-o-brasil-nao-esta.html
http://www.ecodebate.com.br/2011/02/09/pesquisas-mostram-contaminacao-por-metais-pesados-no-rio-sao-francisco/ 

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

BELA REGIÃO CAMPINAS: REPORTAGENS-Uma pérola de Reportagem Histórica

Faixa ressaltando que Kararaô estava em sintonia com a Eco-92

BELA REGIÃO CAMPINAS: REPORTAGENS: "Belo Monte, história antiga ferindo o coração da Amazônia Por José Pedro Martins Crianças indígenas no I Encontro dos Povos Indígenas no Xi..."

COMENTÁRIOS

Blogger Educomunicação Ambiental disse...
Li esta matéria hoje no Jornal da Cidade de Campinas...Zé Pedro, um grande amigo, nos dá uma pérola de história sobre o inicio das discussões sobre BELO MONTE. È para ler junto com as crianças. ODILA FONSECA

2-UMA POESIA DE UM MILITANTE NEGRO
DABAIXADA: POESIA MINHA CASA ... CONTRA A CONSTRUÇÃO DA HIDEL...: "MINHA CASA Aos que agridem minha terra Minha casa Meu lar 
Ergo minha voz  Minhas palavras Ecoaram pelo ar Clamando por guerreiros e guerreir..."

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

CÓDIGO FLORESTAL:ENTENDA O QUE ESTÁ EM JOGO!! Click no título para escutar a análise de SÉRGIO ABRANCHES sobre a licença de BELO MONTE

REFINÁRIA PECEM NO MEIO DA AMAZÔNA
 TEXTO (RETIRADO DA CARTILHA DO CÓDIGO FLORESTAL"SOS FLORESTAS: O CÓDIGO FLORESTAL EM PERIGO" enviado pela Dra. Bárbara Segal Professora Adjunta Departamento de Ecologia e Zoologia - CCB - Edificio Fritz Muller
Universidade Federal de Santa Catarina
Florianopolis, SC 88040-970 - Brasil
Tel. +55 48 3721-4739 -Fax +55 48 3721-5156


1-Pode não parecer, mas o Código Florestal tem a ver com a qualidade de vida de todos os brasileiros. Desde 1934, quando surgiu, o Código parte do pressuposto de que a conservação das florestas e dos outros ecossistemas naturais interessa a toda a sociedade. Afinal, são elas que garantem, para todos nós, serviços ambientais básicos – como a produção de água, a regulação do ciclo das chuvas e dos recursos hídricos, a proteção da biodiversidade, a polinização, o controle de pragas, o controle do assoreamento dos rios e o equilíbrio do clima – que sustentam a vida e a economia de todo o país. Além de tudo isso, é a única lei nacional que veta a ocupação urbana ou agrícola de áreas de risco sujeitas, por exemplo, a inundações e deslizamentos de terra. É o código que determina a obrigação de se preservar áreas sensíveis e de se manter uma parcela da vegetação nativa no interior das propriedades rurais. São as chamadas áreas de preservação permanente (APPs) e reserva legal.
VOCÊ SABIA?
Área degradada as margens do Rio Xingú

