IMPOSTOS EM SÃO PAULO

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

A PONTE INTERROMPIDA



Mais de mil pessoas acabam de fechar a ponte na BR 242

Mais de mil pessoas acabam de fechar a ponte do Rio São Francisco no município Ibotirama (BA), BR 242, que serve de acesso para Brasília. A ação acontece em protesto contra o projeto de transposição de águas do rio São Francisco e em solidariedade ao jejum do Dom frei Luiz Cappio. Além da paralisação está prevista uma caminhada pelas ruas dos municípios e uma celebração final.

Participam da manifestação os movimentos que fazem parte da Via Campesina (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, Movimento dos Pequenos Agricultores, Movimento dos Atingidos por Barragens), Movimento dos Trabalhadores Rurais Acampados, Assentados e Quilombolas da Bahia (CETA), Centro de Assessoria de Assuruá (CAA), quilombolas, geraizeiros, representantes da reserva extrativista Serra do Ramalho e pessoas ligadas à igreja.

Ato público reúne mais de quatro mil pessoas em Sobradinho
Ontem, dia 04/12/2007 (terça-feira), a caminhada pela vida do povo e do Nordeste, reuniu mais de quatro mil pessoas desde a Capela de São Francisco, em Sobradinho (BA), até as margens do rio. O ato aconteceu no final da tarde de ontem (04/12) em defesa do rio São Francisco e em solidariedade ao bispo Luiz Flávio Cappio, que completa hoje (05/12) nove dias de jejum e oração permanentes (greve de fome).

No grupo estavam trabalhadores ligados a organizações sociais, movimentos populares e caravanas dos municípios de Remanso, Sobradinho, Campo Alegre de Lurdes, Juazeiro, Barra, Ipupiara, Morpará, Casa Nova, Curaçá, Bonfim, Irecê e Sento Sé (BA), Petrolina (PE), além de pessoas dos estados do Mato Grosso, São Paulo e Ceará.

Durante o caminho foram feitas duas paradas. A primeira aconteceu na entrada da avenida que dá acesso ao rio. “Nós estamos aqui em solidariedade para garantir a preservação da biodiversidade para garantir a vida das futuras gerações”, disse Derli Casali, do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA). A segunda parada aconteceu em frente a estação de transmissão de energia da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf).

No final da caminhada houve uma celebração presidida por Dom Luiz Flávio Cappio, com a presença de mais de 20 padres. Bastante animado, ele cantou junto com a multidão e durante um sermão disse que “não podemos deixar que a força do capital roube esse direito de todo o povo brasileiro, não podemos permitir”. Ainda aproveitou para chamar as pessoas para as mobilizações, disse que “chegou o momento de nós defendermos e lutarmos pela vida dele”.

Saúde
Dom Luiz Flávio Cappio fez todo o percurso da caminhada dentro de um carro, em companhia do pároco local e mais duas pessoas. Ao voltar à capela uma enfermeira aferiu a pressão dele que registrava em média onze por oito, considerado normal. O batimento cardíaco estava equilibrado e ainda falou em tom de brincadeira: “eu estou ótimo”.
Ele continua com o hábito de acordar cedo, se retirar para a oração e ter alguns intervalos para descanso. Além disso, tenta atender a todos que o visitam.

Manifestações de apoio

Hoje (05/12) haverá vigília em algumas cidades de Goiás. Amanhã um grupo de pessoas iniciará um jejum solidário em Belo Horizonte. Está prevista ainda para hoje a chegada de Marina Santos, da direção Nacional do MST, o deputado Adão Preto e uma comissão de deputados da Assembléia Legislativa de Sergipe.

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