As APPs, ou áreas de preservação permanente, são margens de rios, cursos d’água, lagos, lagoas e reservatórios, topos de morros e encostas com declividade elevada, cobertas ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, e de proteger o solo e assegurar o bem estar da população humana. São consideradas áreas mais sensíveis e sofrem riscos de erosão do solo, enchentes e deslizamentos. A retirada da vegetação nativa nessas áreas só pode ser autorizada em casos de obras de utilidade pública, de interesse social ou para atividades eventuais de baixo impacto ambiental. A reserva legal é uma área localizada no interior da propriedade ou posse rural que deve ser mantida com a sua cobertura vegetal original. Esta área tem a função de assegurar o uso econômico sustentável dos recursos naturais, proporcionar a conservação e a reabilitação dos processos ecológicos, promover a conservação da biodiversidade, abrigar e proteger a fauna silvestre e a flora nativa. O tamanho da área varia de acordo com a região onde a propriedade está localizada. Na Amazônia, é de 80% e, no Cerrado localizado dentro da Amazônia Legal é de 35%. Nas demais regiões do país, a reserva legal é de 20%
Desmatamento sem Freio
Para entender a polêmica gerada em torno do Código Florestal, é precisovoltar no tempo e recapitular como se deu o processo de ocupação do solo no nosso país. Desde a chegada dos colonizadores ao Brasil, a natureza era vista como uma fonte de recursos sem fim e as florestas não passavam de “obstáculos” que impediam o avanço do desenvolvimento. Essa visão permanece até hoje em algumas regiões do país: é mais barato queimar, degradar e procurar outra área do que ficar e cuidar da terra e investir no aumento da produtividade. Foi o governo Getúlio Vargas que, em 1934, criou o Código Florestal, junto com os códigos de Água, Minas, Caça e Pesca e a primeira Conferência Brasileira de Proteção à Natureza – todos uma tentativa do Estado de ordenar o uso dos recursos naturais.
MEMÓRIA DO BLOG
2004 Furacão CATARINA atinge as costas do estado de Sta Catarina
2005 SECA NA AMAZONIA 
2007 - Enchentes e deslizamentos em Sta Catarina
2010 - Dep Aldo Rabelo faz uma caravana pelo Brasil junto a setores agropecuários e Sindicais    ligados a Confederação Nacional  da Agricultura
JULHO : A PROPOSTA DESFIGURANTE DO CÓDIGO FLOESTAL É APROVADA NA 
COMISSÃO MISTA DO CONGRESSO NACIONAL. ENCHENTES E DESLIZAMENTOS EM:
ANGRA DOS REIS, RIO DE JANEIRO, S.PAULO, ALAGOAS E PERNAMBUCO.
OBS: Alguns representantes do agronegócio começaram a se sentir pressionados.Mas em vez de tentar se adequar e conservar os recursos naturais, o que gerariacustos e investimentos, eles optaram por insistir no modelo baseado noretorno imediato e sem uma visão de sustentabilidade de longo prazo. Até hoje, um total de 36 projetos de lei já tentaram derrubar o Código Florestal.A mais recente investida teve início em 2009, com a criação de uma comissãoespecial na Câmara dos Deputados – com uma participação desproporcional da bancada ruralista – para analisar projetos de lei que, em sua essência, querem desfigurar a nossa legislação ambiental ao invés de buscar o seu aperfeiçoamento.
 http://www.ecodebate.com.br/2011/01/31/wwf-lanca-cartilha-que-mostra-riscos-de-mudancas-no-codigo-florestal/   

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

SÃO PAULO E SEUS 457 ANOS


Casarões de São Paulo no final do SÉCULO XIX

SÃO PAULO COMPLETOU  457 ANOS.  

HOMENAGEM NOSSA A ESTA CIDADE QUE ACOLHEU O MUNDO!!!!
Forum Social SP - 2011
SÉCULO XXI
PARTICIPE CONOSCO "UMA  OUTRA  SÃO PAULO É POSSÍVEL"
Entre no site 
FORUM SOCIAL SÃO PAULO
  http://forumsocialsp.org.br/
MEMÓRIA DO BLOG JANEIRO DE 2011
O titulo era - "a selva de pedra que abriga os índios".Não será ao contrário? "Os Índios que abrigam uma selva, de pedra...?" MARCOS TERENA

sábado, 22 de janeiro de 2011

EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NA PERSPECTIVA FREIRIANA


O seminário “Educação a distância na perspectiva freiriana”, que seria realizado no dia 26 de janeiro foi transferido para o dia 18 de maio. Confira a programação completa no convite. Todas as atividades são gratuitas e abertas ao público.


CORRESPONDÊNCIA 
DE Sheila Ceccon  
Oi Odila, como vai?
Agora em janeiro o IPF ( INSTITUTO PAULO FREIRE) está promovendo duas atividades autogestionadas, no contexto do Fórum Social de São Paulo: uma sobre Educação a Distância e outra sobre a Carta da Terra na Educação. Escevo para convidá-la, e a quem mais se interessar.  Não é necessário fazer inscrições nem tem qualquer custo.  Tod@s são bem vind@s!! Copiei abaixo o endereço, onde podem ser encontradas mais informações.
http://www.paulofreire.org/Noticias/NoticiaInstitutoPauloFreireDiscuteEducacaoADistanciaECartaDaTerraEmJaneiro
Sheila Ceccon

NOTÍCIAS QUE VALEM A PENA:

Blogueiros Progressistas recebem Miguel Nicolelis

O Movimento de Blogueiros Progressistas do RN receberá o neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis na próxima sexta-feira, 28 de janeiro. Nicolelis, recém-chegado ao twitter e cientista bastante engajado em causas sociais, falará sobre o tema “Redes sociais, participação política e desenvolvimento da ciência”. Mediado pelo jornalista Sérgio Vilar, o evento começará às 20 h, no auditório da livraria Siciliano. Para debater com Nicolelis, o professor José Luiz Goldfarb, da PUC-SP, também participará do evento através de videoconferência pela Internet. Além disso, todo seminário, que terá duração de duas horas, será transmitido via twitcam, através do perfil @blogprogRN.
mais informações » O QUE SÃO BLOGUEIROS PROGRESSISTAS?

domingo, 16 de janeiro de 2011

MUDANÇAS TAMBÉM NO COTROLE SOCIAL EM VISTA DA INCONTROLAVEL FORÇA DA NATUREZA. COMENTÁRIOS DO PROFESSOR EDUARDO STOTZ DO CENTRO DE ESTUDOS "VITOR MEYER"


 Repasso uma correspondência do Prof.Eduardo Stotz para a Rede de Educação Popular em Saúde. Já destaquei para mim os pontos que achei de profunda relevância. Penso que todos nós podemos refletir sobre  este assunto.

- Amigos e amigas, envio alguns comentários a respeito da situação que atinge duramente a região serrana do estado do RJ. Esta mensagem foi enviada para um amigo que se encontra nos EUA, que vive um dos seus piores invernos. Claro, os eventos extremos se tornaram mais frequentes, são provavelmente o indicador da forma assumida pelo aquecimento global nesse momento. Dado que o controle da natureza é impossível, o que se pode -- e deve -- fazer é modificar a forma de controle social. O que requer uma difícil, complexa e longa luta política a ser desenvolvida.
 Analisemos brevemente o retrato da catástrofe deste verão de 2011 na região serrana do estado do Rio de Janeiro. As imagens, como sempre, dão uma idéia da tragédia, mas o cotidiano é sempre muito pior. Há falta de água, de comida, de assistência médica num contexto em que as pessoas estão desorientadas e desesperadas.
 Uma apreciação a partir das notícias permite constatar a recorrência histórica dos mesmos velhos e conhecidos problemas. Com exceção dos proprietários de casa e veranistas que estavam em áreas como o Vale do Cuiabá, a quase totalidade das vítimas fatais e não fatais das catástrofes na zona serrana é composta de pessoas pobres. Quanto maior a pobreza e o isolamento social, menos de sabe do que se passa, como ocorre na zona rural onde muitos pesquiadores da área da Saúde Coletiva tem realizado seu trabalho de campo há anos, preocupados com a questão dos agrotóxicos. A imagem humana da tragédia que chega de lá está nessa foto da Folha de São Paulo de hoje, que vocês pode acessar no link http://www1.folha.uol.com.br/fsp/
 A análise das causas sociais também é uma iniciativa da Folha em sua edição de hoje, diante da omissão da imprensa carioca para apontar os responsáveis pelos loteamentos irregulares, em áreas de risco, etc. Estudos da UERJ desde 2008 encomendados pela Secretaria estadual do Meio Ambiente e ações da promotora Anaíza Helena Malhardes Miranda em Teresópolis são apontados pela reportagem como exemplos de que havia a possibilidade de atitudes preventivas e/ou corretivas. Nomes são citados, como o do ex-prefeito mafioso Mario Tricano e do grileiro urbano Maximiano Alves, "proprietário do bairro de Caleme", uma das áreas onde a catástrofe foi maior. O sistema é complexo, mas sabemos que a pobreza na base e  inexistência de um sistema de prevenção no topo dão o cotorno de sua forma aproximada.  

A destruição das propriedades dos mais ricos pode abrir espaço para o questionamento de aspectos dessa estrutura. O fato do Rio de Janeiro sediar Copa do Mundo e Jogos Olímpicos pode influenciar também. Contudo, duvido que se mexa embaixo. É mais fácil e barato intervir no topo. Os pobres poderão perder tudo novamente, mas pelo menos não contarão mais na mortalidade por causas externas. (Não é assim na Bélgica? Muitos pensam: por que teremos de ser comparados sempre ao Haiti ou aos países africanos?)
 Assim, nova presidenta diz que não vai, mas é enorme a possibilidade de que, passado o verão,  (quase) tudo continuará como dantes no  quartel de Abrantes.
 De meu lado, penso que a catástrofe também pode abrir espaço para outras alternativas, como a da emergência de movimentos sociais dos moradores, técnicos e pesquisadores capazes de romper o isolamento em que se encontram as vítimas e colocar em questão este modo de adiar o enfrentamento dos problemas estruturais. Eduardo Stotz 
Centro de Estudos Victor Meyer 
http://www.centrovictormeyer.org.br/

VER MAIS EM:

 http://contextolivre.blogspot.com/2011/01/inundacoes-nao-sao-provocadas-pelo.html
AVISO IMPORTANTE:
AOS PROFISSIONAIS DA ÁREA DE SAÚDE
O Ministério da Saúde disponibiliza o cadastro de voluntários para socorro às vítimas da catástrofe ocorrida no Estado do Rio de Janeiro. Os interessados devem se cadastrar no site:
http://formsus.datasus.gov.br/site/formulario.php?id_aplicacao=5781

PS: Os profissionais serão chamados conforme a necessidade de seus serviços.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

SOLIDARIEDADE PLANETÁRIA

Região Serrana do Rio de Janeido
"Um momento de oração  em nome dos que estão perdendo, em minutos, vidas, projetos de vida, lares, sentido de viver. Precisamos, todos, mudar nossa relação com a Terra, nossa casa maior. Pelo que se sabe, retornarmos a um ponto de conforto, de estabilidade e capacidade de auto-regulação, não será mais possível. Mas, podemos minorar os dramas e recuperar muito, se assim assumirmos como importante.Reciclar,  reutilizar, recuperar.Plantar.Cuidar. AbraçoInez Maria Inez Padula Anderson.Médica

SÃO PAULO 7 DE JANEIRO 2011
SOLIDARIEDADE
Cruz Vermelha recebe doações de roupas e alimentos e o HEMORIO doação de sangue. Dinheiro também pode ser depositado para ajudar as vítimas das chuvas na Região Serrana do estado. AJUDA Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) do Rio vai enviar caminhões-pipa aos município de Teresópolis e Friburgo, que sofrem com problemas na distribuição de água. O Ginásio Esportivo Pedro Jahara, em Teresópolis, tornou-se, do dia para a noite, o lar os sobreviventes do maior desastre natural da história da cidade. O Instituto Estadual de Hematologia do Rio de Janeiro (Hemorio) faz campanha para doação de sangue para que seja enviada às cidades atingidas pelas chuvas. O Hemorio fica na Rua Frei Caneca, 8, no centro da capital fluminense, e funciona das 7h às 18h, todos os dias, inclusive sábados, domingos e feriados. Telefone para casos de dúvidas é 0800-282-0708.
A Cruz Vermelha do Rio recebe donativos para os desabrigados na sede da entidade, na Praça Cruz Vermelha 10, no Centro do Rio. Os itens de maior necessidade são água mineral, alimentos de pronto consumo (massas e sopas desidratadas, biscoitos, cereais), leite em pó, colchões, roupa de cama e de banho e cobertores. A Prefeitura de Teresópolis abriu uma conta bancária para receber doações. A “SOS Teresópolis – Donativos” está disponível na agência 0741 do Banco do Brasil e o número da conta é 110000-9.
SERVIÇO
DOAÇÃO DE SANGUE
HemoRio
Rua Frei Caneca, 8, Rio de Janeiro, Centro Telefone: 0800-282-0708
DOAÇÃO DE DINHEIRO
“SOS Teresópolis – Donativos”
Banco do Brasil Agência 0741-2 -Conta Corrente: 110000-9
DOAÇÃO DE ALIMENTOS E ROUPAS
Cruz Vermelha
Praça Cruz Vermelha 10 - Centro do Rio

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

NÚMERO CABALÍSTICO 11-1-11... UMA TRAGÉDIA ANUNCIADA EM SÃO PAULO-CAPITAL ! A MESMA CIDADE QUE SERVIU DE CENÁRIO PARA O FILME "ENSAIOS SOBRE A CEGUEIRA" de F.MEIRELLES

ONZE DE JANEIRO DE 2011
A TRAGÉDIA ANUNCIADA
"O CLIMA JÁ MUDOU EM SÃO PAULO"

Numa quinta feira de novembro de 2010, exatamente dia 25 de novembro de 2010,a  jornalista Marina Tavares escreveu, com este título:"O CLIMA JÁ MUDOU EM SÃO PAULO", no BLOG  DO PROGRAMA  CIDADES E SOLUÇÕES:( veja a matéria)
http://globonews.globo.com/platb/cidadesesolucoes/2010/11/25/o-clima-ja-mudou-em-sao-paulo/
"No segundo programa da série especial sobre os impactos das mudanças climáticas no Brasil, mostramos o plano de ação montado para que São Paulo evite os piores cenários do aquecimento global. O aumento da temperatura nos últimos anos e as chuvas intensas mostram que a cidade já está sofrendo com as mudanças climáticas.Conheça o supercomputador climático que está sendo montado em Cachoeira Paulista, SP. Com ele, o Brasil torna-se o 6º país do mundo em capacidade de realizar previsões de alto nível em seu próprio território. E os bastidores do recém-criado Painel Brasileiro de Mudança Climática, que reúne 200 cientistas: ver Cidades e Soluções, Vídeos, clima tags ciência do clima"
           Mais uma vez São Paulo PAROU!  Seguradoras não vão mais pagar os danos causados pelas enchentes. O Governador recém eleito do Estado de São Paulo, doa R$ 1.000,00 aos afetados pelas enchentes. Transportes de todas as espécies - sobre pneus - estacionam se ao longo das rodovias que dão acesso a cidade. Vindos de Brasília, onze caminhões lotados com presentes de chefes de Estado ao ex Presidente da República Lula, em caravana, tentam entrar em São Paulo no dia 11-1-11.
Área de Mineração Foto Folha de SP
Mineradoras no Vale do Rio Paraíba do Sul, no Estado de S.Paulo, avançam sobre reservas florestais, numa atividade IRREGULAR  causando, não só inundações, mas uma infiltração  poluidora no Rio Paraíba do Sul, nas regiões já abandonadas pelo extrativismo de areias.Como diz um dito popular chines: "As Caravanas passam e os cães ladram!!!!"                                                         Odila Fonseca

MEMÓRIA DO BLOG

Sta Catarina- Enchentes de 2008

Em 2008, este Blog colocou a mensagem " ENSAIOS SOBRE A CEGUEIRA". Na verdade eu acabara de assistir ao Filme de Fernando Meirelles que havia sido  lançado no Brasil. A difícil adaptação do livro de José Saramago "ENSAIOS SOBRE A CEGUEIRA"  me fez ver que nossas tragédias planetárias são atemporais.  Eu falava da enorme castrofe televisada em Sta Catarina. Nossa amiga e companheira de curso (que gerou este BLOG), Sheila Ceccon, nos escreveu uma carta e na ocasião a ex Senadora Marina da Silva havia escrito também uma carta: Podemos ve las no nosso arquivo:
 1- http://educomambiental.blogspot.com/2008/12/ensaio-sobre-cegueira-conta-histria-de.html
 2- http://educomambiental.blogspot.com/2008/12/duas-professoras-e-dois-dilogos-sobre.html
 3- Em setembro de 2008 o BLOG http://www.ilhasrioparaiba.blogspot.com/  já pedia um SOS ao Rio Paraíba do Sul
 Depois,na seqüencia vieram as cidades do Rio,Niterói e outras do nordeste....

domingo, 9 de janeiro de 2011

POR QUE MORREM AS ABELHAS? A QUEM INTERESSA O USO EM LARGA ESCALA DE AGROTÓXICO?

Foto: N. Roddis-Reuteurs
Censo Agropecuário mostra que 56% dos estabelecimentos onde houve utilização de agrotóxicos não receberam orientação técnica.Confira artigo de Raquel Maria, para a revista do MST.O Censo Agropecuário de 2006, divulgado apenas em 2010 pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), revelou alguns dos impactos do uso de agrotóxicos em larga escala no Brasil.O país é o que mais utiliza produtos químicos no campo, e quem os administra são trabalhadores que, em sua maioria, não foram capacitados para essa ativividade insalubre.
Contexto
Desde o começo da Revolução Verde, tem-se debatido o uso de agrotóxicos e suas implicações para o ambiente e a saúde humana. Ao que tudo indica, caminhamos para a aceitação de sua utilização, estabelecendo regras que garantam a proteção das diferentes formas de vida expostas aos biocidas – seria o paradigma do uso seguro, também aplicável a outros agentes nocivos, como o amianto.A legislação brasileira para a regulação dos agrotóxicos se constrói sob o paradigma do uso seguro. A Lei n° 7.802/89 e o Decreto nº 4.074/2002 atribuem aos ministérios da Agricultura, Meio Ambiente e Saúde a competência de “estabelecer diretrizes e exigências objetivando minimizar os riscos apresentados por agrotóxicos, seus componentes e afins” (Art. 2º, inciso II). Entre elas estão a obrigatoriedade do registro dos agrotóxicos, após (re)avaliação de sua eficiência agronômica, sua toxicidade para a saúde e sua periculosidade para o meio ambiente; o estabelecimento do limite máximo de resíduos aceitável em alimentos e do intervalo de segurança entre a aplicação do produto e sua colheita ou comercialização; a definição de parâmetros para rótulos e bulas; a fiscalização da produção, importação e exportação; as ações de divulgação e esclarecimento sobre o uso correto e eficaz dos agrotóxicos; a destinação final de embalage ns etc.
No que diz respeito aos trabalhadores, o Ministério do Trabalho determina que os empregadores realizem avaliações dos riscos para a segurança e a saúde e adotem medidas de prevenção e proteção. Esta Norma (NR 31 da Portaria 3214/78) sublinha ainda o direito dos trabalhadores à informação, ao determinar que sejam fornecidas a eles instruções compreensíveis sobre os riscos e as medidas de proteção implantadas, os resultados dos exames médicos e complementares a que foram submetidos assim como das avaliações ambientais realizadas nos locais de trabalho etc.
Sustentável?
Mas no contexto em que vivemos hoje é possível fazer valer o uso seguro dos agrotóxicos? 
Vejamos alguns dados.
Em primeiro lugar, é preciso saber a magnitude do uso do agrotóxico no Brasil: somos o país que mais consumiu químicas agrotóxicas no mundo em 2008. Foram 673.862 toneladas – o que corresponde a cerca de 4 quilos de agrotóxicos por habitante. Isto rendeu US$ 7,125 bilhões para a indústria química (Sindag, 2008). São 470 ingredientes ativos, apresentados em 1.079 produtos formulados (Meirelles, 2008).
Diante desse quadro, para garantir o uso seguro dos agrotóxicos, seria preciso fiscalizar 5,2 milhões de estabelecimentos agropecuários, que ocupam uma área correspondente a 36,75% do território nacional. São 16.567.544 pessoas dedicadas ao setor – incluindo produtores, seus familiares e empregados temporários ou permanentes –, o que corresponde a quase 20% da população ocupada no Brasil. Além deles, também seria necessário acompanhar a proteção dos trabalhadores nas categorias de usos não agrícolas, como os comerciantes destes produtos e os funcionários das fábricas. Isso, claro, sem mencionar os moradores do entorno das indústrias e todos os consumidores de alimentos, que podem ser contaminados com doses diárias de veneno.
É nessa hora que pesam as deficiências das políticas públicas. Não faltam exemplos sobre as dificuldades de implementação do receituário agronômico ou notícias sobre o uso de produtos ilegais. Mais que isso, há que considerar as condições políticas para adotar a legislação reguladora: tome-se aqui, por exemplo, a ação incisiva do segmento ruralista no sentido de dificultar a reavaliação pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) de agrotóxicos já banidos por diversos países, inclusive a China – como é o caso do metamidofós e do paration metílico.
Qualificação profissional
Além disso, outra dificuldade para adotar medidas mitigadoras de risco e protetoras da saúde que é, de acordo com o IBGE, a grande maioria dos produtores rurais é analfabeta e mais de 80% têm baixa escolaridade. Há também um recorte de gênero: entre as mulheres, que respondem por cerca de 13% dos estabelecimentos agropecuários, o analfabetismo chega a 45,7%, enquanto entre os homens, essa taxa é de 38,1%. As regiões Norte (38%) e Nordeste (58%) concentram os maiores percentuais. Não se pode considerar a priori que baixa escolaridade signifique pouco conhecimento: há extenso e fecundo saber popular e tradicional entre os diferentes grupos de trabalhadores do campo, mas não exatamente em relação aos agrotóxicos, produto da civilização ocidental urbano-industrial.Agravando esta condição de vulnerabilidade, acrescente-se que há mais de 1 milhão de crianças com menos de 14 anos de idade ocupadas com a agropecuária e quase 12 milhões de trabalhadores temporários, o que dificulta a capacitação e o acúmulo de experiência profissional.Outro dado importante é que a assistência técnica continua muito limitada, sendo praticada em apenas 22% dos estabelecimentos – aqueles cuja área média é de 228 hectares. O Censo Agropecuário de 2006 mostra que mais da metade dos estabelecimentos onde houve utilização de agrotóxicos não recebeu orientação técnica (785 mil ou 56,3%). O pulverizador costal, que é o equipamento de aplicação que apresenta maior potencial de exposição aos agrotóxicos, é o utilizado em 973 mil estabelecimentos. As embalagens vazias são queimadas ou enterradas em 358 mil estabelecimentos e 296 mil estabelecimentos não utilizaram nenhum equipamento de proteção individual. E nos que utilizaram, a maioria adotou apenas botas e chapéu.
“Uso seguro”
Para implementar de maneira consequente e responsável o paradigma do “uso seguro” dos agrotóxicos, seria preciso conceber um vultoso e complexo programa, que incluiria a alfabetização dos trabalhadores; a sua formação para o trabalho com agrotóxicos; a assistência técnica; o financiamento das medidas e equipamentos de proteção; a estrutura necessária para o monitoramento, a vigilância e assistência pelos órgãos públicos; e a ampliação da participação dos atores sociais no processo de tomada de decisões, entre outros. 
Quanto tempo, recursos e vidas demandaria isso?
A intervenção para o uso seguro teria ainda que desenvolver estratégias específicas para os diferentes contextos em que o risco se materializa, considerando, por exemplo, que apenas a soja consumiu a metade destas 673 mil toneladas, seguida pelo milho com 100 mil e a cana com 50 mil toneladas. Ou seja, só nestes cultivos do agronegócio já teríamos cerca de 70% do consumo de agrotóxicos no país. Quais as estratégias para viabilizar o uso seguro neste setor?
Talvez caiba aqui a analogia do “brinquedo perigoso demais para ficar na mão de criança”: precisamos reconhecer que, por enquanto, não temos condições de fazer o uso seguro. E como as consequências dos agrotóxicos para a vida também são graves, extensas, de longo prazo e algumas irreversíveis ou ainda desconhecidas, não seria o caso de priorizar a eliminação do risco, como quer a legislação trabalhista? Não estaria na hora de ouvir ambientalistas, movimentos sociais, trabalhadores e profissionais de saúde que vêm, há décadas, falando e fazendo agroecologia?
Raquel Maria Rigotto
* Médica, professora do Departamento de Saúde Comunitária da Faculdade de Medicina da UFC. Coordenadora do Núcleo TRAMAS. 
Conselheira Titular do Conselho Nacional de Saúde, representante FBOMS (Fórum de ONGs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento). 
E para quem quiser ver o efeito dos agrotoxicos sobre as abelhas clique aqui
2-PARA ENTENDER A DIOXINA click abaixo
2-http://www.gpca.com.br/gil/art96.htm  

Ribeiro de Almeida
Olá Odila, tudo bem?
Podemos conversar com o pessoal da Zoologia do Instituto de Biologia. Acredito que além da poluição química, há uma nova poluição, a poluição eletromagnética (telefones celulares, internet sem fio; TV Digital, etc). Vej
a o artigo abaixo do jornal ingles:http://www.telegraph.co.uk/news/uknews/1548692/Bees-killed-by-mobile-phone-signals.html
Isso explicaria os efeitos recentes, visto que a poluição química vem desde a Revolução Verde (década de 50).Um forte abraço,Celso(*)

(*) Celso Ribeiro de Almeida é Professor de Pós-Graduação do Curso “Ecologia e Gestão Ambiental”  do CEUNSP